Marielle: Um Corpo Poético
Hoje nesse dia do poeta
É tão difícil sair palavras
Os poetas sabem do que estou falando
Pois, cada poeta até pode escrever algumas letras sobre a própria poesia, a dor, a saudade, as cidades, as águas e a solidão das multidões.
Hoje nesse dia do poeta a personagem que me acompanhou foi Marielle
Ela está presente em tantas utopias, lutas, projetos e vidas.
Cada poeta pode desvelar o fascínio e os mistérios do cair da noite.
Marielle colocou seu corpo como poema revolucionário que ultrapassou o seu território, seu corpo poético se faz onipresença na organização das mulheres pretas e nas lutas cotidianas contra as forças da morte.
Hoje nesse dia do poeta
Ecoa por todo o país, o grito e a indignação de Marielle diante da barbárie contra os pobres e excluídos com fome e sem teto, contra mulheres, contra lgbtqi +, contra jovens pretos presos ou mortos, quem disse que Marielle foi calada ou silenciada para sempre? Marielle continua viva através de seu corpo poético em cada mulher que se levanta contra as milícias, o patriarcado e o neoliberalismo maldito.
Hoje nesse dia do poeta a própria poética das ruas, praças, movimentos sociais e direitos humanos pergunta quem mandou matar Marielle?
Mas Marielle se manifesta hoje via o seu corpo poético em todos os territórios que lutam por justiça, paz, dignidade, feminismos e liberdade porque o sistema vida e da verdade se faz tempo presente na ética da história e do amor.
Itaguary
São Paulo, 14 de março de 2022.
Para minha mana Helena Lima que desde cedo trouxe a poética da Marielle.
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VÍDEOS
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