O LOBISOMEM DO PALÁCIO DO PLANALTO
*Os generais, Paulo Sérgio à frente, estão prontinhos para bancar um golpe nas eleições de outubro, com o objetivo de manter o Lobisomem no Palácio do Planalto.*
Como todo crime, o golpe somente será possível com a combinação de motivos, meios e oportunidade.
*Motivos subjetivos*
Nem só de pão com leite condensado vivem os militares. Uma das principais razões pelas quais os estrelados nutriram ressentimentos contra a falecida Nova República (1985-2016) se chama prestígio, ou a falta dele.
Em 21 anos de governos autoritários o Exército demonstrou eficiência em algumas poucas áreas, mais do que neutralizada pela incapacidade geral para administrar uma sociedade complexa, diversa e plural.
Com a redemocratização acabou-se o “Quartel Brasil” no qual um oficial inferior, psicótico e larápio, podia sonhar em ser presidente da República e eles voltaram para os quartéis do Brasil, porém sem nenhum aprendizado sobre a era de trevas que geraram.
*Motivos objetivos*
Muito se deve falar sobre o quanto o Monstro e seus filhinhos removem da administração pública quaisquer obstáculos às suas maracutaias. Acontece que a escola onde aprenderam a roubar e afastar fiscais foi a Ditadura de 1964-1985.
Hoje, além do próprio Lobisomem, pelo menos 36 generais recebem indevidamente acima do teto constitucional.
É possível que este número seja ainda maior, somados dados sigilosos e a remuneração de outros oficiais superiores que ocupam cargos no governo fascista. Manter “isso aí”, via reeleição, passa a ser uma prioridade dos fardados.
*Meios*
É muito improvável que o golpe se dê com tanques nas ruas, salvo como literalmente cortina de fumaça a ser gerada por blindados obsoletos e porcamente mantidos.
O golpe seguirá o padrão da guerra híbrida, com estímulo a manifestações auriverdes pedindo intervenção militar, combinadas com intimidações às instituições, como as feitas por Villas Bôas em 2018, roteiro que se mostra eficaz desde 2013.
As instituições que funcionam normalmente? Não apenas nada fazem e nada farão, como colocaram o Partido Armado – óbvio concorrente no pleito eleitoral – para dentro do TSE.
*Oportunidade*
Machado de Assis sagazmente inverteu o dito popular para afirmar que o ladrão faz a ocasião. Nossos milicos esperam com a manipulação da opinião pública criar a oportunidade perfeita para o golpe.
Isso passa por desacreditar a urna eletrônica e a apuração. Não é por incompreensão que os generais fazem ao TSE indagações descabidas e ineptas. É por mal dissimulada má fé.
Combinando-se as falsas dúvidas sobre a votação e apuração, com a já desenhada proximidade de desempenho entre Lula e o Lobisomem, estará dada a oportunidade de mais uma quartelada contra o Brasil.
*Incompetência*
Descartadas a má fé golpista em prol do Lobisomem e dos próprios bolsos, e a inconstitucionalidade da atuação militar na apuração de votos, a incompetência de nosso Exército já desaconselharia seu emprego como “guardião eleitoral”.
Basta lembrar da gigantesca compra da inútil ivermectina, da omissão quanto a vacinas e da falta de oxigênio em Manaus. Isso para não falar de viagra, próteses penianas e lubrificantes íntimos.
Com tal histórico, uma eventual apuração eleitoral verde-oliva seria capaz de apontar o Macaco Tião como próximo presidente do Brasil, apesar do chimpanzé não ser candidato e ter morrido há quase 30 anos.
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