domingo, 11 de setembro de 2022

CONSCIÊNCIA OU RESISTÊNCIA

 CONSCIÊNCIA OU RESISTÊNCIA


  Pelos índios e escravos

  E por nossos ancestrais

  Os que sofreram e os que sofrem

  Mas não desistem jamais

  E continuam na batalha

  Continuam no labor

  Sempre de cabeça erguida

  Vão mostrando seu valor


  Princesas, príncipes e reis

  Viviam com altivez

  De suas terras tirados

  Pelo branco capturados

  Que sem pudor, sem coração

  Os fizeram prisioneiros

  Em seus navios negreiros

  Prá viver na escravidão


  Nas senzalas das fazendas

  No eito do cafezal

  Tiveram feridas sua honra

  Machucados em sua moral

  Viviam sob o chicote

  De um cruel capataz

  Mas seus sonhos de liberdade

  Não esqueciam jamais


  Lei Áurea veio dizendo

  Que a escravidão acabou

  Mas o pobre ainda é escravo

  De um governo sem pudor

  Que só pensa em si próprio

  E não sabe o que é amor


  130 anos passados

  E a escravidão continua

  O pobre vivendo ao léu

  Muitos morando na rua

  E o governo só dando

  Muito golpe e falcatrua


  Mas um nordestino pobre

  Reconhecendo os valores

  Que têm os negros valentes

  Quis  que virassem doutores

  Pensando no povo humilde

  Lhes deu oportunidade

  De poderem estudar

  Em uma universidade


  Parabéns à mulher negra

  À indígena, à quilombola

  Parabéns a cada pobre

  Quer do Brasil ou de Angola

  Que não abaixa a cabeça

  Diante de nenhum branco

  E quero aplaudir de pé

  À grande MARIELLE FRANCO


  E ao bravo  nordestino

  Que foi tão injustiçado

  Só por proteger os pobres

  Foi preso e foi condenado

  E pagou sem dever culpa

  Sem nenhum crime provado


  Te admiro, grande homem

  Sua luta e bravura

  Que a tudo suportou

  Com altivez e brandura

  E hoje que o mundo fala

  Em TEMPOS DE  CONSCIÊNCIA

  Para mim esse é o começo 

  Da INFINITA RESISTÊNCIA

   

Professora Alba Valeria Aparecida da Silva, poetisa do entorno.GO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho