Em delação, Mauro Cid revela que Bolsonaro fez reunião com cúpula militar para avaliar golpe no país
Bela Megale
O ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu, no ano passado, com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo, para discutir detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção militar. Se colocado em prática, o plano de golpe impediria a troca de governo no Brasil. A informação chegou à atua chefia das Forças Armadas, como um dos fatos narrados em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
O relato caiu como uma bomba entre os militares. Segundo informações apuradas pela coluna, Cid relatou que ele próprio foi um dos participantes de uma reunião, onde uma minuta de golpe foi debatida entre os presentes.
O dado que mais criou tensão na cúpula das Forças é o de que Cid revelou que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente. Já o comando do Exército afirmou, naquela ocasião, que não embarcaria no plano golpista.
A delação premiada de Mauro Cid é considerada um ponto de partida das investigações. A Polícia Federal tem tratado o tema com cautela e sigilo. Para os fatos serem validados e as pessoas citadas pelo tenente-coronel serem eventualmente responsabilizadas, é preciso que haja provas que corroborem as informações repassadas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
É grande a preocupação entre os militares, sobre os efeitos que o relato de Mauro Cid pode ter, principalmente por envolver membros da cúpula das Forças e ministros que, apesar de estarem na reserva, foram generais de alta patente.
O ministro da defesa José Múcio, aquele que defenda a milicagem a qualquer custo, tem usado essa informação para mostrar que foram os militares quem defenderam a democracia ao se recusarem a dar o golpe. Pura fantasia, papo enganar inglês. Militar brasileiro é golpista por definição histórica e por gênese corporativa. Sem golpes eles não vivem, é como ar que se respira, faz parte do dia-a-dia dos milicos. É uma casta maldita criada para mandar, matar, torturar, são mercenários, gostam e querem ser poder para fazerem o que bem entendem.
A tal ordem e progresso mostra bem quem são. Ordem para mandar e progresso pra corporação militar sempre. Na verdade, todo esse papo é apenas propaganda tentando limpar a merda que fizeram desde o golpe contra a Dilma, em 2016. Como todos sabem que o governo Lula não fará nada contra eles, ao contrário deu mais dinheiro para comprarem brinquedinhos de guerra de segunda ou terceira mão no mercado externo, os militares com a imprescindível ajuda do Múcio, procuram aparecerem como heróis, como defensores da democracia, como legalista e respeitadores da constituição.
Nunca foram, é só acompanhar a História do país pra confirmar esta babaquice sem tamanho. Militar brasileiro só existe para ocupar o país militarmente (basta ver o enorme número de quartéis espalhados, tipo bases de ocupação, sem nenhuma necessidade militar que não seja manter a tal ordem e progresso contra quem queira melhores qualidades de vida), reprimir violenta e cruelmente a população, ter licença para matar e torturar o inimigo interno, continuar ganhando toneladas de dinheiro dos que precisam dos seus favores como o OGROnegócio e bancos e, como casta que são, continuarem distantes do povo, gente essa que odeiam, o cheiro de cavalo é melhor.
Militar brasileiro não presta, não é confiável, só existe para explorar o povo. O resto é conversa pra boi dormir...
"O atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, é o legalista que disse que, “infelizmente”, Lula havia vencido a eleição. Não tem militar legalista no Brasil. São todos golpistas. Repito: não tiveram força para dar golpe. No entanto, toleraram e protegeram acampamentos golpistas até 10 de janeiro de 2023, apesar de Lula ter vencido a eleição em 30 de outubro de 2022. Militares agiram como fiscais de urna. Curtiram boquinhas no governo Bolsonaro. Ouviram proposta de golpe e ficaram calados. Nunca fizeram mea culpa sobre 64. Infelizmente, não tem joio e trigo. Só joio. Apenas o Múcio e certo jornalismo profissional acreditam em golpismo isolado."
- O jornalista Kennedy Alencar é mais um jornalista que deixa claro que não existe militar legalista no Brasil, nenhum deles respeita a constituição, a bandeira, os valores democráticos, o povo. Desde a origem, a corporação militar, especialmente o exército, só fizeram dar golpes de estado.
A república foi o primeiro e de lá pra cá foram mais de cem tentativas, entre os que deram certo e os que não deram. Dar golpes de estado faz parte da formação militar, tal qual o escorpião, não podem ir contra a natureza. No momento estão quietos, calados, bateram em retirada. Estão se reagrupando, acumulando mais força, esperando ter uma melhor logística conjuntural para contra atacar e dar o golpe que flopou. Tática normal que todo militar conhece muito bem.
O golpe virá, pode ser daqui a semana, meses, anos, mas acontecerá. Porque essa é a grande marca dos milicos brasileiros, foram criados para isso e somente isso: dar golpes de estado, torturar, matar e desaparecer com os corpos como política de ESTADO é o que melhor sabem fazer. O momento para enfrentar os golpistas militares é agora. Se não, o golpe virá.
A imprensa capitalista é golpista pois o capitalismo, o neoliberalismo e a democracia liberal são inerentemente golpistas.
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