terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Dívida Pública: o maior esquema de corrupção institucionalizada no Brasil * Maria Lucia Fattorell/ACD

Dívida Pública: o maior esquema de corrupção institucionalizada no Brasil

MARIA LÚCIA FATORELLI

Programa Com a Palavra 

DÍVIDA PÚBLICA: O MAIOR ESQUEMA DE CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADO DO BRASIL 

Você já deve ter lido que o Brasil não investe em pastas como saúde e educação, não fomenta a pesquisa e o desenvolvimento pois não há dinheiro no orçamento. E se você soubesse que metade do orçamento do Brasil, mais de 3 trilhões de reais é usado para pagar uma dívida criada pelo governo, com juros altíssimos e nunca auditada por instituições externas desde sua criação, há mais de 25 anos mesmo sendo prevista pela constituição? Pois essa é a luta da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, associação sem fins lucrativos e de sua coordenadora, a auditora fiscal aposentada do Ministério da Fazenda, Maria Lúcia Fattorelli, nossa entrevistada no programa.

Segundo Fattorelli, 
a dívida pública brasileira cresce não com gastos governamentais mas sim através de artifícios financeiros que visam engessar o estado a um discurso liberal e que a torna o maior esquema de corrupção institucionalizada brasileira. Com um grupo heterogêneo e qualificado de entrevistadores e mediação da jornalista Sheila Melgarejo o programa "Com a Palavra" promete aprofundar o debate. Não só sobre a questão da Dívida Pública Brasileira e dos Estados, mas também sobre as questões atuais da economia. Como o arcabouço fiscal proposto pelo governo Lula, Orçamento Brasileiro e outras problemáticas atuais macroeconômica brasileira. 


O escândalo da política econômica brasileira

Quanto mais o governo corta na carne do povo para pagar a chamada dívida pública, mais o Banco Central aumenta a Selic. Esse movimento eleva a própria dívida, drenando recursos públicos em um ciclo sem fim.

O mercado faz o que quer, chantageia o governo que, em vez de auditar a dívida pública, segue na mesma trilha de cortes sociais aberta pelos governos anteriores. O arcabouço fiscal e os novos programas de cortes são prova disso.

A cada 1% de aumento na Selic, o gasto com a dívida pública cresce R$ 55 bilhões (Fonte: Banco Central - Dezembro/2024).

O mais grave é que em sua última ata o Banco Central anunciou que pode aumentar os juros em 2 pontos percentuais em janeiro e março/2025, o que triplicaria o rombo, adicionando mais R$ 110 bilhões à dívida pública além dos R$ 55 bilhões, considerando apenas esses poucos meses de dezembro a março! Isso anula qualquer "economia" prometida com cortes sociais, como questiona Maria Lucia Fattorelli:
"O que adianta aprovar um pacote de cortes que economiza cerca R$ 30 bilhões em 2025, se a cada 1% de aumento na Selic o gasto com a dívida pública sobe R$ 55 bilhões?"

Exigimos a auditoria da dívida pública para interromper essa sangria e reverter o escândalo que penaliza a sociedade brasileira.

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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho