Ditadura Civil – Militar na Favela do Moinho na Cidade de São Paulo
A favela do Moinho é denominada como a última no centro velho de São Paulo. Seus moradores, em sua maioria pessoas pobres e trabalhadoras, vivem a mais de 30 anos no local, na região do velho Campos Elísios. Muitos desses são trabalhadores em situação de subemprego, informalidade e vivendo da baixa renda e ajuda coletiva entre os próprios moradores.
O Governo Federal em gestões passadas acordou que o terreno da União fosse cedido para fazer um parque no local, em troca do remanejamento cuidadoso da população para apartamentos da CDHU. No entanto, a CDHU tem entregado cada vez menos unidades habitacionais populares — muitas delas pequenas, inadequadas e distantes do centro. Isso desconsidera o fato de que os moradores da Favela do Moinho possuem, há décadas, suas vidas organizadas na região central, onde mantêm laços familiares, atividades econômicas e meios de sobrevivência.
Há tempos, o plano diretor tem São Paulo tem sido descumprido, ações que possibilitem a moradia social digna tem sido escanteadas de forma que a população é sempre deslocada cada vez mais às periferias e longe do centro. A tentativa de remover a “última favela do centro” com violência é apenas uma demonstração do caráter higienista da política de habitação no estado de São Paulo.
Em ação autoritária e sem cumprir com a contrapartida da moradia social o Desgoverno ditador de Tarcísio de Freitas resolveu expulsar os moradores da favela, para tomar posse do terreno, com o uso da força policial sob o comando do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, cuja postura tem sido comparada à de um "carniceiro", ao liberar a repressão contra a população, com argumento que a favela fornece drogas para Cracolândia, generalizando um problema que está em toda cidade e não somente no centro.
O governo Federal emitiu nota solicitando paralização do processo de cessão do terreno, mas a ditadura de Tarcísio resolveu tomar o terreno na marra e expulsar os moradores.
Além de denunciarmos a Ditadura de Tarcísio, é necessário o Governo Federal sair da apatia de enviar apenas uma nota para imprensa, sair da apatia imposta pela Frente Ampla e aceita passivamente.
É preciso que o Ministério da Cidades/Governo Federal rompa com a apatia da Frente Ampla e atue na questão e faça cumprir o acordo feito com a CDHU nesse 15 de maio, pois o que a tirania de Tarcísio está fazendo nesse momento é além de tudo tentativa de roubo de um terreno da União.
Não a desapropriação na favela do Moinho, chega de repressão!
- Liga Comunista Brasileira - Núcleo Grande São Paulo.
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