A GUERRILHA DO ARAGUAIA
Sinopse:
A Guerrilha do Araguaia foi uma parcela na longa cadeia das lutas populares do Brasil, como por exemplo, a Cabanagem, Guararapes, Canudos, Contestado, Revolta da Chibata e Quilombo dos Palmares. Foi um movimento rural armado cujo combate mobilizou o maior número de tropas brasileiras desde a II Guerra Mundial, que ocorreu entre 1966 a 1975 no Sul do Pará, numa batalha desigual entre combatentes revolucionários do PC do B e camponeses, contra as forças de repressão do regime civil militar imposto ao país com o golpe de 1964. Foi uma luta pela liberdade e pela democracia em nosso país, que desde então sua luta permanece contra o esquecimento e a falta de justiça por aqueles que as sequelas acompanham até os dias atuais. 40 minutos.
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LIVRO
Uma leitura agradável. Essa é a primeira constatação sobre o livro “Araguaia — histórias de amor e de guerra”, do jornalista Carlos Amorim, com 504 páginas, publicado pela Editora Record. Profissional experiente e caprichoso na escrita, o autor produziu um texto de excelente qualidade, revelando nuances não só da Guerrilha como de toda a resistência democrática à ditadura militar. O Araguaia aparece como recheio, com ênfase nos relatos de duas testemunhas oculares dos acontecimentos — José Genoino e Micheas Gomes de Almeida, o Zezinho do Araguaia. Amorim também se apoiou nos relatos de Ângelo Arroyo, um dos líderes daquele movimento armado, e em sua experiência como pesquisador que pisou o chão onde ocorreram os combates.
O livro registra o apoio da população aos guerrilheiros e denuncia as brutalidades da repressão, que utilizou torturas e corrupção para cooptar moradores locais “a granel”. E reforça os argumentos que pedem o fim da impunidade para os atos criminosos cometidos em nome do Estado pelos que assaltaram o poder com o golpe militar de 1964. Outro aspecto relevante da obra é o reconhecimento da bravura e da abnegação dos combatentes, que sacrificaram suas vidas pelo ideal de democracia e liberdade. Com esses ingredientes, Amorim descreve as precárias condições de vida da população local e reafirma a ideia de que a presença dos guerrilheiros na região levou um pouco de justiça às relações entre os camponeses e o despotismo dos grileiros apoiado em jagunços sanguinários.
A GUERRILHA DO ARAGUAIA
ESSÁ FILMES

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