TERCEIRA VIA: LIBERTAÇÃO NACIONAL
Que precisamos de uma terceira via não se pode duvidar. Esse é o caminho a seguir, a trilha a percorrer.
— Não há vento favorável para quem não sabe o porto onde quer chegar! Disse Sêneca, filósofo romano.
E para nós, brasileiros, o rumo a tomar é a terceira e verdadeira via:
A Via da Libertação Nacional.
É a quebra dos grilhões que nos subjugam ao Império ianque. É o fim da infeliz situação de colonização continuada. Uma situação perversa de dependência que hoje, 2022, completa dois séculos desta dolorosa farsa.
O que determina a nossa situação de atraso político, econômico e social, não é uma certa elite estúpida e atrasada. Nem o identitarismo de sexo, cor da pele ou de outra qualquer procedência.
A principal e fundamental causa do nosso atraso, das crises e golpes militares, é de caráter econômico e político. E portanto, de colonização continuada.
De colônia de Portugal até 1822, passamos à colônia do Império britânico.
Mas é preciso deixar claro que Portugal era conhecido em toda a Europa como uma colônia do Império britânico.
Portanto, éramos colônia de uma colônia de Sua Majestade britânica.
Não precisa ser muito inteligente para perceber que, de fato, já éramos colônia do Império britânico.
Em 1822 trocamos apenas de metrópole: Lisboa por Londres.
Não fizemos a nossa revolução nacional. E não rompemos com o colonialismo. E portanto, não construímos o Estado nacional.
O resultado é sermos hoje Brazil com “Z”, colônia do todo poderoso Império ianque.
O fascismo dependente e absurdo que hoje domina o poder central em Brasília é uma exigência do Tio Sam, do Império ianque.
Neste 2022 devemos começar a nova caminhada que se chama luta de libertação nacional. Que atende pelo simples nome de nacionalismo!
Mas, antes de tudo, devemos defenestrar do poder o fascismo dependente, que está destruindo todo o patrimônio nacional.
Defender as nossas riquezas do solo e subsolo que são patrimônio do nosso povo. E povo é nação!
Defender a PETROBRÁS, o Pré-sal, a ELETROBRÁS, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal e tudo o mais que o nosso povo construiu a duras penas!
Defender a cultura nacional, construída com muita luta, sacrifício e paixão por nossos artistas, por nossos escritores, músicos, poetas, cantores e compositores. Expressão da alma e sentimentos do nosso povo.
Um povo sem cultura é um povo sem alma!
Devemos romper neste 2022, com esta farsa da meia soberania, soberania relativa, nação mais ou menos soberana!
Isto não existe! Ou se é independente e soberano ou somos uma dependência colonial.
Isto não passa de uma tenebrosa farsa histórica, sustentada por uma classe dominante perversa e pervertida, que explora cruelmente o nosso povo, em aliança estreita com os impérios mundiais, ontem o Império britânico e hoje o Império ianque!
Não entenderemos quais são os pilares de sustentação do sistema de colonização continuada, a que somos submetidos, se não atentarmos para as maquinações que envolvem a classe dominante colonial em aliança estreita com o Império ianque.
E quanto a isto temos uma história velhaca e mentirosa que fala de um desquite amigável entre o Brasil e Portugal em 1822. Com o objetivo de encobrir as lutas pela independência e a soberania nacional.
Foram muitas lutas e correu muito sangue.
A morte heroica de Tiradentes na forca em 1792 não arrefeceu os combates à colonização lusa.
Seguem-se revoltas e revoluções que abalaram o país nas primeiras décadas do século XIX.
A Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador, que foram sufocadas a sangue e fogo, marcaram a época.
Os diplomatas ingleses em conluio com a diplomacia lusitana engendraram a independência do 7 de setembro de 1822.
O grito do Ipiranga: Independência ou morte! não passa de uma farsa histórica!
Seria ridículo se não fosse trágico, se não estivessem em jogo os destinos de um povo.
O processo de dominação envolve do delegado de polícia ao lacaio que senta na cadeira de presidente da república, contando-se aí grande parte dos poderes legislativo e judiciário.
Nesse processo, o Exército é usado como guarda pretoriana, no papel de escudo e lança na defesa do status quo.
E aí a ideologia, o anticomunismo, joga um grande peso. Quem não aceita a dominação colonial é demonizado e reprimido como comunista, subversivo ou terrorista.
Defender o interesse nacional é crime, nacionalismo é igual a comunismo. E deve, e tem de ser reprimido.
Ser patriota pode, nacionalista não e não!
A patriotada defende a cor da bandeira e grita: “ Brasil acima de tudo!”
E entrega o Pré-sal, e oferece à venda as empresas estatais, por preço de liquidação, na bacia das almas. É a maldita privatização!
Este é o posicionamento do atual governo de extrema direita.
E que fique bem claro: a direita brasileira é a única no mundo que luta contra os interesses do seu país.
A direita da Alemanha, da Argentina, da Turquia ou de qualquer outro país do mundo, defende o interesse do seu próprio país.
E neste caso, ela, a direita brasileira, é coerente, pois se reconhecendo colônia do Tio Sam, ela defende os interesses da metrópole ianque....
Após o golpe militar de 64, um dos cardeais da direita brasileira, Juracy Magalhães, designado embaixador em Washington, ao desembarcar na metrópole, deu uma entrevista à imprensa declarando: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil!”
A política externa do Brazil é feita pelo Departamento de Estado ianque. É ele que escolhe quem são os nosso amigos e inimigos.
A política econômica é traçada pelos banqueiros ianques e dirigida internamente por banqueiro “brasileiros”, que de brasileiros só tem o nome. São os “ Meirelles, os Paulo Guedes”, economistas da Escola de Chicago, que têm por missão evitar a todo custo o desenvolvimento econômico do país. São privativistas radicais.
Afinal de contas, a colônia não deve e não pode crescer, se desenvolver economicamente, pois isto seria o caminho da libertação.
Na política interna o “presidente da república” tem de ser um lacaio subserviente às ordens do Império.
Nas eleições deste ano de 2022, votaremos e lutaremos pelos candidatos da esquerda. De Presidente da República a deputados federais, senadores e deputados estaduais.
Mas sabemos que o voto por si só não resolverá o nosso principal problema, que é da independência e soberania nacional.
A estratégia do nosso candidato à Presidente, Lula, defende a pacificação.
Nós, na nossa via, defendemos o rompimento político com o Império ianque, o Tio Sam. Não aceitaremos mais ser a colônia Brazil com “Z”, da metrópole ianque!
E. Precílio Cavalcante, capitão de mar e guerra, ref. do Corpo de Fuzileiros Navais. Ilha de Paquetá, abril de 2022.
VIVA A LIBERDADE E ABAIXO O FASCISMO!!