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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

POR QUE OS PATRÕES ODEIAM TANTO OS PROLETÁRIOS * Antonio Cabral Filho / RJ

POR QUE OS PATRÕES ODEIAM TANTO OS PROLETÁRIOS
A resposta a esta pergunta é simples: se não houvesse PROLETÁRIOS não haveria patrões.  Já pensou na "trabalheira de ter que caminhar de casa até à padaria todo dia de manhã? Mas pra quê fazer isso se há empregadas domésticas? Simples assim...

A luta de classes se baseia no movimento do capital rumo à acumulação, mas pra isso ocorrer - acumulação - faz-se necessário que haja quem reproduza o capital - forças produtivas - e sem despossuídos - proletários - os capitalistas teriam que operar com as próprias mãos o seu maquinário. Só que isso lhes impediria de imaginarem mais "falcatruas" pra fazer dinheiro. Daí a EXPLORAÇÃO CAPITALISTA.

Mas ela não ocorre num passe de mágica. Para isso, os patrões necessitam contar com outras forças: AS FORÇAS COERCITIVAS - REPRESSÃO . É aí que entra a igreja, o estado - governos - , a mídia, o judiciário, e toda a curriola de puxa-sacos da administração empresarial, para obrigar o peão a produzir mais e ganhar cada vez menos. É aí que um amigo se assustou quando eu disse isso: "Como eu vou trabalhar mais e ganhar menos?", gritou. Lhe explique que o valor da hora/trabalho pago como hora-extra, não cobre o valor do produto. E assim, o seu dia de trabalho acaba ficando mais barato para o patrão. Ele estatelou os olhos e soltou um palavrão. 

Portanto, como nós - PROLETÁRIOS - queremos ser tratados com AMOR por pessoas que vivem do nosso suor? Apenas os imbecis pensam assim.

Vejam essa figura sentada no "monociclo" e com o crucifixo pendurado no pescoço. Quem acredita que esse "ser energúmeno" vai querer salvar a alma de alguém? Além de parceiro da ESCRAVIZAÇÃO, ainda faz o "trabalho" de apascentar o sofrimento do explorado para que ele aceite - PACIFICAMENTE - continuar sendo explorado.

Ao contrário dele, vejam o inglês abaixo. É
CHARLES DARWIN, 
um biólogo e pesquisador inglês, nascido lá nas terras da pior monarquia que já existiu, financiadora da escravização de seres humanos, sócia de todo o crime organizado que se possa imaginar, mas um opositor declarado de toda forma de exploração do homem pelo homem. Veja o que ele escreveu ao chegar no Brasil monárquico:
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Ao chegar no Brasil e ver de perto a escravidão, Darwin escreveu esse relato:

“Perto do Rio de Janeiro, minha vizinha da frente era uma velha senhora que tinha umas tarraxas com que esmagava os dedos de suas escravas. Em uma casa onde estive antes, um jovem criado mulato era, todos os dias e a todo momento, insultado, golpeado e perseguido com um furor capaz de desencorajar até o mais inferior dos animais. Vi como um garotinho de seis ou sete anos de idade foi golpeado na cabeça com um chicote (antes que eu pudesse intervir) porque me havia servido um copo de água um pouco turva…

E essas são coisas feitas por homens que afirmam amar ao próximo como a si mesmos, que acreditam em Deus, e que rezam para que Sua vontade seja feita na terra! O sangue ferve em nossas veias e nosso coração bate mais forte, ao pensarmos que nós, ingleses, e nossos descendentes americanos, com seu jactancioso grito em favor da liberdade, fomos e somos culpados desse enorme crime.”

(Charles Darwin, A Viagem do Beagle)
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ALGO MAIS SOBRE
EXPLORAÇÃO CAPITALISTA
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