quarta-feira, 4 de novembro de 2020

CARLOS MARIGHELLA, PRESENTE!! * Frente Revolucionária dos Trabalhadores / FRT-BR

 CARLOS MARIGHELLA, PRESENTE!!

Homenagem a Carlos Marighella da Coordinadora Simon Bolivar

Homenagem a Carlos Marighella feita por Carlos Pronzato
*
CARLOS MARIGHELLA, PRESENTE!!

Há 51 anos, em 04 de novembro de 1969, era assassinado o político,


escritor e revolucionário Carlos Marighella em uma emboscada do

Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) comandada

pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury.


Carlos Marighella nasceu no dia 05 de dezembro de 1911, em Salvador (BA), filho da baiana Maria Rita do Nascimento e do imigrante italiano Augusto Marighella. Incentivado pelos pais, cursou Engenharia na Escola Politécnica da Bahia e nesse período se aproximou da Juventude Comunista de Salvador.


Marighella escreveu poemas e denunciou a censura, participando ativamente de manifestações estudantis, e por esse motivo foi preso pela primeira vez no governo do interventor Juracy Magalhães. Depois do seu período na prisão, passou a militar efetivamente na Juventude Comunista de Salvador. 


Em 1936, aos 25 anos de idade, o militante baiano foi transferido para o Rio de Janeiro para ajudar na reorganização do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Nas manifestações em 1° de maio do mesmo ano é preso pela segunda vez, torturado e após um ano sai da prisão e entra na clandestinidade, mudando-se para São Paulo em 1937. Dois anos depois, já sob a ditadura do Estado Novo, Marighella se torna um preso político pela terceira vez.


Ficaria preso por seis anos, e nesse período aprendeu inglês e ajudou na alfabetização de companheiros do cárcere. Marighella sai da prisão em 1945 com a anistia do Estado Novo, período que Luís Carlos Prestes e outros presos políticos do regime também são libertos. Em dezembro do mesmo ano ele é eleito deputado federal pela Bahia através das eleições constituintes, entretanto não demorou muito para Marighella voltar à clandestinidade porque em 1947 durante o governo de Eurico Gaspar Dutra o PCB tem seu registro cassado. 


Passado o tempo, o Brasil vivencia o golpe militar de 1964 e Carlos Marighella é preso pouco depois do golpe deflagrado, foi baleado em uma sala de cinema no Rio de Janeiro. Solto um ano depois, Marighella é contrário ao posicionamento de conciliação que o PCB adotou após o golpe. Para ele, a luta de guerrilha era a única saída para aquele momento de repressão. O Comitê Central do PCB, liderado por Prestes, expulsa a ala divergente que em 1967 criaria a Ação Libertadora Nacional (ALN).


Carlos Marighella se torna líder da ALN, a maior organização de guerrilha contra a ditadura militar no Brasil, e por isso é considerado o inimigo número um do regime. Na noite de 04 de novembro de 1969 ele é assassinado em São Paulo, em uma emboscada na Alameda Casa Branca no bairro Jardim Paulista. O delegado Sérgio Paranhos Fleury armou tudo depois de torturar os freis dominicanos Fernando de Brito e Ivo Lesbaupin, obrigando-os a marcar um encontro com Marighella. Cinco tiros. E então a ditadura militar eliminava seu inimigo número um.


Depois do assassinato de Carlos Marighella muitas homenagens foram feitas ao revolucionário, e com o passar dos anos muitos ainda procuram conhecer sua história. Com uma vida muito agitada, o baiano lutou até onde pôde defendendo o que acreditava. Nunca se calou diante da censura e repressão. Preso e torturado inúmeras vezes, continuou na busca de uma sociedade livre de opressões. Assassinado e ainda vivo em ideais. Carlos Marighella, presente!


#CarlosMarighella 

#Revolucao

#DitaduraNuncaMais

#TodasAsVidasImportam

#SMDH

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