O EPÍLOGO DA TRAGÉDIA
A questão Pazuello desnudou a relação entre o Exército e a sociedade brasileira.
Não temos o Exército no poder em Brasília, mas a vanguarda do “partido fardado”.
“Partido” constituído por um grupo de generais que, vestindo a farda verde oliva, teimam em transformar o Brasil em um quartel. E detestam a disciplina e a hierarquia militar. Provocando a anarquia, transformam o Exército em um bando armado.
Para o “partido fardado”, o povo continua sendo o inimigo interno dos tempos da Guerra Fria e deve ser vigiado e combatido.
E a soberania, a independência, o progresso do país é ideia comunista. O Brasil é um país proibido de crescer! Absurdo, mas verdadeiro!
De golpe em golpe, a colônia Brazil com “Z” se mantém fiel à colonização continuada que perdura por quase dois séculos, 198 anos. E hoje somos colônia do Império ianque, súditos do Tio Sam.
À frente de todos os golpes esteve sempre esta facção do Exército que, no poder pessoal, busca a honra e a glória que nunca disputou nos campos de batalha.
E com o rolar do tempo transformou-se num “partido fardado”.
Hoje se autoproclamam da extrema direita, ignorando que a extrema direita é o caminho que desemboca no nazifascismo.
Mas não faz mal, pois não precisam mais utilizar os fornos de cremação como fizeram os seus predecessores nazistas em Auschwitz-Birkenau.
O vírus Covid-19, a pandemia, evita o trabalho sujo. Como foi feito em Manaus, onde pessoas morreram asfixiadas.
Esquecem que alguns generais nazistas foram condenados à morte por crime de genocídio pelo Tribunal de Nuremberg, e executados no noite de 16 de outubro de 1946.
Combatendo a corrupção com mais corrupção, minimizam a roubalheira e a velhacaria e se escudam no crime organizado. O chefe do governo posa para fotos com milicianos e os defende.
O combate à corrupção vai das “rachadinhas” ao senador que escondia 200 mil na cueca, com notas de 100 penetrando no furinho do fim da espinha. Dando razão a quem lava dinheiro, puderas!!
E este “partido” tem uma história. É também a história da direita brasileira.
Vamos aos fatos: A direita brasileira é a única, no mundo, que é antinacional. É a única que é contra os interesses do seu país. É defensora intransigente dos interesses do Império ianque.
Mas isto é fácil de se compreender. Ora, se somos colônia, súditos do Tio Sam, prevalecem os interesses da metrópole.
Após o golpe militar de 1964, Juracy Magalhães, um dos cardeais da direita, foi designado representante do Brazil na metrópole. Ao desembarcar em Washington declarou: “O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil!”
A palavra nacionalismo é condenada e maldita, pois para o “partido fardado” ela é lesiva aos interesses da metrópole.
Patriotismo pode, patriotada pode. Defender as cores da bandeira é necessário, para entregar o patrimônio nacional de cabeça erguida e o peito coberto de medalhas!
Nacionalismo se confunde com comunismo, na concepção do “partido” dos generais, e deve ser liminarmente condenado.
O anticomunismo é a ideologia que alimenta o “partido”. Mesmo não existindo movimento comunista militando em lugar nenhum do mundo. Cuidado! Muito cuidado com os comunista! Alerta o “partido”.
Esquartejar a PETROBRÁR para vendê-la aos pedaços, pode. Entregar o pré-sal, pode; vender a preço de liquidação a Casa da Moeda, a Eletrobrás, o Banco do Brasil e tudo o mais; pode. Cair de quatro diante do Trump como um rés lacaio, pode. Isto é patriotismo?
Alguns desavisados dizem: “Nós estamos arriscados a perder a nossa soberania!”
Dizemos nunca, isto jamais acontecerá! Pois ninguém pode perder o que nunca teve. Uma colônia não pode perder a sua independência e soberania, porque não a possui.
Fica claro e evidente que, com o “partido” vigilante e aguerrido, o Tio Sam, a metrópole, não necessita ocupar a colônia com tropas metropolitanas.
Falar em democracia e estado de direito com o “partido” dos generais dando ordens, ameaçando o poder judiciário e o legislativo com o argumento do fuzil, não faz qualquer sentido!
Vivemos, há muito tempo, sob a égide de uma “democracia tutelada”, consentida, tolerada!
Defender os interesses do Brasil é crime, amar ao Brasil é crime. Os que lutaram em defesa do petróleo para o Brasil, na Campanha de o Petróleo é Nosso foram presos, torturados e processados. Muitos morreram nas câmaras de torturas. Pagaram com a vida a defesa dos interesses do país. Eram nacionalistas!
E isto vem de longe, desde os tempos de José Bonifácio, o herói da luta pela nossa independência!
Foi perseguido, exilado, preso por seis anos na Ilha de Paquetá onde fica situada a casa que leva o seu nome e o Museu. Saiu da prisão em Paquetá para morrer poucos dias depois em Niterói.
O seu crime, o crime de José Bonifácio, foi amar o Brasil. Querer romper com o colonialismo anglo-lusitano. Querer transformar o movimento da independência na revolução da libertação nacional. Por não aceitar a farsa do 7 de setembro!
Conclusão: O Brasil é um país proibido de crescer, como a Alemanha de antes da Primeira Guerra Mundial. O Império Britânico e a França sentiam-se seriamente ameaçados com o extraordinário crescimento e progresso da Alemanha.
O Brasil não pode crescer porque ameaça os interesses do Império ianque.
Nem todas as forças armadas são “partido fardado”, nem todo o Exército é “partido fardado”. Mas toda a oficialidade está contaminada pela ideologia do anticomunismo, do fascismo: Anticomunismo, instrumento de dominação.
Mas por não ser todo ele um “partido fardado”, o Exército tem uma grande dívida com o povo brasileiro.
A parte sadia das forças armadas tem obrigação de resolver esta equação!
1 - E. P. Cavalcante, capitão de mar e guerra ref. do Corpo de Fuzileiros Navais."
Ilha de Paquetá, junho de 2021.
MAIS SOBRE PARTIDO FARDADO
https://www.youtube.com/watch?v=p760scngiKA
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No se puede utilizar la palabra "Anarquia" de esa manera. Es una palabra que significa un modelo de vida y lucha Internacionalista. El estado perfecto de una sociedad.
ResponderExcluirUn fuerte abrazo revolucionario desde el Estado Español.