sábado, 19 de junho de 2021

O PARTIDO FARDADO * E. P. Cavalcante¹ / RJ

 O EPÍLOGO DA TRAGÉDIA

 
EXÉRCITO BRASILEIRO NÃO É UM PARTIDO POLÍTICO


A questão Pazuello desnudou a relação entre o Exército e a sociedade brasileira.

Não temos o Exército no poder em Brasília, mas a vanguarda do “partido fardado”.

“Partido” constituído por um grupo de generais que, vestindo a farda verde oliva, teimam em transformar o Brasil em um quartel. E detestam a disciplina e a hierarquia militar. Provocando a anarquia, transformam o Exército em um bando armado.  


Para o “partido fardado”, o povo continua sendo o inimigo interno dos tempos da Guerra Fria e deve ser vigiado e combatido.


 E a soberania, a independência, o progresso do país é ideia comunista. O Brasil é um país proibido de crescer! Absurdo, mas verdadeiro!


De golpe em golpe, a colônia Brazil com “Z” se mantém fiel à colonização continuada que perdura por quase dois séculos, 198 anos. E hoje somos colônia do Império ianque, súditos do Tio Sam. 


 À frente de todos os golpes esteve sempre esta facção do Exército que, no poder pessoal, busca a honra e a glória que nunca disputou nos campos de batalha. 

E com o rolar do tempo transformou-se num “partido fardado”. 


Hoje se autoproclamam da extrema direita, ignorando que a extrema direita é o caminho que desemboca no nazifascismo. 


Mas não faz mal, pois não precisam mais utilizar os fornos de cremação como fizeram os seus predecessores nazistas em Auschwitz-Birkenau. 

O vírus Covid-19, a pandemia, evita o trabalho sujo. Como foi feito em Manaus, onde pessoas morreram asfixiadas.

 Esquecem que alguns generais nazistas foram condenados à morte por crime de genocídio pelo Tribunal de Nuremberg, e executados no noite de 16 de outubro de 1946.


Combatendo a corrupção com mais corrupção, minimizam a roubalheira e a velhacaria e se escudam no crime organizado.  O chefe do governo posa para fotos com milicianos e os defende. 

O combate à corrupção vai das “rachadinhas” ao senador que escondia 200 mil na cueca, com notas de 100 penetrando no furinho do fim da espinha. Dando razão a quem lava dinheiro, puderas!! 


 E este “partido” tem uma história.  É também a história da direita brasileira. 

Vamos aos fatos: A direita brasileira é a única, no mundo, que é antinacional. É a única que é contra os interesses do seu país. É defensora intransigente dos interesses do Império ianque.

 Mas isto é fácil de se compreender. Ora, se somos colônia, súditos do Tio Sam, prevalecem os interesses da metrópole. 


Após o golpe militar de 1964, Juracy Magalhães, um dos cardeais da direita, foi designado representante do Brazil na metrópole. Ao desembarcar em Washington declarou: “O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil!” 


A palavra nacionalismo é condenada e maldita, pois para o “partido fardado” ela é lesiva aos interesses da metrópole.


 Patriotismo pode, patriotada pode. Defender as cores da bandeira é necessário, para entregar o patrimônio nacional de cabeça erguida e o peito coberto de medalhas!


 Nacionalismo se confunde com comunismo, na concepção do “partido” dos generais, e deve ser liminarmente condenado. 


 O anticomunismo é a ideologia que alimenta o “partido”. Mesmo não existindo movimento comunista militando em lugar nenhum do mundo. Cuidado! Muito cuidado com os comunista! Alerta o “partido”.


Esquartejar a PETROBRÁR para vendê-la aos pedaços, pode. Entregar o pré-sal, pode; vender a preço de liquidação a Casa da Moeda, a Eletrobrás, o Banco do Brasil e tudo o mais; pode.  Cair de quatro diante do Trump como um rés lacaio, pode. Isto é patriotismo?


Alguns desavisados dizem: “Nós estamos arriscados a perder a nossa soberania!” 

Dizemos nunca, isto jamais acontecerá! Pois ninguém pode perder o que nunca teve. Uma colônia não pode perder a sua independência e soberania, porque não a possui.


Fica claro e evidente que, com o “partido” vigilante e aguerrido, o Tio Sam, a metrópole, não necessita ocupar a colônia com tropas metropolitanas.  


Falar em democracia e estado de direito com o “partido” dos generais dando ordens, ameaçando o poder judiciário e o legislativo com o argumento do fuzil, não faz qualquer sentido!


 Vivemos, há muito tempo, sob a égide de uma “democracia tutelada”, consentida, tolerada! 

Defender os interesses do Brasil é crime, amar ao Brasil é crime. Os que lutaram em defesa do petróleo para o Brasil, na Campanha de o Petróleo é Nosso foram presos, torturados e processados. Muitos morreram nas câmaras de torturas. Pagaram com a vida a defesa dos interesses do país. Eram nacionalistas! 

E isto vem de longe, desde os tempos de José Bonifácio, o herói da luta pela nossa independência!

 Foi perseguido, exilado, preso por seis anos na Ilha de Paquetá onde fica situada a casa que leva o seu nome e o Museu. Saiu da prisão em Paquetá para morrer poucos dias depois em Niterói.   

O seu crime, o crime de José Bonifácio, foi amar o Brasil. Querer romper com o colonialismo anglo-lusitano. Querer transformar o movimento da independência na revolução da libertação nacional. Por não aceitar a farsa do 7 de setembro!  


Conclusão: O Brasil é um país proibido de crescer, como a Alemanha de antes da Primeira Guerra Mundial. O Império Britânico e a França sentiam-se seriamente ameaçados com o extraordinário crescimento e progresso da Alemanha. 

O Brasil não pode crescer porque ameaça os interesses do Império ianque. 


Nem todas as forças armadas são “partido fardado”, nem todo o Exército é “partido fardado”. Mas toda a oficialidade está contaminada pela ideologia do anticomunismo, do fascismo: Anticomunismo, instrumento de dominação.

Mas por não ser todo ele um “partido fardado”, o Exército tem uma grande dívida com o povo brasileiro.

 A parte sadia das forças armadas tem obrigação de resolver esta equação!


1 - E. P. Cavalcante, capitão de mar e guerra ref. do Corpo de Fuzileiros Navais."

Ilha de Paquetá, junho de 2021.


MAIS SOBRE PARTIDO FARDADO

https://www.youtube.com/watch?v=p760scngiKA

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Um comentário:

  1. No se puede utilizar la palabra "Anarquia" de esa manera. Es una palabra que significa un modelo de vida y lucha Internacionalista. El estado perfecto de una sociedad.
    Un fuerte abrazo revolucionario desde el Estado Español.

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