DIA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA
SONETO EM HOMENAGEM À MULHER
Bendita sejas, mulher eternamente.
Pois em teu ventre a vida é gerada.
És companheira gentil para ser amada
Qual tesouro valoroso intensamente.
Quando estou em teus braços, sou mais gente.
Sem gozar dos teus afetos, não sou nada
E ao trilhar a minha longa estrada,
Vou vagando a esmo tão somente.
Rejeite aquele que acaso te maltrata.
Lute com garra mulher por teus direitos
Não te emudeças ante
Tal sorte ingrata.
Sê confiante pra não seres vencida.
Vá com as milhares contra os preconceitos
E verás o quanto é tão bela a vida!
Jorge Furtado/CE
não podia ser diferente
hoje é dia de
pensar na gente não é dia de homenagem como se fosse um presente hoje é dia de reflexão
bater no peito reconhecer
a culpa
desculpa a palavra
de peso mas se você já disse
“isso é coisa de
mulherzinha” duvidou
“como ela chegou
lá” apontou o dedo julgando suas escolhas sua roupa
sua cama sua prole sua
sorte então vai lá
faz o gesto
mea-culpa se você já disse
“só podia ser
mulher” apontou o dedo
pra quem usa saia
curta amenizou o estupro banalizou o grito
a ofensa o “fiu fiu”
chegou a pensar
que “ela gosta de
apanhar” em alguma momento concordou
que “mulher é o sexo frágil”
vai lá
tá na hora bate no peito
faz o gesto
mea-culpa se você ainda pensa no rosa e no azul definindo o que é certo se você
só vê valor
na mulher que te
criou se confunde respeito com juízo de valor
se ainda acha
que prazer é pecado
e mulher “só faz
por amor” se vê diferença
na capacidade
compara força
muscular com força pra lutar
se duvida da
palavra interrompe quando fala nem vem me corrigir bate no peito
faz o gesto mea-culpa
minha tão grande culpa
não podia ser diferente
hoje é dia de
pensar na gente não é dia de presente
é dia de enxergar
“outra pessoa” apenas
em meu lugar descarregue
o preconceito quando vê uma mulher
veja que que somos
“gente” apenas
no mesmo lugar
não podia ser diferente
hoje é dia de
pensar na gente não é dia de homenagem como se fosse presente
hoje me dá uma rosa
amanhã ri pela minhas costas
ofende e calunia,
faz gracejos reprimindo meus desejos como se fosse alforria
não agradeça minha
biologia não exalte a maternidade assuma a paternidade!
não fale da minha
graciosidade respeite minha capacidade aceite de verdade
a tal igualdade
se você já deu risada
da velha piada machista
se você criticou
uma mulher usando termos sexistas
se você ainda
entendeu feminismo e feminino
e ainda mistura tudo
se você cochicha ou
acusa deve estar “naqueles dias”
se você ainda acha
que justifica menor salário
menores cargos
“porque mulher engravida”
se você não calou
quem tanta besteira falou se você não se posicionou e defendeu a vítima aquela que outro ofendeu
ah, hoje é o dia
hoje é dia de bater no peito fazer o gesto mea-culpa minha tão grande culpa
hoje é o dia
de tornar diário
esse rito bater no peito
refletir repensar
descarregar esse
preconceito que permite assediar
abusar estuprar e matar
pelo simples motivo
de alguém nascer mulher…
hoje é o dia da
mulher porque ser mulher todo dia
é precisar mais
para sobreviver do que subsistência
é precisar
resiliência paciência resistência sororidade
capacidade de
perdoar compreender
superar
hoje é dia de esperançar poder ser mulher todo dia sem precisar se explicar…
ADRIANA SKAMVETSAKIS
08.03.2023
Mulheres que derrubaram ditaduras: Quem foi a "Guerrilheira de Waswalito”, protagonista da famosa fotografia que misturava amamentação e fuzil. Durante os anos 80, período da Revolução Sandinista, que depôs o ditador sanguinário Anastasio Somoza, governante da Nicarágua, o fotógrafo Orlando Valenzuela captou uma foto que correu o mundo, demonstrando a coragem das mulheres para combater ditaduras. A imagem ficou conhecida como a “Guerrilheira de Waswalito” e mostra a guerrilheira Blanca López, amamentando o filho com um fuzil nas costas, horas antes de um confronto armado contra tropas governistas. A cena só pôde ser registrada, pois as revolucionárias impuseram a livre amamentação em qualquer lugar, já que a ditadura de Somoza havia proibido a prática em público. Blanca tinha 14 filhos, morava em uma propriedade rural e pobre no interior nicaraguense e combateu durante 3 anos no exército rebelde, que, posteriormente, derrubou o governo ditatorial da família Somoza. Texto - Joel Paviotti #nicaragua #revolução #guerrilheira #revolucionarias #mulheresemluta #sandinista #lutaarmada
#8m #diainternacionaldamulher
Bom dia a todas as mulheres nesse 8 de Março de 2023.
Proteger a mulher, é proteger a família, esse é o sentido profundo de empoderamento.
A defesa da família tradicional, que é um belo direito, não pode continuar permitindo que mulheres não tenham acesso aos recursos da família, marido e filhos, ou que seja impedida de estudar e trabalhar para sua felicidade própria. Não podemos, em nome de falsa moral, continuar a entender a mulher como serviçal da família.
É preciso abandonar a dicotomia entre emoção e razão, como se a mulher fosse toda orientada pela primeira característica e o homem pela segunda. Essa compreensão, própria do patriarcado, não resulta em outra coisa, senão a submissão da mulher, e o privilégio dos homens ao longo da história.
Aqui há duas questões de caráter histórico e antropológico que são propositalmente ignorados ou omitidos.
O primeiro faz referência a herança da idade primitiva, onde os homens corriam sérios riscos na atividade de caça, exigindo força e planejamento, aparentemente, os colocando acima das mulheres, visto que, quem controla a produção, controla a vida social.
O segundo, é a transparência do primeiro, indo em sentido oposto, revelando sua plena falsidade.
Isso porque houve na história em momento anterior ao patriarcado, o matriarcado, cuja centralidade de importância, estava na capacidade de gerar e preservar a vida (gravidez e amamentação).
Também, em relação ao processo de desenvolvimento e superação da idade primitiva, o domínio da agricultura e pecuária, trouxe importância as mulheres, ao permitir um trabalho mais equilibrado entre os sexos, não justificando brutais diferenças em direitos.
Fato é que, estamos no século XXI e continuamos a conviver com essas injustificáveis diferenças, carregadas de preconceitos culturais, e principalmente de crença, onde alguns usam o nome de Deus para oprimir.
Quantas mulheres estão impedidas de sair de casa, estudar, trabalhar, ir a academia, de exercer sua fé, e de ter participação política? Inúmeras!
Se tornaram escravas emocionais de homens, e na maioria das vezes, de modo suave e educado, não parecendo opressão.
O "macho", muitas vezes em auto-afirmação, exerce poder sobre a mulher como forma de se sentir superior, seja no estudo, trabalho, dinheiro e etc. A possibilidade de igualdade ou equivalência lhe perturba o sono, podendo gerar até violência e morte.
No lar, a atividade da mulher sempre foi desprezada, sendo não vista como trabalho, e no emprego, a remuneração é no mínimo 30% inferior a dos homens, para a execução de igual tarefa. Se a mulher for negra ou pobre, sofrerá demasiadamente, e se for os dois aspectos juntos (negra-pobre), aí que a situação se complica, comprometendo a própria sobrevivência.
Os desafios são gigantescos, e embora tenha ocorrido avanços, eles estão muito aquém do mínimo ideal.
Será que a sociedade tem consciência de que quase 35 milhões de mulheres são as mantenedoras financeiras das famílias no Brasil? Esse número é mais da metade do número de mães no país, e os motivos variam, mas sempre associados a condição dos homens, seja financeira, como desemprego, ou por postura equivocada deles, como o abandono de mãe solteira ou casada.
Devemos acrescentar aqui, o direito das mulheres não casarem ou não terem filhos por opção própria. E se algumas delas convivem com outras no mesmo lar, por livre escolha, isso não é um problema dos homens ou da sociedade, devendo-se por obrigação humana, o devido respeito, e de outra forma, por força da lei. Então, se a sociedade deseja interferir, fazer algo, que seja na defesa do direito pleno à dignidade das mulheres.
Esses são alguns aspectos, entre tantos outros, que colocam as mulheres em grande desvantagem social em relação aos homens, necessitando de um profundo comprometimento e uma postura firme por parte da sociedade, a fim de equilibrarmos tal situação desastrosa.
Seguimos na luta! Feliz dia das mulheres.
Bernardino Brito/SP
Dia Internacional da Mulher
flores e resistência, o que merecemos e precisamos!
Parabenizo às Mulheres e, em especial, às minhas amigas, que são as flores do meu jardim, porque enfeitam e perfumam a minha vida! Nele, como escritora, amante dos Livros e eterna combatente a qualquer forma de opressão, condecoro algumas autoras que escreveram sobre temas relacionados à Ditadura Militar Brasileira e recito os poemas, de minha autoria, “Sistema X Mulher” e “Ser Mulher”. Acesse:
(3) Dia Internacional da Mulher: flores e resistência, o que merecemos e precisamos! - YouTube
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Abraço da Dalva Silveira, em 08 de março de 2023
Minha homenagem ao dia das mulheres:
Eu/femismo femio
Genildo Mateus
Na dor extrema nasci mulher
Sem aparência frágil,
De corpo livre
De liberdade igual
Insisto em ser o que não apavora
Sou realista
Sou independente
Sou sobrevivente
Aparentemente bélica
Outras vezes flor...
Fez-me menina
Fez-me moça
Fez-mulher
Escrito em uma lista
Certamente feminista
Não anti-homem
Mas idealista.
Me disfarço,
Me refaço,
No pula da gata
Nem ouro, nem prata
Mas um eufemismo puramente femio
Como sementes que germinam
Frutos as vezes amargos
E outras vezes doces
Que alimentam a alma
Mesmo com o coração quebrado
E juntados os pedaços
Por um band-aids
Refazendo-se mulher...
*
MULHER
Você que ri e que chora
E vem mostrando a toda hora
Seu trabalho e seu valor
Que não é reconhecida
Mas segue adiante na vida
Cheia de fé e de amor
Às vezes desvalorizada
Tantas outras ofendida
Muitas vezes humilhada
Segue de cabeça erguida
Vivendo com emoção
Amada ou ignorada
Obedece ao coração.
Na tristeza está sorrindo
Seu caminho construindo
Sempre pronta a cooperar
Seu trabalho realiza
Ajudando a quem precisa
E nunca deixa de amar
Nesses versos que eu faço
Com eles vai meu abraço
Esteja onde estiver
Parabéns, mulheres de fibra
Companheiras tão queridas
Me orgulho de ser mulher.
Autoria da professora Alba, Poética do entorno.
Minha singela homenagem a todas as mulheres.
MULHER
A mulher não é só casa
mulher-loiça, mulher-cama
ela é também mulher-asa,
mulher-força, mulher-chama
E é preciso dizer
dessa antiga condição
a mulher soube trazer
a cabeça e o coração
Trouxe a fábrica ao seu lar
e ordenado à cozinha
e impôs a trabalhar
a razão que sempre tinha
Trabalho não só de parto
mas também de construção
para um filho crescer farto
para um filho crescer são
A posse vai-se acabar
no tempo da liberdade
o que importa é saber estar
juntos em pé de igualdade
Desde que as coisas se tornem
naquilo que a gente quer
é igual dizer meu homem
ou dizer minha mulher
ARY DOS SANTOS
https://www.museudofado.pt/fado/personalidade/ary-dos-santos
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O capitalismo está podre. Todos sabemos disso. Mas ele não cai sozinho