Mostrando postagens com marcador guerra hibrida. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador guerra hibrida. Mostrar todas as postagens

domingo, 12 de março de 2023

A MÍDIA E A SUA NOVA LAVA JATO * Ângela Carrato/MG

 A MÍDIA E A SUA NOVA LAVA JATO

Ângela Carrato

Jornalista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG


Qualquer pessoa razoavelmente informada e intelectualmente honesta sabe que o roubo do pré-sal brasileiro e o desmonte da Petrobras estão no cerne do golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff, em 2016. 


Sabe que essas ações foram a principal razão para que a Operação Lava Jato tentasse, por todas as maneiras, desmoralizar a principal empresa estatal brasileira e a maior da América Latina, e, sobretudo, se valesse de denúncias infundadas de corrupção, para derrubar Dilma, prender Lula e evitar que ele pudesse disputar as eleições de 2018, quando era franco favorito.


Sabe também que esse golpe não foi do tipo tradicional, com tanques nas ruas, como aconteceu no Brasil em 1964 e historicamente ao longo de décadas em países da região.


O golpe que depôs Dilma atende pelo nome de guerra híbrida, uma combinação de ações e guerras não convencionais para substituir governos em diversas partes do mundo. 


Os Estados Unidos não são os únicos, mas seguramente é o país que mais se valeu e continua se valendo deste tipo de expediente, para o qual conta com o apoio de setores da classe dominante dos países alvo e da mídia corporativa.


Na guerra híbrida, o objetivo é fomentar e manejar a opinião pública contra governos progressistas ou considerados adversários com vistas a depô-los para rapinar as riquezas nacionais sem que a participação do Tio Sam e de seus aliados fique evidenciada. 


Como não há crime perfeito, as digitais dos envolvidos acabam aparecendo. 


Se no golpe de 1964 foram necessárias várias décadas para que a atuação da Casa Branca ficasse amplamente comprovada, contra Lula e Dilma foi bem mais rápido. 


Em junho de 2019 vinham a público, através de vazamentos, as conversas entre o então juiz Sérgio Moro e o promotor federal Deltan Dallagnol, ambos da Operação Lava Jato, com setores do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ). 


Por essas conversas ficava evidente não só o interesse dos Estados Unidos na desmoralização e destruição da Petrobras, como o esforço para prender Lula e mantê-lo fora das eleições de 2018. 


Aos olhos de hoje, o objetivo é claro: se Lula fosse eleito naquele ano, como tudo indicava, o golpe de 2016 chegaria ao fim, pois ele desfaria as atrocidades cometidas por Michel Temer contra o pré-sal e a Petrobras e o governo neofascista de Jair Bolsonaro  nem teria existido.


Se uma das primeiras providências do golpista Temer foi entregar o pré-sal brasileiro para a exploração das multinacionais, isentando-as de impostos, e alterar a lei das estatais, retirando poderes do governo sobre a Petrobras, Bolsonaro aprofundou a destruição da empresa.


Foi sob o comando dele e de seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que a Petrobras foi obrigada a privatizar, a preço de banana, vários de seus ativos, a exemplo de refinarias, gasodutos e da BR Distribuidora, além de ter adotado uma modalidade para cálculo do preço dos combustíveis que os elevou às alturas. 


Visando exclusivamente os interesses estrangeiros, a Petrobras passou a praticar uma política que a transformou em mera vendedora de petróleo cru e importadora de gasolina. Política profundamente lesiva aos interesses nacionais, uma vez que o Brasil é autossuficiente em petróleo e poderia continuar refinando-o aqui, como já fazia, ao invés de passar a importá-lo em preços dolarizados. 


Em meados do ano passado, por exemplo, o litro de gasolina chegou próximo a R$ 9,00 em várias capitais brasileiras. Esse valor só foi reduzido, por apenas 60 dias, às vésperas da eleição, porque Bolsonaro temia o impacto nas urnas.


Bolsonaro e seus apoiadores internos e externos apostaram tudo na vitória.  Inconformados com a derrota nas urnas, estimularam os atos terroristas de 8 de janeiro. 


Após a nova derrota, tentam, a partir de então, transformar Lula, neste terceiro governo, numa espécie de rainha da Inglaterra, aquela que reinava sem governar.


O caminho escolhido é o de acionar as “bombas” neoliberais deixadas em vários setores da economia,  com a finalidade de travar a retomada do crescimento e do desenvolvimento, jogando o Brasil numa estagnação ou mesmo recessão.


O caso da Petrobras é, sem dúvida, dos mais emblemáticos.


Uma das principais promessas de campanha de Lula foi a redução dos preços dos combustíveis, com o fim da PPI, a paridade de preços internacionais. 


Para o cidadão comum, bastaria Lula mudar a direção da Petrobras e o problema estaria resolvido. Porém, a situação é muito mais complexa e os golpistas e seus aliados já começam a explorá-la contra Lula.


A lei das estatais de 2016 retirou do governo federal os principais instrumentos para gerir a Petrobras, mesmo sendo o seu acionista majoritário. 


O nome indicado por Lula para presidir a empresa, Jean Paul Prates, só assumirá plenamente o cargo no final de abril, quando deverão ser escolhidos os diretores e novos integrantes para os conselhos de administração e fiscal. 


Até lá, a Petrobras continuará sendo comandada por bolsonaristas e da forma que interessa exclusivamente ao chamado “mercado”. 


Na prática os interesses de grandes fundos internacionais de investimentos como o Black Rock são os que continuam mandando e desmandando na empresa.


É isso que explica, por exemplo, o fato de em pleno governo Lula, a estatal manter o pagamento de dividendos astronômicos para seus acionistas e não dispor de orçamento para investimentos, mesmo tendo acabado de anunciar um lucro recorde de R$ 188,5 bilhões em 2022, o maior de sua história.


Os golpistas desvirtuaram de tal maneira o papel da Petrobras como empresa indutora do desenvolvimento, que sua participação no PIB brasileiro nos governos petistas foi de quase 18% e agora caiu para 6%  e continuará caindo, se Lula não conseguir estancar esta sangria e recuperar a empresa para os brasileiros.


Em várias oportunidades, Lula já se posicionou contra este tipo de rapinagem, lembrando que nenhuma empresa séria no mundo destina todo o seu lucro para pagamento de dividendos, sem se preocupar em fazer novos investimentos, sem se preocupar com pesquisa e inovação, especialmente numa área como a de energia, onde a concorrência é brutal.


Durante a cerimônia de lançamento do novo Programa Bolsa Família, Lula voltou ao assunto, renovando não só suas críticas, mas deixando claro que em seu governo a Petrobras retomará o papel para o qual foi criada. Vale dizer: uma empresa pautada pela inovação e pelo desenvolvimento nacional.


Se o Brasil tivesse uma mídia corporativa minimamente comprometida com esses interesses, era para a situação da Petrobras estar sendo mostrada, em detalhes, para a população, bem como os esforços de Lula para recuperá-la.


Como historicamente esta mídia sempre jogou a favor dos interesses internacionais,  agora  ela oscila entre esconder do respeitável público o que se passa ou distorcer a realidade para divulgar apenas o que lhe é conveniente. 


Os telejornais da Globo e da Record, por exemplo, não fazem qualquer referência às críticas de Lula à situação atual da Petrobras, enquanto jornais diários criticam "interferências" do governo na empresa e  abertamente combatem qualquer mudança na politica de distribuição de dividendos.


Pior ainda. A mídia corporativa brasileira faz de tudo para destacar o lucro recorde da empresa como algo extremamente positivo, sem qualquer alusão às condições em que se deu.


As manchetes e notícias de jornais como O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo descontextualizam a situação de tal forma, que induzem o leitor a pensar que se a empresa teve lucro recorde, tudo vai às mil maravilhas e o governo Lula não tem nada para mudar ali. 


Não é dito, por exemplo, que esse lucro só foi conseguido a custa da venda de ativos  da empresa e dos preços astronômicos dos combustíveis. 


Os dividendos bilionários que os grandes acionistas receberam se devem aos altíssimos preços pagos pela população pelos combustíveis.


Com esta absurda transferência de renda, meia dúzia de bilionários ficam cada vez mais ricos à custa da pobreza e da miséria de amplos setores da população brasileira.


O festival de canalhices contra a Petrobras teve sequência,  quando da primeira entrevista coletiva do seu novo presidente.


A mídia corporativa estava presente em peso - só do grupo Globo havia cinco repórteres. Todos perguntaram as mesmas coisas: a nova gestão pretende mudar a política de preços? Como fica o pagamento dos dividendos? 


Não se ouviu uma pergunta sequer sobre as propostas do novo dirigente ou sobre os seus planos para a empresa. 


Nada. 


A única coisa que interessava aos repórteres, na realidade aos seus patrões, era saber se os acionistas continuarão recebendo os dividendos tal como vem acontecendo.


Para um toque mais canalha ainda, o jornal o Globo, em editorial, na sexta-feira (3/3) praticamente ameaçou o presidente Lula com o extermínio de sua popularidade, caso insista na defesa da retomada da Petrobras para o povo brasileiro.


Minha surpresa em relação a esse tipo de atitude da mídia corporativa brasileira é zero. 


Desde sempre estes “barões da mídia” estiveram ao lado dos lobbies internacionais e contra o Brasil quando o assunto é petróleo, Petrobras e desenvolvimento nacional. 


Assis Chateaubriand e Roberto Marinho, adversários nos negócios, se uniram nas décadas de 1950 e 1960 no combate à criação da Petrobras e ao seu desenvolvimento. 


Uma das razões do suicídio de Getúlio Vargas foram as pressões que passou a enfrentar, por ter criado a empresa, em outubro de 1953. 


Uma das razões do golpe contra João Goulart, em 1964, foi a lei da remessa de lucros aprovada em seu governo, que inverteu a política econômica dos anos anteriores, que dava tratamento privilegiado aos capitais estrangeiros.


Pelo visto, a mídia corporativa brasileira, Grupo Globo à frente, reassume o papel de porta-voz, que nunca abandonou, dos lobbies internacionais e da “casa grande” e, na cara dura, ameaça Lula.


Vale destacar que no episódio das joias dadas pelo governo saudita à Michelle e a Bolsonaro, a mídia corporativa insiste em tratar como "presentes" o que é  descaradamente propina.


Não existe presente no valor de mais de R$ 16 milhões! E, por qual razão, o governo saudita presentearia a família Bolsonaro com joias tão valiosas? 


Além de não mencionar em momento algum o termo propina, não ocorreu à  mídia corporativa brasileira atentar para uma coincidência basica: os tais presentes aconteceram no exato momento em que Bolsonaro privatizava, por menos da metade do seu valor, a refinaria Landulfo Alves, que pertencia à  Petrobras e foi comprada por um fundo de investimento árabe.


A Federação Única dos Petroleiros (FUP) tem feito esta denúncia e exigido apuração.


Como a mídia corporativa reage? Começa a tirar o caso das joias das manchetes e volta para o que realmente lhe interessa: apontar riscos para uma recessão em 2023, ao mesmo tempo em que ressalta que 2022 foi um ótimo ano para a economia brasileira.


Dispensável dizer que o objetivo é criticar a política econômica de Lula e rasgar elogios para a atuação do ultraneoliberal Paulo Guedes.


Mais uma vez, minha surpresa é zero.


Tudo leva a crer que a mídia brasileira, Globo à  frente, sonha em retomar uma espécie de Operação Lava Jato em nova roupagem, para tentar obrigar o governo a manter a Petrobras como "vaca leiteira" dos oligarcas nacionais e internacionais.


Espero que Lula esteja bem consciente e preparado para o tamanho da guerra que o aguarda.


Espero, igualmente, que a população brasileira, depois de tudo o que sofreu nos últimos seis anos, não caia novamente no canto da sereia da mídia golpista.


 Não há fim à vista para a guerra híbrida no Brasil. Onde andam as forças populares e esquerda para fazer este debate, organizar e mobilizar o povo em defesa da soberania e do desenvolvimento nacional?


terça-feira, 6 de setembro de 2022

A Fantástica Fábrica de Golpes * Por César Locatelli / PÁTRIA LATINA

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE GOLPES

Por César Locatelli / PÁTRIA LATINA

Criticar os meios hegemônicos de comunicação envolve dificuldades inimagináveis. Só com criatividade e arte é possível não se render a seu poder. Ao não terem autorização para usar imagens da Globo, Victor Fraga e Valnei Nunes, diretores do longa A Fantástica Fábrica de Golpes, usaram ilustrações, elaboradas por Fernando Carvall e Leandro Araújo, bem como detalhes da tela de Flávio Tavares “Brasil, O Golpe: A Ópera do fim do mundo”,

Chico Buarque autorizou de bom grado o uso de duas de suas músicas, os fonogramas, entretanto, pertenciam à Globo. A solução foi recorrer ao grupo Francisco el Hombre, que regravou “Roda Viva” e à cantora Josyara, que interpretou “Pelas Tabelas”,. A trilha sonora original conta ainda com o trabalho de Erika Nande. As soluções com as ilustrações e com a trilha conseguiram converter problemas de difícil solução em agradáveis surpresas para os espectadores.

Padrão Globo

Já nos momentos iniciais do filme é contada a história da armação de uma roleta no Largo da Carioca por dois jornalistas de A Noite, dirigido por Irineu Marinho, jornal que seria sucedido por O Globo. O evento ilustra bem a postura adotada pelo grupo desde então.

Corria o ano de 1913, quando os dois jornalistas montaram uma roleta em pleno Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, para dar como notícia a licenciosidade do chefe da polícia, tido pelo jornal como conivente com a jogatina. “O Rio está se transformando num Mônaco licencioso e despudorado” estampava a edição de A Noite de 02/05/1913. O samba “Pelo Telefone”, considerado o primeiro gravado no Brasil, ironizou o evento: “O chefe da polícia pelo telefone manda me avisar / Que na Carioca tem uma roleta para se jogar.”

“Ressurge a Democracia”

Com o título acima, a edição de O Globo de 02/04/1964, trazia um radiante editorial em que saudava a desobediência militar ao chefe do Executivo, eleito democraticamente, e os agradecia por protegerem os brasileiros de seus inimigos. “Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor”, concluía o editorial narrado por Fraga.

Uma continuação informal do documentário Muito Além do Cidadão Kane

Para demonstrar que a TV Globo e a grande mídia mantêm sua firme atuação política de anos atrás, Fraga e Nunes consideram seu novo filme como uma continuação informal do documentário inglês Muito Além do Cidadão Kane, de 1993. “O filme de quase três décadas atrás denunciou como a TV Globo do Brasil manipulou impiedosamente a opinião pública desde os anos 1960, legitimou a ditadura que governou o país por 21 anos e demonizou as vozes progressistas que lutam pelos valores mais caros da democracia (particularmente o ex-presidente Lula)”, afirmam.

A monocultura mais perigosa é a das mentes

As monoculturas de soja, de milho e outras, atravessadas por agrotóxicos, excluem os pássaros, os sapos, os insetos, interditam a diversidade, tolhem a vida. Do mesmo modo, a monocultura nos meios de comunicação transmite alto grau de toxicidade para a consciência dos membros de uma sociedade. Esta é a forma que o prêmio Nobel da paz Adolfo Pérez Esquivel, um dos ouvidos por Fraga e Nunes, entende o monopólio na mídia e o pensamento único nos meios de comunicação.

“A monocultura mais perigosa é a das mentes. A monocultura das mentes traz consequências, porque se chega ao totalitarismo, se chega a querer silenciar a mídia da oposição, a mídia de informação, os meios jornalísticos que se opõem a este ou qualquer outro governo; e aí chegamos aos totalitarismos. Apenas um passo separa os totalitarismos das ditaduras”, complementa ele.

Esperança

“Nosso filme é tanto um registro histórico quanto uma ferramenta de denúncia. Brasileiros e pessoas de outras nacionalidades devem aprender com os erros cometidos nos últimos anos. A regulamentação da mídia é necessária para corrigir isso. Queremos evitar que a história se repita e ajudar o Brasil a romper com sua longa tradição de golpes de Estado. Esperamos que um terceiro documentário sobre o viés da mídia não seja necessário em três décadas”, concluem Victor Fraga e Valnei Nunes

Serviço

Filme: A Fantástica Fábrica de Golpes
Direção: Victor Fraga e Valnei Nunes
Produção: Dirty Movies
Duração: 105 minutos


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

O XADREZ DOS FALSOS ANJOS * Adão Alves dos Santos / SP

 O XADREZ DOS FALSOS ANJOS

(CRÔNICAS PARA DESEMBURRECER TOMO DCLX)

Adão Alves dos Santos / SP


Assim como na guerra fria, "guerra publicitária que o mundo viveu até a queda do muro de Berlim", o mundo está vivendo, mais uma guerra publicitária. Assim como esta, em toda e qualquer guerra, há um lado que parece mais simpático, mas será que há simpatia numa guerra?


O jogo de palavras qual chamamos de democracia, nos faz referendar as atividades do tio Sam, como simpáticas, será?


A atual guerra publicitária, explode nas mídias, como: "a eminente invasão da Ucrânia pelos militares russos, primeiro preciso lembrar, que apesar de não morrer de amores por nenhum integrante de polícias secretas, mas, para talhar o leito dos odiadores do comunismo, mesmo antes da queda do muro de Berlim, a Rússia, já não era comunista, assim o medo sem motivos, continua como um enorme medo sem motivos.


Se infelizmente, por trás desta guerra publicitária, ainda é puro e simples entulho da guerra fria, por outro as chances de uma invasão é tão real quando "as faraônicas inexistentes obras cíveis, feitas por uma papelaria de Curitiba, num triplex do Guarujá" a única coisa real do triplex é que ele foi construído, a única coisa real da invasão, é que a Ucrânia existe.


Mas, voltando a causas da tensão. Quando da queda do muro de Berlim, havia dois blocos militares para tentar equilibrar os poderios militares, a (OTAN, "Organização de Tratado do Atlântico Norte" e o Pacto de Varsóvia. Com o fim do da União Soviética, o Pacto de Varsóvia, deixou de existir, não fazia mais sentido a existência da OTAN, só que a OTAN, não apenas não deixou de existir, como tem dobrado o número de países membros. Esta é a razão de toda a crise, que virou a guerra publicitária que estamos vivendo. De um lado o presidente aparentemente bonzinho, o governo do tio Sam, que insiste em ter o mundo como seu quintal e os governos que não querem ser quintal do tio Sam.


Não pense que esta guerra publicitária do tio Sam com o Putin, não tem nada haver com o Brasil, o golpe contra a Dilma, ocorreu exatamente porquê o Brasil estava não apenas entre os não alinhados, como tinha papel de protagonismo no cenário político mundial. O golpe contra a Dilma, em todos os detalhes tem muito mais que o dedo da "CIA, Central de Inteligência Americana", tem corrupção e das bravas de agentes públicos brasileiros. Mas como aqui, a sabuja elite brasileira se vende. Os tanques do Tio Sam já desfilam em nossas fronteiras, lá na Venezuela?


Adão Alves dos Santos / SP