Um poema anti-imperialista em 1912
Começára a chover. Pelas algentes
Ruas, a agua, em cachoeiras desobstruidas,
Encharcava os buracos das feridas,
Alagava a medulla dos Doentes!
Do fundo do meu trágico destino,
Onde a Resignação os braços cruza,
Sahia, com o vexame de uma fusa,
A magua gaguejada de um cretino.
Aquelle ruido obscuro de gagueira
Que a noite, em sonhos mórbidos, me acórda,
Vinha da vibração bruta da córda
Mais recondita da alma brasileira!
Aturdia-me a tétrica miragem
De que, naquelle instante, no Amazonas,
Fedia, entregue a visceras glutonas,
A carcassa esquecida de um selvagem.
A civilisação entrou na tába
Em que elle estava. O genio de Colombo
Manchou de opprobrios a alma do mazombo,
Cuspiu na cóva do morubichaba!
E o indio, por fim, adstricto á ethnica escória,
Recebeu, tendo o horror no rosto impresso,
Esse achincalhamento do progresso
Que o annullava na critica da Historia!
Como quem analysa uma apostema,
De repente, acordando na desgraça,
Viu toda a podridão de sua raça
Na tumba de Iracema!.
Ah! Tudo, como um lúgubre cyclone,
Exercia sobre elle acção funesta
Desde o desbravamento da floresta
Á ultrajante invenção do telephone.
E sentia-se peor que um vagabundo
Microcéphalo vil que a especie encerra,
Desterrado na sua propria terra,
Diminuido na chrónica do mundo!
A hereditariedade dessa pécha
Seguiria seus filhos. Dóra em diante
Seu povo tombaria agonisante
Na lucta da espingarda contra a flécha!
Veio-lhe então como á femea veem antojos,
Uma desesperada ancia improficua
De estrangular aquella gente iniqua
Que progredia sobre os seus despojos!
Mas, deante a xantochroide raça loura,
Jazem, caladas, todas as inubias,
E agora, sem difficeis nuanças dubias,
Com uma clarividencia aterradora,
Em vez da prisca tribu e indiana tropa
A gente deste seculo, espantada,
Vê sómente a caveira abandonada
De uma raça esmagada pela Europa!
Augusto dos Anjos

Era assim os governos militares,
claro que quem MANDAVA mesmo
era o governo ESTADUNIDENSE!
Não existia Educação
Não existia assistência social
Não existia assistência previdenciária
Não existia merenda escolar
Não existia direito algum
Não existia garantias legais
Não existia humanismo
O que tinha era muita fome
O que tinha era muita miséria
O que tinha era muita desgraça
Só imbecis quem defende
Quem USA quem?
USA a África
USA às Américas
USA o mundo como quintal
USA do mundo o capital
Capital humano, intelectual...
USA sobretudo o vil metal...
USA governos
USA sociedades
USA guerras
Como brincadeiras,
Jogos de xadrez...
USA e como USA!
Rasga do peito
A porra dessa blusa!
Arranca esse troço da alma!
Não vá na onda da mídia e tal...
Sugiro-te
Com o amor te lambuza
E dê um foda-se
Para tudo que for te USA!
Agora use
Tua inteligência
Tua raça , tua crença,
Teu pertencimento
Mira no teu futuro
E acredite:
Juntos somos mais que
Massa de manobra...
Do contrário
Pede a benção
A quem te USA!
Autor: Iraquitan Palmares
Brasília-DF
Estamos tratando o Trump como o valentão do bairro, aquele que provoca medo. O chefe do tráfico, da boca, por exemplo.
Tem gente morrendo de medo dele!
Mas vejamos, o pequeno Panamá já lhe disse não! Sobre a tomada do Canal que ele se propôs. Disse o Presidente do Panamá: “Não e Não!”
E a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, já deu um chega pra lá no valentão!
Inteligente, ele já comprovou que não é. E muito menos um político, mesmo medíocre!
Está mais para um gângster aposentado do que para um político medíocre!
É muito estúpido! E deixa dúvidas se é primário ou primata!
Mas é um nazifascista sem rodeios!
E se enquadra muito bem no que disse Albert Einstein:
“Só há duas coisas infinitas, a estupidez humana e as dimensões do Universo,
quanto as dimensões do Universo eu ainda tenho as minhas dúvidas!”
A volta do nazifascismo é uma prova cabal da estupidez humana.
Entre outras!
Aliado ao Steve Bannon e Elon Musk, constituem a Internacional nazifascista e pretendem escravizar todo o mundo!
O Império ianque nunca viu coisa semelhante! Um imperador lançando desafios a todo o mundo!
Além de supremacista branco, defensor da ku klux klan, é um inimigo declarado da humanidade!
O Tio Sam, apontando o dedo desafiador, e as centenas de intervenções militares dos seus antecessores, parece coisa de criança perto do que se propõe o monstrengo indigitado!
Mas ele tem um objetivo: salvar o capitalismo moribundo.
E não é a primeira vez que o nazifascismo se apresenta como salvador do capitalismo em crise.
Na crise de 1929, com a quebra da bolsa de Nova Iorque, foi Adolf Hitler que salvou o capitalismo da crise braba em que mergulhou!
E Hitler se tornou herói para toda a burguesia alemã e internacional! A França, Inglaterra e Estados Unidos, entre outros, o exaltaram como herói!
Só que agora, o remédio vem em dose cavalar e poderá matar o paciente!
Façamos votos para que isto aconteça!
E. P. Cavalcante
Capitão de mar e guerra ap. do Corpo de Fuzileiros Navais.
Pesquisador da história militar.
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Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2025.