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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

TERRORISMO SEM CAUSA * Antônio de Pádua Elias de Sousa - Formiga-MG

TERRORISMO SEM CAUSA
"João 8, 32: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."


IMPRESSIONANTE 

é o termo que posso utilizar, neste momento, para expressar minha decepção e indignação com tais cenas de terrorismo e vandalismo, acontecidas dia 08/01/23, até então, num país considerado pacífico, progressista e acima de tudo, ordeiro, qual presa, em sua Constituição Federal, por sua soberania e democracia.

Num domingo, quando achamos que, as pessoas, supostamente de bem, estão com o tempo mais livre, portanto, acreditando que irão usufruí-lo para seus descansos merecidos, curtirem um passeio com a família, participarem de seus cultos religiosos, um lazer com churrasquinho e cerveja, ainda sem o tradicional jogo de futebol, acompanhados de boa música, aparecem uns idiotas, imbecis, ignorantes, pra não dizer com lavagem cerebral, se é que possuem um, servindo-se de massa de manobra, com a finalidade de mobilizar, alguns cidadãos(ãs) brasileiros(as), para em atos insanos, invadirem Brasília-DF, afrontando as leis constituídas, para depredação de patrimônios públicos, diga-se de passagem, de todos os brasileiros em nome de um “pseudo patriotismo”, fomentado por ideais neonazistas.

As perguntas que eu faço são:

- Será que essas pessoas tinham noção, ou estavam em sã consciência ao cometerem tal afronta?

- Estavam respaldadas e acobertadas para essas ações?

- Acreditavam ser imunes, e não seriam responsabilizadas? Sob qual garantia?

- Se acham superiores aos demais compatriotas?

- Ou a intuição golpista e terrorista, justifica por si só o vandalismo?

Contudo, na verdade, essa ação descabida, foi apenas uma cortina de fumaça, para encobrir o objetivo maior, qual era a usurpação da legitimidade das eleições de 2022, tentando tomar o poder à força, sob intimidação em um golpe de estado. Ledo engano.

Porém, nossas leis, apesar de apresentarem ainda algumas falhas, deverão ser utilizadas para a elucidação destes casos, punindo severamente, tanto os mentores, como os patrocinadores e seus executores, evidentemente que excluindo as crianças, que ao meu entender foram utilizadas irresponsavelmente, por seus tutores, quais deveriam responder com a perda do poder familiar – (antigo pátrio poder) alterado pelo Código Civil de 2002, pelo mal exemplo, usando-as como escudo humano, para a prática do mau.

Pois é!

Há de se apurar ao rigor das leis e aí, vou lembrar-vos a utilização indevida por um ex-presidente, que no afã de sua auto proteção, ou covardia foi se refugiar em outro país, como um menino travesso que joga a pedra e esconde a mão:

- “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” – Jo: 8-32.

Somente assim, acredito que a “ficha” deste povo cairá, voltando reinar no nosso país, a “Ordem e Progresso”, onde em seu hino nacional nos invoca:

- “Verás que um filho seu não foge à luta”...

Mas aqui ainda merece uma explicação:

Essa luta, é pela Soberania e Democracia, no Brasil e jamais de brasileiros contra seus compatriotas ou suas instituições.

Antônio de Pádua Elias de Sousa
Formiga-MG

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

ANISTIAR BOLSONARO E SUA MILÍCIA JAMAIS * Waldir Porfírio - PB

 ANISTIAR BOLSONARO E SUA MILÍCIA JAMAIS

Waldir Porfírio - PB


Paira no ar um apelo de certos setores da sociedade para que possamos esquecer o que se passou nos últimos quatro anos e olhar para frente. Está incluso nesse plano repetir 1979, quando os generais anistiaram todos os agentes públicos que, em nome do Estado, não respeitaram as regras constitucionais e as convenções internacionais que o Brasil havia aderido. Anistiaram assassinos e torturadores de presos políticos, que violaram os direitos humanos, dando carta branca para que maus policiais militares dessem continuidade para práticas nas comunidades pobres, ao arrepio da lei, de violação de lares, sequestros, torturas, assassinatos e desaparecimento forçados. 


A história não pode repetir esse erro do passado. São inúmeras as violações aos direitos humanos durante o governo Bolsonaro, que transformou o Brasil num estado de exceção, onde sua vontade política desrespeitava as regras constitucionais e legais, utilizando-se da quebra dessas regras até mesmo para tentar ganhar as eleições. Tentou ao máximo subjugar os poderes legislativo e, especialmente, o judiciário, para seus objetivos de normalizar as anomalias que os agentes do Estado estavam praticando. 


Para resolver esse problema, deve-se recorrer à teoria da justiça de transição, que tem como pilares o direito à memória e à verdade (como, por exemplo, as circunstâncias sobre as mortes e a falta de assistência do governo federal às vítimas da COVID); o direito à justiça (investigação e punição para todos que concorreram para essa tragédia); o direito à reparação econômica aos familiares (calcula-se que mais de 170 mil crianças e adolescentes de até 17 anos ficaram órfãs no Brasil); e, por fim, uma reforma nas instituições para fortalece-las no enfrentamento futuro de atrocidades semelhantes. 


Com o título de “Pacificação”, a jornalista Milly Lacombe, em sua coluna no UOL, de 5 de novembro do corrente ano, denuncia a tentativa de intelectuais liberais em defender a anistia e pacificação para os promotores da barbárie que ocorreu no Brasil. Denuncia que estes mesmos intelectuais ficaram calados diante de um governo que afundou o país “violências de todos os tipos, da lentidão para compra de vacinas” e “inúmeros sigilos de 100 anos em qualquer suspeita de malfeito ou corrupção”. Conclui que “não haverá pacificação sem punição” e que “Agora é a hora de colocar todo esse horror na mesa e fazer uma autópsia do que passamos”.


Não resta a menor dúvida de que Milly Lacombe está com toda razão. Não é revanchismo, mas uma oportunidade para que a sociedade tome consciência dos acontecimentos ocorridos. A justiça de transição oferece os elementos necessários para que o Brasil possa voltar à normalidade e desvendar, por meio de uma investigação séria, com participação da sociedade civil, os horrores praticados por esse governo que finda no último dia de 2022. 


Para que isso possa acontecer, os partidos políticos democráticos, dirigentes de entidades representativas do povo e dos movimentos sociais, intelectuais, parlamentares federais, estaduais e municipais, e demais interessados devem exigir das instituições formadas pelos três poderes a realização de investigações sobre as violações aos direitos humanos e o que levou a milhões de pessoas a seguir e defender um governo autoritário, como o que se finda.


-PAPUDA NELLLES-


(Waldir Porfírio: Escritor, psicólogo, advogado, mestre em direitos humanos, políticas públicas e cidadania, ex-membro da Comissão Estadual da Verdade da Paraíba, e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano)

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