Mostrando postagens com marcador nicolas maduro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador nicolas maduro. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de agosto de 2024

É ABJETA A POSIÇÃO DE LULA SOBRE A VENEZUELA * CEP MAGALHÃES/LÚCIO CARRIL-SP/José Sant Roz-VE

É ABJETA A POSIÇÃO DE LULA SOBRE A VENEZUELA
MENSAGEM AO PRESIDENTE LULA
ATÍLIO BORON.AR

É absolutamente abjeta e irresponsável a posição de governo Lula de não reconhecer o resultado oficial da eleição presidencial da Venezuela, onde o atual presidente Maduro venceu por 51%. Apoiar uma proposta de novas eleições, que nenhum dos lados venezuelanos aceita, mostra que o governo brasileiro não respeita a Venezuela.

Independente de qualquer juízo de valor e/ou avaliação político ideológica que se possa ter do cenário político venezuelano, essa atitude demonstra que o Brasil aderiu a política imperialista americana de intervir em países, não respeitando auto determinação dos povos.

Vergonhoso para um governo que se diz progressista, de esquerda e que afirma ter como política externa a integração da América do Sul. Tremenda bola fora do Lula, talvez seja por isso que os pares do Brasil nos BRICS+ atualmente olham o país com suspeitas quanto a posição de fortalecimento político, econômico e militar do Sul Global contra o império do OTANISTÃO (EUA, EUROPA E OTAN).

O governo brasileiro tem recuado em muitas posições de enfrentamento contra o império americano, fazendo na política externa a mesma coisa que faz na política interna: não enfrenta ninguém, concilia com tudo. Como já foi avisado, conciliar, conciliar, conciliar, abre espaço para golpe. 

É o que o horizonte aponta...


O ABESTALHAMENTO DO LULA*

Tem muita gente me perguntando sobre minhas postagens de indignação com o Lula em relação à Venezuela. Sim, estou indignado com esse desvio de posição e de postura dele. Não é possível que ele não perceba o que está acontecendo no mundo.

Estamos vivendo o momento histórico mais importante depois da segunda guerra, com o declínio dos Estados Unidos como única potência econômica mundial.

Caminhamos agora para um mundo multipolar, o que pode dar um maior equilíbrio nas relações internacionais.

O velho xerife está desesperado, bancando a guerra da Ucrânia, o genocídio do povo palestino e atacando países que têm alguma riqueza para ser saqueada.

Sua derrota é inevitável. A China já vem assumindo protagonismo e, segundo previsões, em 2030 será a maior economia do mundo.

Essa perspectiva está levando o Tio Sam ao desespero.
O foco dos Estados Unidos na Venezuela é o petróleo. Os ianques precisam saquear a maior reserva de petróleo do mundo para tentar superar a recessão pela qual passa o país e ganhar uma sobrevida como império.

O que vem me chamando a atenção é o Lula se alinhar com um império em declínio e fortalecer a política intervencionista e imperialista dos Estados Unidos, logo agora que a correlação de força internacional aponta para uma mudança.

Ou o Lula está se abestalhando ou está mudando de lado. Mas justo agora, quando os BRICs podem ter um grande protagonismo mundial?

Entre EUA e Venezuela, temos sempre que ser Venezuela. Nosso aliado histórico é o bolivarianismo, assim como nosso algoz é o imperialismo ianque.

Se alinhar com os Estados Unidos é de uma estupidez sem tamanho. Ninguém abraça um inimigo quando ele está caindo. Se o fizer, cairá junto.

Lula tem que fortalecer os BRICs e a América do Sul. Sua busca para se tornar líder mundial tem que ser focada na nova ordem e no fortalecimento dos países em ascensão.

Agradar os americanos do norte é muito feio e extemporâneo.

Lúcio Carril
Sociólogo
*
Foi assim que o Golpe foi montado: com o “Painel de Especialistas da ONU”, Carter Center, UE e o canalha Lula!..*.

*Por José Sant Roz*

Por acreditarem na prostituta e criminosa “democracia ocidental”, quase nos derrubaram no dia 28-J. Porque queremos mostrar ao mundo o quanto somos transparentes, o quão poderosa é a organização e a força popular do Chavismo, a força inviolável da nossa CNE, a paz e a segurança sólidas que reina nas nossas instituições..., por tudo isso, decidimos a um grande setor da comunidade ocidental, e novamente, não percebemos que no meio estão os eternos cavalos de Tróia a serviço dos gringos, como o Brasil e a Colômbia, que por motivos de inveja e seus nefastos propósitos geopolíticos, trouxeram a adaga embainhada. Acrescente a isso que confiamos no *CARTER CENTER,* uma agência gringa que nunca poderia aceitar uma vitória de Maduro... Esses esfaqueamentos tortuosos seriam acompanhados pela publicação do relatório do cara *PAINEL DE ESPECIALISTAS DA ONU ,* que também estiveram envolvidos no plano golpista, que agora saem para dar a desculpa de que “medidas básicas de integridade e transparência não foram cumpridas”. Este painel grosseiro usa a falácia e o ridículo de que a ata não foi publicada. Palha pura e criminosa. De forma perversa, este *PAINEL DE ESPECIALISTAS DA ONU*, dá como vencedor o fantoche de Edmundo González, ou seja, para eles *TRANSPARÊNCIA, INTEGRIDADE E FORMALIDADE DEMOCRÁTICA PRECISA*.

Temos que estar sempre lembrando da frase do *CHE, que não se deve acreditar nem um pouco assim nos gringos* e quando falamos de gringos estamos nos referindo também aos covardes e miseráveis ​​que se refugiam na posição retórica de um certos “ESQUERDA”, como Lula, Boric ou Petro. *Lembre-se também sempre do que a União Europeia fez a Gaddafi, quando ele cometeu o erro de confiar em Zarkozi e Berlusconi.*

Acontece agora que a direita mundial apoia a posição do miserável *Celso Amorim (principal assessor de Lula em política internacional), que sugeriu a mesma coisa proposta por Tomás Guanipa (Tequeño Crudo) de que as eleições na Venezuela deveriam ser repetidas*. Mesmo que nós chavistas conseguíssemos 99% dos votos, aqueles filhos da puta como Lula não parariam de cantar *FRAUDE!*

Lula está aprendendo com as viagens, emboscadas e armadilhas da direita e quer aplicá-las em nós. E faz isso por inveja da Venezuela. *Aplicar o que fizeram a si mesmo, a Allende, a Juan Bosch, a AMLO, a Pedro Castillo, a Zelaya e Dilma. Em particular, como já dissemos em outras obras, o exército brasileiro quer assumir o papel de sub-império na América Latina. Temos que ser muito claros sobre isso.*

*Extraordinária é a POSIÇÃO da nossa Assembleia Nacional, decidindo que aqueles grandes bastardos estrangeiros nunca mais virão aqui para supervisionar as nossas eleições.* O Brasil sabia o que os EUA e seus agentes internacionais estavam tramando e se preparou para a emboscada. *Lula já havia discutido isso com o Departamento de Estado, porque o plano, NÓS INSISTIMOS, é tentar por todos os meios enfraquecer e subjugar a Venezuela, em benefício dos interesses imperialistas da potência hegemônica do Brasil.* É por isso que Lula vem quer dizer que A solução para a “crise venezuelana” é repetir as eleições (TEQUEÑO CRUDO II). Que desta forma todas as dúvidas e suspeitas seriam esclarecidas.

*Esse anão subimperialista Lula, na última sexta-feira, 9 de julho, em reunião ministerial de seu governo, sustentou que a solução para nossa CRISE é convencer Maduro de que não houve clareza no processo eleitoral de 28-J e que a solução é repeti-los. …, e é por isso que AMLO começou a compreender que por trás destas propostas há algo muito obscuro, por isso decidiu distanciar-se*. *No caso do Petro só obedece o que o gringo que os EUA o nomearam como chanceler decidir.*-

sábado, 30 de março de 2024

AVANTE VENEZUELA ANTIIMPERIALISTA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

AVANTE VENEZUELA ANTIIMPERIALISTA

Todo apoio ao povo trabalhador da Venezuela em sua hercúlea luta contra o imperialismo em nossa América

A Frente Revolucionária dos Trabalhadores (FRT), vem através desta nota, repudiar veementemente as perfídias e infames calunias propagadas pelo presidente brasileiro Luiz Inácio "Lula" da Silva, contra o regime político interno da Venezuela e seu sistema eleitoral.

As intrometidas declarações do Itamaraty e do próprio presidente brasileiro contra o regime político de nosso país irmão, para além de ser uma desprezível intromissão nos assuntos internos de outro país soberano, é expressão patente do servilismo desonroso do governo Lula, diante do imperialismo estadunidense. 

A resposta dura por parte da diplomacia bolivariana contra essa intromissão em seus assuntos internos, que qualificou as declarações do governo brasileiro como parecendo ter sido elaboradas pelos serviços do Estado ianque, foi certeira e na verdade captou a essência de tal servilismo por parte de Lula e seu governo diante dos piores inimigos da humanidade.

Em seu terceiro mandado a frente do Estado brasileiro, o presidente Lula tem dado seguidas mostras de seu alinhamento ao imperialismo dos Estados Unidos em nosso continente, basta lembrarmos sua mesma posição ambígua e vacilante no recente caso de Essequibo, ou mesmo seu decreto do ano passado, permitindo a entrada de mais de 290 militares estadunidenses em nosso território para exercícios e doutrinação de seus homólogos brasileiros.

 Já no que tange a sua política internacional em respeito ao massacre que o Estado sionista de Israel tem cometido contra o povo palestino, apesar de suas declarações certeiras e corajosas denunciando os criminosos israelenses, nenhuma ação prática efetiva contra o Estado genocida foi tomado. Justamente o contrário, Lula e sua equipe tem tratado de pôr panos quentes, contemporizar, como é do seu feitio desde sua época de sindicalista.

Nessa mesma esteira de servilismo diante dos poderosos, recentemente Lula vetou os atos que rememoram e denunciam o golpe militar fascista de 1964 contra o presidente João Goulart e que implementou o terrorismo de Estado e uma regressão histórica da nação que nos afeta decisivamente até os dias de hoje. Também internamente, o governo de Luiz Inácio dá sequência em linhas gerais, ao mesmo programa econômico do governo Bolsonaro, favorecendo acima de qualquer coisa os interesses do rentismo e dos latifundiários contemporâneos do chamado agronegócio, responsáveis pela regressão neocolonial pela qual o Brasil passa.

O mais curioso da intromissão arrogante e servil do mandatário brasileiro e sua equipe diplomática contra o regime político venezuelano, é que esta não toca nem levemente nas seguidas tentativas golpistas da chamada "oposição" contra o governo venezuelano desde há décadas, ainda no período do comandante Hugo Chávez, tudo alinhado e financiado pelos imperialistas bandidos da Casa Branca.

Dessa forma, o que vai ficando claro é o lastimável papel cumprido por Lula e seu governo burguês de mero cumpridor de ordens que vem dá Casa Branca e do Departamento de Estado imperialista. E isso desde seu primeiro mandato a frente do governo brasileiro, quando a serviço do sanguinário George W. Bush, enviou tropas brasileiras para o serviço sujo de neocolonização e repressão ao povo haitiano.

A Frente Revolucionária dos Trabalhadores e a parte honrada do povo trabalhador brasileiro se solidariza aos seus irmãos trabalhadores da Venezuela e seu governo, apesar de nossas profundas divergências políticas em relação a este último.

Afirmamos o direito soberano do povo venezuelano conduzir seus assuntos, de combater firmemente o golpismo pró imperialista em sua pátria.

E mais uma vez repudiamos o serviço sujo do governo Lula em se colocar como vergonhoso ventrículo do imperialismo norte americano em nossa grande pátria americana.

Frente Revolucionária dos Trabalhadores
FRT
NOTA VENEZUELANA

Caracas, 26 de marzo de 2024 

Camarada 

Roberto Bergoci 

Representante Frente Revolucionario de Trabajadores-FRT. Brasil. – 

Camarada: 


Reciba un saludo solidario y revolucionario en nombre del pueblo  venezolano y del Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), en ocasión de  compartir con usted, información relevante sobre las próximas elecciones  presidenciales de la República Bolivariana de Venezuela, que tendrán lugar el  28 de julio de 2024. 

Al respecto, le informamos que; producto del consecuente esfuerzo del  Presidente Nicolás Maduro Moros en la construcción e implementación del  diálogo, en pleno respeto al “Acuerdo Parcial sobre la Promoción de Derechos  Políticos y Garantías Electorales”, firmado con sectores de las oposiciones  nacionales y luego de un amplio proceso de consultas con los movimientos  sociales, empresariales, sindicatos y 43 partidos políticos del país, se elevó a  nuestro Poder Electoral, una hoja de ruta sugerida para desarrollar las  elecciones presidenciales en nuestro país que por mandato constitucional  deben realizarse durante el año 2024. 

En este sentido, el Consejo Nacional Electoral con base en sus facultades  constitucionales y previa revisión a los acuerdos entre los diversos sectores de  la sociedad, el pasado 5 de marzo, anunció su decisión de convocar a  elecciones presidenciales para el período 2025-2031, conforme al siguiente  cronograma:

- Presentación de postulaciones de los candidatos: del 21 al 25 de  marzo. 


- Actualizaciones del censo electoral: del 18 de marzo al 16 de abril. - Campaña electoral: del 4 al 25 de julio. 

- Elecciones Presidenciales: 28 de julio de 2024. 

- Inicio del período constitucional 2025-2031: 10 de enero de 2025 

Apreciado camarada: 

Esta será la elección N° 31 en los últimos 25 años y quedará registrada  como uno de los eventos más trascendentes e importantes en nuestra historia  republicana, en la que nos preparamos con alegría para consolidar la  vigesimonovena victoria electoral para la Revolución Bolivariana, por eso  deseamos sea testigo presencial de este evento este próximo 28 de julio-2024. 

Reciba nuestro abrazo y garantías de contar con nuestra solidaridad  activa y a tiempo con la causa que mutuamente defendemos.  

Vicepresidencia Asuntos Internacionales PSUV: asuntosinternacionalespsuv1@gmail.com   

***

domingo, 8 de janeiro de 2023

SIMON BOLÍVAR E SUA HISTÓRIA * Dilhermando Campos/NETFLIX

SIMON BOLÍVAR E SUA HISTÓRIA

Assim que tive notícia da estreia de uma série sobre a vida de Simon Bolívar no Netflix, em junho de 2019, refiz a minha concorrida lista de filmes de fim de semana. Porém, já com a pipoca, cobertor e companheira de jornada devidamente ordenados, uniformizados em impecáveis moletons e perfilados no sofá aguardando o momento de prestar continência ao General, tive duas decepções.

A primeira é que a série tinha 60 episódios com mais de 50 minutos cada – haja sábado, domingo e madrugadas! Bem, podia aguardar as férias que teria em agosto daquele ano e fazer essa maratona de 50 horas. Se Bolívar cruzou os Andes e atravessou os Llanos no inverno com seu exército para libertar a América, quem sou eu para reclamar de 50 horas no sofá, comendo pipoca e dando empolgados spoilers históricos para minha generala. Concluí que a causa valia o nosso sacrifício!

No entanto, a segunda decepção me obrigou a abortar a jornada revolucionária. Na verdade, Bolívar: una lucha admirable não é propriamente uma série, nem é um épico como eu esperava. É uma telenovela produzida pela Caracol Televisión da Colômbia. Não que eu não reconheça os méritos do gênero mais apreciado da teledramaturgia latino-americana e as potencialidades de explorá-lo na pedagogia popular. Mas, tenho que confessar, não é o meu predileto. E, por isso, assim como o general Francisco de Miranda, capitulei diante da minha missão.

Um ano depois, cá estou eu de quarentena no meio de uma pandemia global, também cumprindo pena pela traição à causa. Pelo ofício de professor, que virou trabalho remoto no confinamento, e pela asma que trago da infância, sigo trancado em casa há… sei lá, já perdi a conta!… e, por isso, tive agora a chance de me redimir ante El Libertador.

Antes de retomar a missão, talvez inconscientemente tentando buscar motivos para ser dispensado dela, resolvi ler um pouco sobre a série e sua repercussão ao longo desse último ano. Descobri que antes mesmo da estreia houve uma polêmica entre os produtores e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Na semana anterior ao lançamento, Maduro disse: “Las televisoras de la oligarquía colombiana van a inaugurar una miniserie de Bolívar. ¿Cuántas mentiras, difamaciones y basura pondrán en la miniserie?”

A fala do presidente foi respondida de forma veemente pela roteirista, Juana Uribe, e pelo ator, Luis Gerónimo Abreu, que interpreta o Bolívar adulto, dizendo que Maduro devia primeiro assistir a obra para depois fazer comentários a respeito e que tinham certeza que o povo venezuelano se orgulharia do Bolívar retratado na produção.

Só que eu entendi perfeitamente a desconfiança do presidente Maduro. Eu mesmo tenho como meta nunca assistir ao filme sobre Getúlio feito pela Globo Filmes. Não assisti, não vou assistir, não quero saber a respeito, pois tenho a absoluta certeza de que a obra é um insulto à memória do Presidente Vargas, feita pela oligarquia que o perseguiu até a morte e que tenta destruir seu legado até os dias de hoje. Pronto! O comandante Nicolás Maduro havia me dispensado da árdua tarefa.

Porém, no clique seguinte, descubro que Maduro, após a polêmica, não só assistiu à série com sua esposa, como se desculpou com os produtores pela manifestação precipitada, elogiando os atores, o roteiro e se lastimando pela série não ter 1.000 episódios, ao invés de apenas 60. Com isso, não tive escapatória e parti, com um ano de atraso, para uma longa marcha que começa na San Mateo do século XVIII.

A série se divide nas fases da vida de Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios Ponte-Andrade y Blanco, o homem mais rico da Venezuela que se converte no maior revolucionário do continente americano. Meu incômodo inicial se deu pela primeira parte da história, que retrata a infância do jovem Simón, lembrar um pouco novelas de época, dessas que a Rede Globo costuma veicular no horário das 6 da tarde. Mas essa parte é importante para a composição dos personagens e do ambiente cultural, econômico, político e sanitário da Venezuela de então. Caso se encoraje por este texto a empreender a mesma marcha e não seja grande admirador desse gênero da dramaturgia, lembre-se nesse ponto da jornada que está vendo a história de ninguém menos que Simón Bolívar! Continue.


Os primeiros capítulos mostram Simón aos 9 anos (interpretado pelo ator Maximiliano Gómez), nas vésperas da morte de sua mãe, María de la Concepción Palacios, que se apressa em resolver questões burocráticas para resguardar o patrimônio da família. Viúva e tuberculosa, María de la Concepción corria contra o tempo pela ambição dos parentes sobre a herança de seus filhos, especialmente por parte de seu inescrupuloso irmão, Carlos Palacios. Nesse período, a rica família Bolívar enfrenta a corrupta e implacável burocracia colonial, comandada pelos chapetones, como eram conhecidos os colonos brancos vindos da Espanha, que discriminavam e subjugavam os criollos, descendentes dos espanhóis nascidos na América.

A brutalidade da escravidão também é retratada na produção. As cenas de violência contra os negros, especialmente contra os escravos fugitivos, são muito impactantes. Historicamente, sabe-se que Bolívar foi acompanhado por toda a vida pelo ex-escravo José Palacios, seu fiel escudeiro que esteve ao lado do Libertador até seus últimos dias, o que foi bem mostrado na série. Sobre o personagem Dionísio, outro ex-escravo da fazenda dos Bolívar-Palacios, sabe-se que era filho de Negra Hipólita, figura importante na vida de Bolívar, a quem ele chamava em suas cartas como “su madre y su padre“. Porém, não há registros de que Dionísio tenha fugido para um quilombo, onde viveu até ser incorporado ao Exército Patriota, como mostrado na série.


A produção usa essa estratégia narrativa de introduzir alguns fatos e personagens ficcionais que concentram histórias, contradições, sofrimentos e anseios de grupos que realmente estiveram envolvidos nas guerras de libertação das colônias. Segundo a roteirista da série, 80% do que é mostrado é baseado em personagens e fatos reais, comprovados pela historiografia, e 20% são ficcionais para permitir a fluidez narrativa e romancear partes da trama, adaptando-a ao gênero dramatúrgico da produção.

É uma estratégia que funciona bem, mas pode confundir um pouco o público brasileiro que, infelizmente, desconhece a história da América Latina. Das resenhas que li em espanhol, foi muito comum ver a frase “é uma série muito boa para revisarmos os conteúdos dos cursos de história da escola”. Mas, como sabemos, as elites brasileiras sempre se esforçaram muito, desde o Império, para que o nosso povo não descubra que o Brasil faz parte do continente latino-americano. Sempre lembro disso quando vejo o jornalismo da Globo chamar a “correspondente para América Latina”, que mora na Argentina, como se São Paulo fosse parte da Europa ou da América Anglo-saxônica.

Como não estudamos, ou estudamos muito pouco na escola a história latino-americana, vale a pena ir pesquisando a respeito dos personagens, fatos e locais à medida que aparecerem na série (com cuidado de não ir na leitura além do ponto em que está assistindo, caso não queira tomar spoilers). Essa metodologia pode converter a série em um pequeno supletivo da história da América Latina, talvez envergonhando o espectador mais curioso que conhece com detalhes a travessia dos Alpes realizada por Aníbal na guerra de Roma contra Cártago, mas nunca tinha ouvido falar do Paso de los Andes, quando o exército maltrapilho de Bolívar cruzou a gélida cordilheira pelo páramo de Pisba para surpreender os espanhóis na tomada de Tunja e Bogotá. Outra recomendação de pesquisa, se não conhecer bem as diversas formatações dos países ao longo das guerras de libertação e a divisão dos vice-reinos que a coroa espanhola fazia no continente americano, é buscar por essas informações geográficas para se localizar melhor nas partes da história apresentadas na série.

Outra dica importante: caso não vá assistir só e conheça um pouco da história latino-americana, por questões de segurança pessoal, sugiro ter cuidado redobrado com spoilers. Fui advertido, em grau crescente de rispidez, que frases como “isso foi antes da derrota em Puerto Cabello”, “depois que destruírem a Segunda República”, “ele ainda não foi exilado na Jamaica”, “só depois que ele ficar viúvo” ou chamar pessoas que aparecem pela patente militar com a qual são conhecidas hoje, especialmente se naquele momento da história o personagem for um simples civil, configura uma, cito literalmente, “sequência irritante de spoilers”. Após o ultimato, “no próximo eu paro de assistir”, me contive, guardando o melhor de todos para o fim, onde terei meu momento pernóstico de ouro, na Conspiración Setembrina: “La Libertadora del Libertador”, “La Libertadora del Libertador”, “La Libertadora del Libertador” – repeti mentalmente por dias aguardando o momento certo para me antecipar alguns milésimos de segundo quando a fala aparecesse.

De um modo geral, a série é muito bem produzida, com cenas incríveis de batalhas famosas, figurinos impecáveis, atores excepcionais – valendo destacar a espetacular atuação de Luis Gerónimo Abreu que deu vida ao Bolívar na maturidade. Na terceira fase da história, quando Bolívar retorna da Jamaica para libertar definitivamente a Grã-Colômbia, a produção ganha uma dinâmica nova, pois é baseada nos diários de Daniel O’Leary, importante documento das batalhas e do dia a dia da guerra. O’Leary foi membro da brigada britânica que lutou ao lado de Bolívar e que passa a ser o narrador da série a partir desse ponto.


A produção é muito rica em detalhes biográficos de Simón Bolívar e também de Manuela Sáenz, ‘la amante y patriota de usted’– interpretada de forma excepcional pela atriz equatoriana, Shany Nadan –, cuja história é apresentada em paralelo à do Libertador até se cruzarem e se apaixonarem em Lima, quando Manuelita se incorpora ao Exército Patriota. Além de possibilitar as situações românticas necessárias ao gênero da teledramaturgia, essa forma de mostrar as duas vidas correndo em paralelo permitiu uma valorização do papel da mulher nas guerras revolucionárias, que ocuparam todos os fronts, precisando ainda confrontar a cultura ultraconservadora da época. Talvez a atuação militar de Manuelita pudesse ter sido mais bem explorada em sua participação na Batalla de Ayacucho, sob comando do General Sucre, onde teve brava atuação, mas foi mostrada de forma muito breve na série.


Sobre o conteúdo histórico, valeria aparas também na forma como retratam o general Francisco de Miranda, o precursor da independência hispano-americana, apresentado como um mercenário decadente, o general Rafael Urdaneta, dando muito enfoque a algumas vacilações desse fiel seguidor de Bolívar, e o general José Antonio Páez, mostrado apenas como um homem chucro dos Llanos, que se alfabetizou depois de adulto. Páez é uma figura interessante, pois, apesar dessa origem simples, foi um homem que se superou incrivelmente ao longo da vida, não apenas liderando o exército de llaneros que foi fundamental nas guerras de libertação, como se tornando o primeiro presidente da Venezuela, após a dissolução da Grã-Colômbia – cargo que ainda veio a ocupar por mais duas vezes –, além de ter aprendido idiomas e se dedicado à música quando teve oportunidade nos interregnos de seus mandatos.

Sobre a história dos confrontos clássicos, apesar da superprodução da Batalla de Pantano Vargas e da Batalla de Boyacá, há a ausência inexplicável da Batalla de Carabobo, na qual Bolívar conseguiu finalmente expulsar os espanhóis da Venezuela e libertar o país. Talvez pela série ser colombiana não julgaram central retratar esse fato histórico, mas é uma ausência notável em uma produção que visa contar a história de Bolívar.


Em relação à biografia do Libertador, há que se levar em consideração que as telenovelas, além serem compostas por inúmeras cenas de romances e mais romances próprias do gênero dramatúrgico, tendem a apresentar as decisões dos personagens como impulsos individuais, desatrelados de sentidos mais transcendentes ou de mudanças na visão de mundo fruto da maturidade. Para a história funcionar, as paixões devem estar no comando, surpreendendo o espectador pela imprevisibilidade e audácia dos apaixonados.

Nesse sentido, é compreensível porque o regresso de Bolívar da Europa para libertar a América é apresentado como uma decisão de um jovem rico em busca de sentido para a vida, que deseja incluir no currículo um feito grandioso que o distinga na História. Talvez por esse motivo, não apareça na série a cena do Juramento del Monte Sacro, episódio em que Bolívar, diante de seu ex-professor venezuelano, a quem reencontra na Europa, o revolucionário filósofo e pedagogo Simón Rodríguez, faz um juramento se comprometendo a lutar até seu último dia pela causa independentista hispano-americana.

Apesar de não ter frequentado cursos formais, além da escola militar, Bolívar teve grandes tutores ao longo da vida. A visão de um criollo que, a partir dos estudos e vivência nas metrópoles do mundo, dá inteligibilidade às suas revoltas políticas, compreendendo o papel das colônias dentro do sistema mundial e jurando tomar para si a causa da libertação de seu povo, talvez não coadune com o gênero narrativo da produção. O fato é que daria uma bela cena, Bolívar bradando o juramento no monte romano, cujo conteúdo conhecemos por trocas de cartas posteriores entre ele e Simón Rodríguez: “¡Juro delante de usted, juro por el Dios de mis padres, juro por ellos, juro por mi honor y juro por mi patria, que no daré descanso a mi brazo, ni reposo a mi alma, hasta que haya roto las cadenas que nos oprimen por voluntad del poder español!”

Por fim, é interessante que, mesmo sendo colombiana, a série toma o partido de Bolívar na rivalidade com o general Santander, mostrado como alguém hesitante, sempre disposto a sabotar o projeto da Grã-Colômbia. Na disputa entre santanderistas e bolivarianos, que se deu em torno do federalismo liberal e do centralismo autocrático, com o qual o Libertador queria evitar a fragmentação do novo país, a história apresentada é claramente favorável à visão defendida por Bolívar.


No entanto, curiosamente no episódio da Conspiración Setembrina – aguardado por mim desde o início para o meu spoiler de placa –, a série isenta Santander do complô, a despeito das provas que existem da sua culpabilidade. No evento central desse episódio, quando eu me preparava repetindo mentalmente “La Libertadora del Libertador”, “La Libertadora del Libertador”, aguardando a hora exata… tocou a companhia e eu perdi o timing!!

Era a padaria que agora, na pandemia, tem feito entregas em casa, protegendo seus consumidores do coronavírus e das ilusões cinematográficas que podem nos fazer esquecer da mediocridade existencial que vivemos no atual momento. Máscara no rosto, álcool em gel preparado, tive que ir lá fora atender o entregador, esse herói latino-americano do século XXI que vem salvando milhões de vidas montado em sua moto, enquanto luta contra o subemprego aguardando a libertação da Pátria.
*
BOLÍVAR BIOGRAFIA
CARACOL TV E NICOLAS MADURO

El Presidente de #Venezuela, Nicolás Maduro, se retracto públicamente este 31 de julio de 2019 sobre sus opiniones previas en torno a la serie "Bolívar, una lucha admirable" escrita por Juana Uribe, producida por Caracol Televisión y distribuida por Netflix. La recomienda ampliamente. "Cometí conceptos prejuiciados y adelantados sobre la serie, y me equivoqué. Ofrezco excusas. Hemos quedado maravillados y conmovidos. Lograron en la serie traer un Bolívar, vivo, humano, sensible"

*

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Apesar de Bolsonaro, Venezuela envia oxigênio a Manaus para ajudar aos pacientes da Covid-19 * FRT/BR

Apesar de Bolsonaro, Venezuela envia oxigênio a Manaus para ajudar aos pacientes da Covid-19


Já começaram a cruzar as fronteiras do Brasil hoje, os caminhões carregados de oxigênio que partiram da Venezuela, enviados pelo presidente Nicolas Maduro em direção a Manaus, no Amazonas. O material segue para socorrer o povo manauara, castigados pela pandemia da covid-19 e barbaramente abandonados à própria sorte pelo presidente fascista brasileiro Jair Bolsonaro e seu Ministro da Saúde incompetente, o general Eduardo Pazuello.


A carga enviada gentilmente pelo governo venezuelano contendo 132 mil m³ de oxigênio, abastecerá os hospitais e certamente será de grande valia para o socorro imediato da população de Manaus. Além do oxigênio, o governo Maduro também formou um contingente com cerca de 107 médicos venezuelanos e brasileiros, graduados pela Escola Latino-Americana de Medicina Salvador Allende, em Caracas e que servirão o povo manauara. O chanceler venezuelano Jorge Arreaza, informou que os médicos procuraram o consulado venezuelano de Boa Vista, propondo criar a Brigada Simon Bolivar, para atuar em socorro a Manaus demonstrando um gesto internacionalista heroico.

É gritante as diferenças de postura entre os presidentes venezuelano e brasileiro sobre a barbárie que ocorre na capital do Amazonas: enquanto Nicolas Maduro, caluniado pela imprensa burguesa mundial e brasileira, demonstra um gesto autenticamente humano, nobre e de solidariedade internacionalista para com o povo de Manaus, Jair Bolsonaro fez pouco caso, despreza seu próprio povo e as cenas chocantes de seres humanos sufocados, morrendo literalmente afogados.

Enquanto a média de mortes em Manaus por conta da covid-19 cresceu nos últimos dias 183%, os hospitais vivem verdadeiras cenas de terror e desespero, Bolsonaro, junto de seu ministro da Saúde paspalhão sorriam e mentiam numa transmissão ao vivo pela internet do último dia 14-01, afrontando claramente o povo brasileiro. O ministro da Saúde Pazuello esteve bem recentemente em Manaus recomendando o uso da cloroquina no combate ao coronavírus, mesmo sem a mínima orientação ou comprovação cientifica da mesma, atuando na prática como curandeiro e charlatão.

A própria Advocacia Geral da União (AGU), enviou oficio ao Supremo Tribunal Federal (STF) hoje, revelando que o governo federal sabia do iminente colapso do sistema de saúde do Amazonas e da falta do oxigênio nos hospitais, 10 dias antes do caos total. 

Jair Bolsonaro de fato sabota conscientemente o combate a pandemia no Brasil. Mais de 209 mil vidas foram ceifadas pelo vírus mortal, enquanto o presidente da República faz troça, dificulta qualquer iniciativa de vacinação, corta gastos públicos e sucateia todas as áreas sociais, sobretudo o Sistema Único de Saúde do país, o SUS, responsável direto pelo enfrentamento ao covid-19 e outras doenças.

Genocídio! É o que de fato tem cometido o fascista Jair Bolsonaro contra o povo brasileiro. Além de sabotar de forma criminosa o combate à pandemia no Brasil, Bolsonaro leva adiante junto do ministro “Chicago boy” da Economia Paulo Guedes, uma política econômica de terra arrasada e destruição nacional, que fez explodir historicamente o desemprego, a fome e o colapso social sem precedentes no país, colocando os brasileiros pobres entre o cruel dilema de morrer pela covid-19, ou morrer de fome.

Enquanto isso, na pátria de Bolivar e Chaves, caluniada pela imprensa mundial a soldo dos Estados Unidos, mesmo sabotada criminosamente pelo imperialismo genocida ianque, pouco mais de 2000 mil óbitos atingiram o país. Não queremos com isso, fazer pouco caso das duas mil vidas venezuelanas perdidas pelo vírus, mas deixar evidente a gritante diferença com o Brasil, onde por dia, morrem desde o ano passado em média absurdamente quase mil pessoas pela covid-19, num total que já soma 209.847 óbitos!

É questão de sobrevivência para o povo brasileiro, organizar uma forte campanha e frente de mobilizações nacional, para derrubar o genocida Bolsonaro e sepultar sua agenda da política econômica de mentiras e da morte!

Como diz um grande herói de nossas pátrias americanas: “Os povos terão que ter um pelourinho para quem lhes atiça a ódios inúteis; e outro para quem não lhes diz verdade a tempo”. (José Martí, “Nossa América”).

A Frente Revolucionária dos Trabalhadores vem em nome do povo brasileiro, agradecer profundamente o presidente Nicolas Maduro e o povo bolivariano da Venezuela, pela solidariedade internacionalista e humana, para com Manaus e sua população, jogada às traças por Bolsonaro e Pazuello.

Viva a solidariedade latino-americana!

Frente Revolucionária dos Trabalhadores-Brasil

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Venezuela salva vidas no Brasil * Pedro César Batista /DF

 *Venezuela salva vidas no Brasil*

A necropolitica do governo genocida do Brasil provocou o colapso absoluto do sistema de saúde no Estado do Amazonas, diante elevado número de pessoas internadas e contaminação pela covid-19, o que provocou a falta de oxigênio para atender os pacientes internos nos hospitais. O mesmo risco corre todo o Brasil, diante da ausência de um governo que defenda a vida de seu povo, muito pelo contrário, propaga a morte.

Para salvar a vida dos doentes no Amazonas, o governo do presidente Nicolás Maduro determinou ao ministro de Relações Exteriores o envio de oxigênio para Manaus. O que começou a ser feito imediatamente na noite desta quinta –feira (14). O ato do governo venezuelano mostra a importância da solidariedade e amizade entre os povos. 

Entretanto, não podemos esquecer alguns atos praticados pelo governo Bolsonaro contra a Venezuela: em fevereiro de 2019 ameaçou invadir o país durante um teatro armado com o nome de “ajuda humanitária”; recebeu no Palácio do Planalto um impostor que se autointitulou presidente da terra de Bolívar e Chávez; apoiou a invasão da Embaixada bolivariana em Brasília; fechou os prédios consulares brasileiros em Caracas para justificar a expulsão do corpo diplomático venezuelano em plena pandemia; o chefe do Itamaraty propagou mentiras e fez agressões seguidas contra a soberania e autodeterminação da nação vizinha, ao lado de um grupo de inimigos dos povos da América Latina, a quadrilha de Lima.

Trump, o líder dos lacaios, perdeu a eleição presidencial e sofre seu segundo processo de Impeachment, devido animar grupos nazistas para que não aceitem o resultado da eleição. Bolsonaro oferece cloroquina ao povo brasileiro, que exige a imediata vacinação.

Existem diferenças fundamentais que devem ser levadas em conta. 

No capitalismo, o imperialismo organiza governos serviçais para alimentar a morte, propagar a covid, mentiras e alimentar o ódio interno entre seus próprios cidadãos, tudo para deixar os ricos mais ricos, fortalecer os monopólios e o sistema que suga sangue, suor e rouba riquezas em todo o mundo.

 Já o socialismo propaga a esperança, a dignidade e a soberania entre os povos, forja a amizade, a solidariedade e atua em defesa da vida. E é isto que a Venezuela faz, quando envia oxigênio para salvar vidas em Manaus.   

Que isso sirva para mostrar o lado que precisamos estar, permanecer e seguir defendendo.  


Pedro César Batista


sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Eleições na Venezuela neste 06 de dezembro * Frente Revolucionária dos Trabalhadores / FRT / BR

Eleições na Venezuela neste 06 de dezembro

todo repúdio à intervenção imperialista, mas nenhuma conciliação com os golpistas!

Serão realizadas no próximo dia 06 de dezembro, as eleições legislativas na Venezuela, que neste ano aumentará o número de Deputados à Assembleia Nacional de 165 para 277 cadeiras, ampliando a representação nacional. “Participarão 107 partidos políticos, 98 deles partidos de oposição e 14.000 candidatos do sexo masculino e feminino, o que representa mais de 90% das organizações políticas legais registradas no CNE.” (Ministério do Poder Popular para Relações Exteriores, 03-12-2020). O imperialismo e seus tradicionais peões na América Latina, tem desenvolvido intensa campanha internacional contra o pleito, através de uma campanha baseada em verdadeira guerra psicológica e de calúnias à pátria bolivariana e ao presidente Nicolas Maduro.

A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), tradicional instrumento da geopolítica de Washington em nosso continente, aprovou uma resolução no último dia 21 de outubro, declarando “fraudulentas” as eleições. Tanto é assim, que o Secretário de Estado dos EUA, o carniceiro Mike Pompeo, deu as cartas nessa farsante Assembleia colonial, declarando de forma arrogante a seus vassalos presentes, as receitas golpistas a serem seguidas fielmente contra a Venezuela.

Como verdadeira caixa de transmissão dos interesses imperialistas internamente, a direita golpista venezuelana publicou um documento assinado por 27 partidos burgueses, entre eles os que são dirigidos pelos fascistas Leopoldo López e Henrique Capriles, declarando o boicote ao pleito e convocam a chamada “comunidade internacional” a não reconhecerem o processo eleitoral. A extrema direita que hoje possui maioria na Assembleia Nacional (controlam 112 dos 167 assentos no parlamento), sabe que perderão um dos seus últimos recursos políticos formais para instrumentalizar o golpismo com aparências “legalistas”, por isso o circo montado em torno da sabotagem ao processo eleitoral.

Por sua parte, o governo Maduro tem garantido a mais ampla transparência do processo, abrindo o país aos observadores internacionais de diversos países, mostrando ser bem distante da verdade, as falácias veiculadas pela imprensa capitalista mundial sobre a suposta “ditadura” chavista na Venezuela.

É inegável que no contexto de um Estado ainda capitalista (as bases de um Estado burguês, ainda que nacionalista, antiimperialisra e democrático até o momento permanecem na Venezuela), o regime político venezuelano seja dos mais democráticos do mundo: as próprias eleições extremamente transparentes recorrentes no país, o fortalecimento de mecanismos de participação popular existentes, etc., mostram isso de forma cabal. O fato de um golpista agente de uma potência estrangeira, como Juan Guaidó ainda estar em liberdade e possuindo direitos políticos; o parlamento nacional ser controlado pela maioria opositora e mesmo o indulto que o governo chavista concedeu a mais de 100 conspiradores contra seu governo, são expressões disso.

Por outro lado, ao não avançar no sentido da socialização completa dos mais importantes meios de produção, do sistema financeiro, da grande imprensa golpista e da expropriação dos principais setores da burguesia interna, a Venezuela corre gravíssimos riscos de ser vencida pela contra-revolução.

As declarações de setores do chavismo de que “Um conflito permanente determinado pelo fato de que o socialismo bolivariano-que se define como socialismo do século XXI-não optou por proibir a burguesia através da ditadura do proletariado, mas por conviver com ela, apostando em tirar o solo de baixo dos pés, desmantelando o velho estado burguês por dentro...” e [...]”viver ‘dormindo com o inimigo em casa’(Ministério do Poder Popular, 12 de 2020), são ao nosso ver de uma ingenuidade gritante. As experiências históricas das lutas de classes, da Comuna de Paris, revolução vietnamita, aos golpes de Estado e da contra-revolução na América Latina são demasiadamente pedagógicas para nos iludirmos em “dormir com o inimigo em casa”.

A experiência revolucionária mais rica que tivemos em nosso continente, a revolução cubana, nos ensinou que não podemos transigir com o inimigo imperialista e muito menos seus lacaios internos. Justamente ao contrário, como diria o grande mestre do proletariado internacional Vladimir Lenin: “Mas a ditadura do proletariado, isto é, a organização da vanguarda dos oprimidos como classe dominante para a repressão dos opressores, não pode conduzir a um simples alargamento da democracia. Juntamente com uma imensa ampliação do democratismo, que se transforma pela primeira vez em democratismo para os pobres, em democratismo para o povo, e não em democratismo para os ricos, a ditadura do proletariado impõe uma série de excepções à liberdade em relação aos opressores, aos exploradores, aos capitalistas. Temos de os reprimir para libertar a humanidade da escravidão assalariada, é preciso quebrar a sua resistência pela força; é claro que, onde há repressão, há violência, não há liberdade, não há democracia” e que “Democracia para a maioria gigantesca do povo e repressão pela força, isto é, exclusão da democracia, para os exploradores, para os opressores do povo - tal é a modificação da democracia na transição do capitalismo para o comunismo.” (Lenin, “O Estado e a Revolução”).

Neste sentido, subsidiados pelas experiências das revoluções e contra-revoluções do século passado aos nossos dias e tendo plena ciência das dificuldades do processo pelo qual passa o povo venezuelano, resultado da sabotagem imperialista internacional, pensamos ser imperioso o avanço da revolução bolivariana em sentido à ditadura do proletariado, que feche as contas de capitais do país e monopolize através do estado o comércio exterior; que se avance no sentido da planificação econômica; da nacionalização do sistema financeiro e de crédito; para minar os efeitos da guerra de propaganda golpista, é preciso estatizar por completo toda a imprensa burguesa e fortalecer os mecanismos de comunicação comunitárias e populares; o armamento das massas, treinamento militar popular, a constante educação nacionalista-revolucionária entre os militares, devem ser incrementados. 

Não há mais espaços para ilusões: uma eventual vitória da contra-revolução na Venezuela banharia o país em sangue e instauraria um regime de tipo fascista 

abertamente terrorista. Dessa forma, fortalecer os mecanismos de poder popular e eliminar a burguesia golpista como classe, é tarefa central dos trabalhadores venezuelanos, que necessitam urgentemente da mais ampla e militante solidariedade internacional dos seus irmãos de classe.

A Frente Revolucionária dos Trabalhadores do Brasil, está incondicionalmente ao lado dos trabalhadores revolucionários da pátria de Bolívar e Chávez. Defendemos a mais ampla autonomia e independência do povo venezuelano para decidir seu destino e repudiamos firmemente a sórdida campanha intervencionista do imperialismo contra nosso país irmão. No entanto temos certeza, de que somente avançando em direção ao autêntico socialismo poderá se consolidar a revolução bolivariana.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Repúdio ao Imperialismo * FRT/BR

REPÚDIO AO IMPERIALISMO 

"COMUNICADO OFICIAL DE LA FUERZA ARMADA NACIONAL BOLIVARIANA

FANB20SEP2020


La Fuerza Armada Nacional Bolivariana informa que el día de ayer sábado 19SEP2020, en el marco de la operación “Escudo Bolivariano 2020 – Centauro de los Llanos” y con base en información de inteligencia suministrada por el Sistema de Protección Para la Paz (SP3), se


ejecutó la neutralización de tres campamentos ubicados en los sectores Tres Esquinas, Mata de Bambú y Las Palmitas, todos en el municipio José Antonio Páez del estado Apure; desde donde operaban grupos estructurados de delincuencia organizada que se dedicaban al secuestro, extorsión, narcotráfico y otros ilícitos.


Como resultado de la operación fueron detenidos cinco terroristas, a quienes se les incautó: cinco fusiles de asalto, tres pistolas automáticas, abundantes cartuchos de diferente calibre, uniformes camuflados, equipos audiovisuales y de telefonía, así como variados pertrechos de guerra. Las unidades militares acantonadas en la zona continúan en los actuales momentos labores de rastreo y persecución de otros integrantes de los precitados grupos delincuenciales.


Por otra parte, debemos informar el lamentable fallecimiento del Primer Teniente Augusto David Linares, el Teniente Miguel Ángel Mora García, el Sargento Mayor de Primera Gabriel Alexander Pérez Silva y el Sargento Segundo Reiber David Chirinos Reyes; quienes perdieron la vida cumpliendo con el sagrado juramento de defender la Patria, por lo que en honor a su heroicidad, el Presidente Constitucional y Comandante en Jefe de la FANB ha ordenado el ascenso post morten. Expresamos las más sentidas condolencias a sus familiares y les ofrecemos nuestra solidaridad y apoyo incondicional. Así mismo se mantienen bajo estricta observación médica, cuatro efectivos militares que resultaron heridos.


Es importante destacar que estos grupos al margen de la ley, provienen de territorio colombiano, donde se desplazan con absoluta impunidad y la aquiescencia del gobierno y las fuerzas militares de ese país, en permanente conspiración contra Venezuela, que padece desde hace décadas la violencia generada en Colombia.


El ciudadano Nicolás Maduro Moros, Presidente Constitucional de la República Bolivariana de Venezuela, nuestro Comandante en Jefe, de manera enfática ha impartido órdenes precisas de continuar llevando a cabo este tipo de acciones. En tal sentido, reiteramos el irreductible compromiso de seguir combatiendo sin descanso a estas organizaciones criminales que pretenden alterar la paz y el buen vivir del pueblo venezolano. Defenderemos a todo trance, haciendo uso legítimo de la fuerza del Estado y con la estoicidad de las soldadas y los soldados de la Nación, su integridad territorial, nuestra libertad, soberanía e independencia.


¡Chávez vive!… ¡La Patria sigue!


¡Independencia y Patria Socialista!… ¡Viviremos y venceremos!


¡Independencia o nada!


¡Leales siempre!… ¡Traidores nunca!


Caracas, 20 de septiembre de 2020


VLADIMIR PADRINO LÓPEZ

General en Jefe


 TAGS:DEFENSA INTEGRAL DE LA NACIÓNFANBMPPDUNIÓN CÍVICO MILITARVENEZUELAVLADÍMIR PADRINO LÓPEZ"

domingo, 13 de setembro de 2020

Liberdade Para o Camarada Pinto/Tupamaro Venezuela * FRT/BR


*¡NO TE DEJES ENGAÑAR!*


*#ÚltimaHora*


*José Tomás Pinto Marrero*


*Secretario General del Movimiento Revolucionario TUPAMARO*


Se pronuncia a través de Twitter


*#PintoVenceremosNoJoda*


Cuando una ley es injusta, lo correcto es desobedecer. " Mahatma Gandhi ", la profundidad de este planteamiento debe ser interiorizado por todas y todos para lograr materializarlo.


Seguimos siendo la alegría a pesar de las traiciones, Judas vendió a Cristo por treinta monedas, la historia de las traiciones desde cristo hasta nuestros días sigue siendo por treinta monedas pero venceremos los leales


Somos y seguiremos siendo antiimperialista, nuestra utopía es construir otro mundo posible dónde reine el respeto y el amor hacía nuestros pueblos, dónde la vida sea expresión de la máxima felicidad, dónde la injusticia desaparezca y nos veamos cómo iguales, luchemos por esto


Estoy escribiendo por este medio porqué mi cuenta oficial todavía se encuentra secuestrada, veremos cuánto durará esta, pero mi voz solo será callada cuando deje de existir físicamente, pero las ideas seguirán llevándola el viento, nuestra fortaleza es el amor hacía el pueblo.


Vender los principios por unos cuantos curules solo es propio de los oportunistas, Tupamaro siempre ha sido leal a su memoria histórica, nuestras ideas, convicciones, principios y utopía serán siempre nuestro norte en la construcción del mundo nuevo Venceremos


El Cristo crucificado tocará la puerta de los traidores y lo veremos implorando perdón, pero cómo buen samaritano a cada perdón se sucede una traición, mucho cuidado con no errar en el camino y seguir batallando por la lealtad infinita a un legado que buscan desaparecer.


Déjenme decirles que no existe ninguna prueba para inculparme de ningún delito, un expediente muy mal elaborado, amañado y lleno de chisme, ojalá y se hiciera público para que todos y todas vean como actúan los inmorales, seguiremos exigiendo la libertad plena.


Ver   https://twitter.com/JosPint76875152/status/1305626355426562049?s=20