Mostrando postagens com marcador policiais antifascistas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador policiais antifascistas. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de março de 2023

RAIO X DOS ATENTADOS NO RN * Pedro Chê - Policiais Antifascistas/RN

RAIO X DOS ATENTADOS NO RN 
PEDRO CHÊ
As principais visões sobre os atentados no Rio Grande do Norte, realizados pelo Crime Organizado, aprentadas aqui pelo youtuber PEDRO CHÊ, membro do Movimento Policiais Antifascistas e colunista da Revista Fórum.

terça-feira, 2 de agosto de 2022

POLICIAIS ANTIFASCISTAS SÃO PERSEGUIDOS PELA CORPORAÇÃO * Movimento de Policiais Antifascistas

POLICIAIS ANTIFASCISTAS SÃO PERSEGUIDOS PELA CORPORAÇÃO

O homicídio de Marcelo Arruda, policial e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu trouxe à tona a intolerância de setores da polícia contra os colegas de esquerda da corporação. O que aconteceu com o Marcelo foi a violência e a intolerância em seu extremo e “sabemos quem alimenta esse discurso, nosso movimento de policiais antifascistas surgiu por conta disso”.

No JTT – A Manhã com Dignidade de hoje (01/08) entrevistamos os policiais antifascistas Airton Garcez e Pedro Paulo Chaves Matos.

Airton, hoje aposentado, diz ter sofrido perseguições durante toda sua carreira, em diferentes governos, por ser um policial assumidamente de esquerda e por defender um outro modelo de segurança pública. No entanto, a perseguição se tornou mais violenta e é escancarada a cooptação de parte do setor de segurança pública pelo discurso de ódio bolsonarista.

Em relação aos temores de golpe e violência no 7 de setembro, Pedro pensa que não há elementos para um golpe, Bolsonaro não possui esse suporte, mas pretende plantar esse clima de insegurança e instabilidade e fomentar ações violentas.

Pedro e Airton defendem o fim do militarismo nas instituições. Isso não significa acabar com o emprego dos policiais. O militarismo comprovadamente não diminui a violência, nem acabou com a corrupção. A desmilitarização é uma discussão antiga e difícil pelo poder e influência dos militares, mas extremamente necessária.

ENTREVISTA

*

sexta-feira, 22 de abril de 2022

CARTA DE NATAL * Movimento Policiais Antifascismo

CARTA DE NATAL
Movimento Policiais Antifascismo


Em 1935, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, o povo brasileiro presenciou um fato histórico, que afetaria para sempre a política nacional e o movimento progressista mundial. A sublevação popular onde, pela primeira vez, por poucos dias uma cidade brasileira era governada por militantes comunistas como o sapateiro José Praxedes, um legítimo representante do proletariado, simbolizou a luta dos democratas e progressistas por igualdade, justiça social e combate ao fascismo.

Oitenta e sete anos depois, em 2022, num país governado pelo próprio fascismo em seu estado bruto, na presidência do abjeto líder autoritário, Jair Bolsonaro, e após uma terrível pandemia que ceifou a vida de mais de seiscentos mil brasileiros, mais uma vez a capital potiguar foi sede de um evento que ficará para a história. Durante três dias, militantes egressos do meio policial de todo o Brasil reuniram-se no 3º Congresso Nacional dos Policiais Antifascismo, onde, democraticamente, discutiu-se sua organização e os rumos do Movimento. 

Dentro do que foi estabelecido em nossos, por vezes exaustivos, mas produtivos debates, o MPAF (Movimento Policiais Antifascismo) apresenta a seguinte CARTA ABERTA à sociedade brasileira:

1. 
No processo eleitoral de 2022 que se avizinha, nosso compromisso enquanto movimento social é de que nossa militância esteja comprometida com candidaturas identificadas com proposições do espectro ideológico da esquerda política, na sua luta contra o fascismo, e, principalmente, com o objetivo de retirar Bolsonaro da presidência do país, seus filhos e quaisquer atores identificados com sua opção partidária e posicionamentos reacionários, retrógrados, machistas, racistas, misóginos, LGBTFóbicos e de fundamentalismo religioso. Defendemos que todos os membros do MPAF coabitem e militem lado a lado, com respeito, tolerância, flexibilidade, harmonia, admissão da diversidade e diálogo fraterno, dentro do espectro do campo político e partidário da esquerda. Não estamos atrelados a nenhuma candidatura específica, mas estamos receptivos a abrir discussões e construir debates com os(as) mais variados(as) candidatos(as), que estejam comprometidos(as) em discutir o planejamento de uma segurança pública e um sistema penal de um Estado democrático, para nossa sociedade. Mantemos a unidade de nosso movimento como sendo de caráter suprapartidário. Contudo, no segundo turno das eleições presidenciais, teremos um compromisso claro de apoiar toda candidatura que se opuser ao sinistro projeto de reeleição do atual presidente Bolsonaro, uma vez que sua candidatura representa a principal candidatura da direita e do neofascismo que assola a nação brasileira. Por isso, definimos em nosso Congresso, dentre nossas táticas, participar de todas as mobilizações contra a campanha de Bolsonaro,na defesa dos direitos sociais, da soberania nacional e das liberdades democráticas.

2.
Debater e divulgar uma Plataforma Programática Emergencial com os mais amplos setores democráticos, populares, progressistas, socialistas, comunistas e antifascistas, a fim de apresentar soluções aos mais críticos problemas nacionais relacionados à fome, desemprego e desigualdade social.

3.
 Debater e construir uma Plataforma Programática a respeito da Segurança Pública, Política de Drogas e Sistema Penal com os mais amplos setores democráticos, populares, progressistas, socialistas, comunistas e antifascistas, com vistas à transformação do modelo policial e de combate à violência criminal, vigente no país. 

4.
 Pela revogação imediata da PEC do Teto de Gastos. Pretendemos com isso mais investimentos e recursos financeiros do Estado brasileiro para programas sociais, redução da pobreza e da desigualdade, bem como pela valorização profissional de todos os servidores públicos, especialmente dos servidores policiais, com melhor tratamento e atendimento às suas famílias, melhores condições de trabalho e remuneração digna.

5.
 Realizar, nos espaços onde atuamos, debates para construir uma Alternativa Programática para 2022, sobre que projeto de nação e sociedade queremos, para torná-la mais democrática e mais inclusiva.

6.
Organizar campanhas de solidariedade às comunidades periféricas, sem-teto, sem-terra, quilombolas e indígenas, participando das campanhas de arrecadação de alimentos e itens de higiene pessoal, denunciando publicamente a situação de abandono dessas comunidades por parte do Estado.

7.
Construir e participar das campanhas contra a violência à mulher, contra o público LGBTQI+, nos Estados e no plano nacional.

8.
 Trabalhar para incorporar os estados onde já se tem MPAF organizado, mas sem oficialização, assim como contribuir com os estados e regiões em que ainda não há organização ou célula do MPAF.

9.
 Aprofundar a análise do Manifesto do Movimento, concebido durante seu nascedouro, em 2017, a fim de atualizá-lo conforme a realidade nacional pós-pandemia, o crescimento do fascismo e advento do bolsonarismo.

10.
 Realizar atividades de formação política nos estados, distrito federal e a nível nacional, dialogando com o servidor público policial, sobre sua condição de trabalhador e explorado por um sistema autoritário, desumano, a serviço de uma classe dominante interessada na criminalização da pobreza e na transformação do policial de agente público a mero repressor social, braço armado de um Estado e governos fascistas, tolhedores de direitos e da liberdade humana.

11.
 Continuar a campanha do “Fora Bolsonaro”, nos eventos do próprio Movimento ou em manifestações juntamente com outros setores organizados da sociedade civil.

12.
 Finalizar o Livro do MPAF que já está em fase de conclusão para apresentar à editora para impressão. Com esta obra pretendemos estabelecer o registro histórico e literário da atuação do

Movimento em prol da democracia e de uma sociedade mais justa, menos violenta e solidária, no seu combate ao fascismo em todas as suas formas e manifestações.

13.
 Após III Congresso Nacional, promover os Encontros Estaduais e o Encontro Distrital, na perspectiva organizativa e de atuação local, a fim de assegurarmos o crescimento, projeção local e nacional e funcionalidade de nosso movimento.

14.
 Promover o debate entre os membros efetivos do MPAF, sobre a participação destes no processo eleitoral de 2022.

Diante dos pontos expostos, assinamos esta carta na qualidade de militantes políticos e sociais, ativistas das causas progressistas e humanitárias, comprometidos com uma sociedade e um sistema de segurança pública, popular, mais justo e igualitário. CONTRA O FASCISMO SEMPRE, UNIDOS SEMPRE E DESTEMIDOS SEMPRE! PELA ORDEM SOCIAL MAIS JUSTA! MAS CONTRA A ORDEM QUE SÓ OPRIME E ESCRAVIZA!

Natal, 21 de abril de 2022.

FONTES
*
***