quarta-feira, 11 de junho de 2025

ENTREGUISMO DA ERA LULA * Roberto Bergoci/SP

ENTREGUISMO DA ERA LULA

Uma vergonha o que está acontecendo com este país. Estamos literalmente regredindo a condição de semicolônia do capital financeiro imperialista. Enquanto isso, este governo atual não avança um palmo numa agenda nacionalista e popular; mantém totalmente intacto o modelo econômico neoliberal do governo Bolsonaro/Paulo Guedes, de destruição da nação (sem falar que em linhas gerais dá continuidade à chamada "Ponte para o futuro" de Michel Temer, símbolo da entrega completa do país ao rentismo parasitário). Ou seja, estamos presenciando o completo domínio de nosso país, pelo capital imperialista. A quase totalidade dos políticos burgueses em nível nacional, seja nos legislativos ou nos executivos; e as demais instituições da República apodrecida, das classes dominantes (STF, Forças Armadas, grande imprensa, etc) não passam de pré postos e cabeças de ponte do capital estrangeiro e do latifúndio em nossas terras. Os movimentos populares, os sindicatos e o que existe de "esquerda" no país, estão parados, despolitizados, carecem de um claro projeto programático de ação e mobilização nacional em defesa do país. O PT e seu braço sindical pelego, que é a CUT, têm sido há décadas, poderosos instrumentos de desmobilização, deseducação política e ideológica e desmoralização do nosso povo a serviço do grande capital predatório.

Precisamos urgentemente construir uma Frente nacional de mobilização popular, com um claro programa nacionalista e antiimperialista sério, capaz de concientizar e trazer para a luta, parcelas significativas do povo trabalhador e setores das classes médias. Se continuarmos afundados na miséria da política identitária contra-revolucionaria; se o movimento sindical e popular se mantiverem atrelados a este governo das classes dominantes e se não forem criados uma poderosa agenda voltada para a conscientização e mobilização das massas trabalhadoras e populares em defesa da nação que está sendo pilhada, voltaremos sem dúvida a uma condição de neocolonia do capital financeiro imperialista, sem indústria, reorimarizado como um fazendão exportador agrário/estrativista; sem projeto próprio e mantendo a poluição trabalhadora e pobre submissa a essa grande feitoria contemporânea em que está regredindo o Brasil (estamos voltando a um período anterior até a própria República Velha).

quinta-feira, 5 de junho de 2025