sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

SOLIDARIEDADE AO PROF. ALYSSON MASCARO * Dom Orvandil/RS

SOLIDARIEDADE AO PROF. ALYSSON MASCARO

Creio em cada palavra dita neste vídeo pelo prof. Alysson Mascaro. Por isso me solidarizo incondicionalmente com ele, com seus familiares, alunos, militantes que o leem e com todo o povo brasileiro que o reconhece e respeita.

Já me manifestei pessoalmente em solidariedade ao prof. Alysson, por isso me sinto incluído no agradecimento que ele faz às pessoas que, ancoradas na verdade, na justiça e na luta contra o capitalismo em sua forma fascista, o abraçam e consolam neste comento de guerra e carnificina no ato satânico de cancelamentos de imagens e até das pessoas, fisicamente.

O objetivo de mais esta minha manifestação pública é a de reiterar a solidariedade ao intelectual perseguido, a de demonstrar fé na verdade e de apelar pela investigação dos criminosos e assassinos.

Abraços profundamente sensibilizados e solidários, companheiro Prof. Alysson Mascaro.

REVOLUÇÃO, JUSTIÇA E PAZ. VENCEREMOS!

Dom Orvandil.RS

*
MASCARO COMENTA NOTA PÚBLICA
ALYSSON MASCARO - DOM ORVANDIL

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

MÉDICOS DA UFF DENUNCIAM DESCUMPRIMENTO DO ACORDO DE GREVE * WLADIMIR TADEU BATISTA SOARES/UFF.RJ

MÉDICOS DA UFF DENUNCIAM DESCUMPRIMENTO DO ACORDO DE GREVE
GOVERNO LULA EXTORQUE SERVIDORES FEDERAIS
WLADIMIR TADEU BATISTA SOARES/UFF.RJ
ROBERTO SALLES - PROFESSOR E EX-REITOR DA UFF

ENTREVISTA SOBRE O PANORAMA ECONÔMICO BRASILEIRO * Faixa Livre

ENTREVISTA SOBRE O PANORAMA ECONÔMICO BRASILEIRO
ENTREVISTA
Entrevista:
Pedro Batista - Jornalista, escritor e membro do Comitê Anti-imperialista general Abreu e Lima
Tema: Momento político

Plínio de Arruda Sampaio Jr. – Economista e professor aposentado da Universidade de Campinas (Unicamp)
Tema: Decisão do Banco Central sobre a Selic

Victória Grabois - Fundadora do Grupo Tortura Nunca Mais (GTNM)
Tema: Tratamento do governo Lula às famílias de vítimas da ditadura depois do sucesso mundial de 'Ainda estou aqui'

Paulo Lindesay - Diretor da Executiva Nacional da ASSIBGE Sindicato Nacional (ASSIBGE-SN)
Tema: Direção do IBGE volta atrás e suspende criação de fundação após pressão de servidores

domingo, 26 de janeiro de 2025

VIVA OS POVOS DO MUNDO * ANGELO CAVALCANTE/RED

VIVA OS POVOS DO MUNDO
ANGELO CAVALCANTE*

Em 27 de janeiro de 1945, o imponente e glorioso Exército Vermelho irrompe os portões de Auschwitz.

O que se encontra, o que se vê ali, o que ao fim, se descobre é algo absolutamente inimaginável; nos pátios e alargados do Campo existem pilhas, amontoados e mesmo montanhas de cadáveres.

Já não são humanos…

São ossadas, carrancas e caveiras humanas com expressões de dor, angústia e muito, muito sofrimento!

Todos foram assassinados!

A maioria pereceu nas obscuras câmaras de gás, outros foram fuzilados e tantos outros morreram mesmo de frio, fome e desnutrição.

São homens, são mulheres, são velhos, são jovens, crianças, pessoas especiais e até bebês de colo.

Em assustador comunicado ao camarada Stalin, o líder soviético notadamente surpreso, questiona “se isso é mesmo possível”?

A conferência desse morticinio, desses infinitos mortos, desses combalidos, é algo impossível; mesmo os mais veteranos e experimentados oficiais do Exército Vermelho, tocados, sensibilizados e com olhos marejados, se surpreenderam com o tamanho do ódio e da impiedade dos alemães.

Não por acaso, esse é precisamente o Dia Mundial de Lembrança do Holocausto.

Comunistas libertaram judeus! Afora desse fato, não há história!

Vamos tentar situar um pouco dessa jornada absolutamente impressionante…

Sob o Reich nazista, a Alemanha havia se convertido na principal potência militar do planeta; naquela altura não havia, de fato, força militar que se comparasse ao poderio alemão.

Sem contar a disciplina, a capacidade de organização, a superioridade tática e formativa da tradicional escola militar prussiana e, sobretudo, o fundamental sentimento nacional e pátrio e que fora criado pelo nazismo.

Orientado pelo lebensraum ( cf. Friedrich Ratzel ) ou a ampliação dos espaços vitais para o próprio desenvolvimento do império alemão, a wehrmacht, as mesmas forças armadas alemãs, não raro eram tidas como força incomparável.

Lideradas e conduzidas pelo fanatismo ultra-nacionalista de Adolf Hitler ( 1889-1945 ), um cabo medíocre, inexpressivo e advindo das ruínas, flagelos e derrotas alemãs da Primeira Guerra Mundial ( 1914-1918 ), o nazismo como força política só pode ser compreendido e traduzido no contexto da pior crise econômica da história da Alemanha o que envolveu, inclusive, taxas e índices inflacionarios dos maiores da história econômica mundial.

Em síntese, a Alemanha, no imediato fim da Primeira Guerra Mundial, é um desterro, um ambiente distópico de miséria, pobreza, mágoas, ressentimentos e muitas lacunas políticas ao dispor, inclusive, da extrema direita.

Pois bem…

É necessário somar a esse quadro, lutas e refregas políticas entre comunistas e sociais-democratas e que, desapercebidos, não identificaram ou conseguiram identificar, a serpente do nazismo avançando, se expandido pelos esgotos da política alemã.

Quando a II Grande Guerra é por fim, eclodida e declarada como tal em primeiro de setembro de 1939, tem-se início o pior, mais brutal e desumano conflito militar da história humana.

Em outros termos, não há guerra que se compare com o apetecido nos infames e desgraçados anos da Segunda Guerra Mundial.

O conflito fora responsável pela morte de, pelo menos, setenta milhões de seres humanos.

Nesse ambiente, a máquina de guerra alemã seguia vigorosa e destruindo tudo o que encontrava em sua frente; países como Polônia, Hungria, Checoslováquia, Bélgica e Holanda foram devastados pela tempestade de morte alemã.

Algo, no entanto, estava no meio do caminho da ferocidade, da sanha nazista; justamente a única nação que conseguiu se industrializar fora do capitalismo: a União Soviética.

Vejam só…

Para Hitler, os povos eslavos, como de resto, todos os povos do mundo, eram necessariamente inferiores e “comprovadamente” incapazes se comparados com a superioridade genética e racial dos assim ditos arianos, logo, é natural e condição que essa “gentalha” seja dominada, submetida e escravizada.

Esse, não por menos, é o essencial do Mein Kampf ( Minha Luta ) de Hitler e que virou uma doxa , uma espécie de bíblia da loucura extremista dos nazistas.

Ocorre que as teorias de superioridade/inferioridade natural não se aplicaram, tampouco se revelaram nos efetivos campos de batalha de uma Europa devastada.

A resistência aconteceu com firmeza e coragem, inclusive, em guetos dominados pelas forças do nazismo.

Dentre os muitos equívocos da estratégia nazista estava a invasão da União Soviética perpetrada pela assim batizada Operação Barbarosa.

Ocorre que a matança desmedida e sistematizada dos alemães contra, sobretudo, camponeses russos, era algo surpreendente pela violência, crueldade e perversão. Essa marcha seguia de vento em popa e é preciso lembrar e recordar que nenhuma nação sofreu ou perdeu tantos dos seus concidadãos como o povo russo.

A estimativa geral é que, ao menos, vinte milhões de russos tenham sido mortos durante a Guerra.

Ocorre que, bem sabemos disso, a história nunca e jamais é linear e muito menos se repete; sob o juízo esquemático e previsível de Hitler na invasão do território soviético, as hordas nazistas, contrariando aberta e frontalmente as recomendações do Estado-Maior alemão, se dividiram em três frentes.

A primeira frente seguia em direção a Leningrado, a seguinte para a capital Moscou e a terceira para a cidade industrial de Stalingrado.

Era, enfim, a deixa para que os “vermelhos” realizassem, vejam bem, a maior matança militar e que o mundo moderno havia presenciado.

Sob a firme liderança de Stalin e sob o comando dos marechais Zukov, Chuikov, Tukhatchévsky, Yeremenko e Rokossovsky, as tropas soviéticas partiram firmes e decididas contra os alemães o que envolveu, inclusive, lutas corporais, rua por rua, prédio por prédio, casa por casa.

Stalingrado se converteu em espécie de “caldeirão” de sangue e morte; dos cinco milhões de invasores alemães restaram pouco mais de cento e cinquenta mil soldados.

Estavam famelicos, vestindo farrapos e andrajos e dura e penosamente açoitados pelo fatal frio russo, pela fome e pelo tifo.

Nas margens do Rio Volga, milhares e milhares de cadáveres de jovens soldados alemães se espraiavam em seus contornos.

Stalingrado virou uma necrópole!

O drama dos soldados alemães atingiu um nível tal de sofrimento e degradação que tal quadro atingiu, inclusive, a moral e a compaixão dos soldados soviéticos e que, encarecidamente, pediam-lhes rendição; que poupassem suas vidas, posto que a batalha estava encerrada. Ao fim, lhes seria oferecido abrigo contra o frio com chá e sopa quente.

Coube ao Marechal Paulus, líder da campanha alemã em solo russo, em aberta divergência às determinações de Hitler, o acerto e acordo da rendição, o que permitiu salvar milhares de vidas alemãs.

Bom…

Acerca da memorável Batalha de Stalingrado, o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade fiou o poema “Stalingrado” onde diz:

“Depois de Madri e de Londres, ainda há grandes cidades! O mundo não acabou, pois que entre as ruínas, outros homens surgem,
a face negra de pó e de pólvora e o hálito selvagem da liberdade dilata os seus peitos, Stalingrado, seus peitos que estalam e caem, enquanto outros, vingadores, se elevam”.
(Rosa do Povo (1945). In Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa. Rio de janeiro, Editora Nova Aguilar, 1983).

Pois bem…

Em tempos de ascensão neofascista, em grave momento onde a extrema direita mostra suas unhas e dentes querendo, buscando barbarizar sobre os povos do mundo é necessário relembrar dessa história.

Aliás, fascistas odeiam… Odeiam a história.

Não passarão!
Stalingrado vive!
Viva a humanidade!

*Angelo Cavalcante
Economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

CARTA DO MST SOBRE A REFORMA AGRÁRIA * Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra/MST

CARTA DO MST SOBRE A REFORMA AGRÁRIA
MST divulga Carta sobre luta pela Reforma Agrária no próximo período, em Reunião em Belém.

Documento reafirma a necessidade da Reforma Agrária Popular no país para superar a destruição ambiental, a concentração de riqueza e a desigualdade social.

Durante Reunião da Coordenação Nacional, que acontece entre 20 a 24 de janeiro, em Belém (PA), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lança Carta oficial reafirmando a importância da realização da Reforma Agrária Popular no Brasil, “como um caminho possível para superar a destruição ambiental, a concentração de riqueza e a desigualdade social”. O Documento também denuncia o modelo de destruição do agronegócio e se compromete com dez pontos fundamentais para avançar em 2025:

“1. Defender a terra, o território e os bens da natureza, enfrentando à especulação aos lotes da Reforma Agrária e todas as formas de assédio do capital aos nossos territórios; 2. produzir alimentos saudáveis para todo o povo brasileiro, massificando a agroecologia, respeitando a diversidade dos biomas, combatendo os agrotóxicos e fortalecendo a cooperação e a agroindustrialização para organizar a vivência coletiva na produção, no trabalho e nas relações humanas”, sinalizam os primeiros compromissos da Carta.

A atividade reúne 400 dirigentes e militantes do Movimento, representantes dos 23 estados e do Distrito Federal, para avaliação e planejamento da luta pela terra e pela Reforma Agrária no próximo período.

Confira a Carta na íntegra:

CARTA DA COORDENAÇÃO NACIONAL DO MST

“Toda conquista só é válida, se tivermos a capacidade de defendê-la!”

(Fidel Castro)

Nós, 400 delegados e delegadas da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), representando vinte e três estados do Brasil e DF, nos reunimos em território amazônico para traçar os rumos de nossa organização para o próximo período na luta pela Reforma Agrária Popular, com acesso à terra, justiça social e ambiental.

Aqui, viemos beber da história e da memória da resistência indígena, negra, camponesa e popular. Na região guardiã do legado da Cabanagem, que mesmo atravessada por tantos massacres, como Corumbiara, Eldorado do Carajás e Balaiada, nos dá lições de luta, resistência e esperançar pela radical defesa da humanidade.

Lutamos e resistimos em tempos difíceis, marcados pela perversidade da ofensiva capitalista. Na América Latina, vivemos um período de aprofundamento da ganância do capital, da apropriação dos bens da natureza e da violência contra os povos que lutam e resistem à ordem imperialista.

O atual momento da política neoliberal vigente no Brasil tem aprofundado a barbárie nas diversas faces da violência contra a classe trabalhadora no campo e na cidade. A massa de sobrantes, aqueles considerados descartáveis pelo capitalismo, se avolumam, enquanto políticas públicas estruturais não se efetivam.

No campo, aponta-se para uma paralisação da Reforma Agrária, para a desnacionalização das terras brasileiras, a privatização dos bens da natureza que alimenta o projeto de morte do agro-hidro-mínero-negócio, resultando na crise ambiental – que se expressa nos territórios e em nível global. Soma-se a isto, a atuação perversa da maioria do Congresso Nacional, que legislar em prol dos interesses do grande capital, defende o projeto do agro e faz do Poder Executivo seu refém, retirando e impedindo o avanço de políticas públicas sociais e conquistas efetivas para o povo brasileiro.

Mas a crise é, também, uma possibilidade de fazer das contradições capitalistas “brechas” para denunciar o agronegócio e provocar o debate junto à sociedade sobre a importância da Reforma Agrária Popular como um caminho possível para superar a destruição ambiental, a concentração de riqueza e a desigualdade social. Diante disso, nos comprometemos: 

Defender a terra, o território e os bens da natureza, enfrentando à especulação aos lotes da Reforma Agrária e todas as formas de assédio do capital aos nossos territórios;

Produzir alimentos saudáveis para todo o povo brasileiro, massificando a agroecologia, respeitando a diversidade dos biomas, combatendo os agrotóxicos e fortalecendo a cooperação e a agroindustrialização para organizar a vivência coletiva na produção, no trabalho e nas relações humanas;

Lutar por justiça climática, nos articulando com o conjunto da sociedade, em especial às organizações populares, para denunciar a hegemonia do capital e a exclusão dos povos da agenda ambiental e de instrumentos de governança global, como as COPs, e construir um projeto popular de superação da crise ambiental;

Fortalecer o trabalho de base e um plano de lutas para acumular forças no próximo período, junto a nossa base e à organizações populares urbanas, construindo lutas com o conjunto da classe trabalhadora, como o Plebiscito pela taxação das fortunas e pelo fim da Jornada 6×1, ações de solidariedade, campanhas de combate à fome e ao analfabetismo; difundindo o estudo e a formação política e ideológica, como instrumento importante para romper as cercas do latifúndio do saber;

Pressionar o governo para assentar as 100 mil famílias Sem Terra acampadas, demarcar os territórios indígenas e reconhecer os territórios quilombolas, lutando por orçamento e uma agenda concreta de políticas de melhoria da qualidade de vida e autonomia aos territórios;

Exercitar o internacionalismo e a solidariedade como princípios, valores e estratégias para construir a luta socialista; de mãos dadas com Cuba, Palestina, Venezuela, Haiti, os povos da África e com a classe trabalhadora do mundo;

Construir estratégias de enfrentamento ao imperialismo, ao colonialismo, ao racismo, ao patriarcado, à xenofobia contra os imigrantes, a LGBTI+fobia e todas as formas de violência e dominação;

Enraizar em nossa base e debater com a sociedade o nosso Programa de Reforma Agrária Popular, como contribuição ao Projeto Popular para o Brasil, no marco de celebração dos 41 anos do MST e dos 20 anos da Escola Nacional Florestan Fernandes;

Alimentar a mística revolucionária e reposicionar o socialismo como horizonte estratégico e alternativa concreta à superação do capitalismo;

Nos comprometemos a lutar por justiça frente ao assassinato dos companheiros Sem Terra Valdir e Gleison e por todas e todos que tombaram na luta contra as injustiças e desigualdades.

Por fim, reafirmamos nosso compromisso com a classe trabalhadora em mobilizar a indignação coletiva para fazer o enfrentamento ao latifúndio, denunciar toda e qualquer forma de opressão e injustiça, enfrentar as ofensivas do capital, sem abrir mão de celebrar as conquistas históricas fruto da nossa luta. A emancipação humana é nosso objetivo e a Reforma Agrária Popular é o caminho que estamos construindo!

Lutamos ou perderemos o mundo a ganhar!

Belém/PA, 24 de janeiro de 2025,
Coordenação Nacional do MST.
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

O que seria do Brasil se as Reformas de João Goulart não tivessem sido anuladas pelo Golpe de 1964? * Marlene Soccas/SC

O que seria do Brasil se as Reformas de João Goulart não tivessem sido anuladas pelo Golpe de 1964?
Olá, amigos! Neste vídeo abordaremos as causas do golpe militar de 1964, que foram as tentativas do Jango de fazer reformas muitíssimo importantes, no ramo da Educação, da Saúde, da Economia e do Trabalho, tanto no Campo (Reforma Agrária) quanto na Cidade.
MARLENE SOCCAS/SC

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Dívida Pública: o maior esquema de corrupção institucionalizada no Brasil * Maria Lucia Fattorell/ACD

Dívida Pública: o maior esquema de corrupção institucionalizada no Brasil

MARIA LÚCIA FATORELLI

Programa Com a Palavra 

DÍVIDA PÚBLICA: O MAIOR ESQUEMA DE CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADO DO BRASIL 

Você já deve ter lido que o Brasil não investe em pastas como saúde e educação, não fomenta a pesquisa e o desenvolvimento pois não há dinheiro no orçamento. E se você soubesse que metade do orçamento do Brasil, mais de 3 trilhões de reais é usado para pagar uma dívida criada pelo governo, com juros altíssimos e nunca auditada por instituições externas desde sua criação, há mais de 25 anos mesmo sendo prevista pela constituição? Pois essa é a luta da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, associação sem fins lucrativos e de sua coordenadora, a auditora fiscal aposentada do Ministério da Fazenda, Maria Lúcia Fattorelli, nossa entrevistada no programa.

Segundo Fattorelli, 
a dívida pública brasileira cresce não com gastos governamentais mas sim através de artifícios financeiros que visam engessar o estado a um discurso liberal e que a torna o maior esquema de corrupção institucionalizada brasileira. Com um grupo heterogêneo e qualificado de entrevistadores e mediação da jornalista Sheila Melgarejo o programa "Com a Palavra" promete aprofundar o debate. Não só sobre a questão da Dívida Pública Brasileira e dos Estados, mas também sobre as questões atuais da economia. Como o arcabouço fiscal proposto pelo governo Lula, Orçamento Brasileiro e outras problemáticas atuais macroeconômica brasileira. 


O escândalo da política econômica brasileira

Quanto mais o governo corta na carne do povo para pagar a chamada dívida pública, mais o Banco Central aumenta a Selic. Esse movimento eleva a própria dívida, drenando recursos públicos em um ciclo sem fim.

O mercado faz o que quer, chantageia o governo que, em vez de auditar a dívida pública, segue na mesma trilha de cortes sociais aberta pelos governos anteriores. O arcabouço fiscal e os novos programas de cortes são prova disso.

A cada 1% de aumento na Selic, o gasto com a dívida pública cresce R$ 55 bilhões (Fonte: Banco Central - Dezembro/2024).

O mais grave é que em sua última ata o Banco Central anunciou que pode aumentar os juros em 2 pontos percentuais em janeiro e março/2025, o que triplicaria o rombo, adicionando mais R$ 110 bilhões à dívida pública além dos R$ 55 bilhões, considerando apenas esses poucos meses de dezembro a março! Isso anula qualquer "economia" prometida com cortes sociais, como questiona Maria Lucia Fattorelli:
"O que adianta aprovar um pacote de cortes que economiza cerca R$ 30 bilhões em 2025, se a cada 1% de aumento na Selic o gasto com a dívida pública sobe R$ 55 bilhões?"

Exigimos a auditoria da dívida pública para interromper essa sangria e reverter o escândalo que penaliza a sociedade brasileira.

domingo, 12 de janeiro de 2025

MILITARES QUE DIZEM "NÃO!" * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

MILITARES QUE DIZEM "NÃO!"
STM CONDENOU 2MIL MILITARES:

NEM 1 GENERAL
NEM 1 BRIGADEIRO
NEM 1 ALMIRANTE

"Metrópoles teve acesso ao levantamento com as patentes e os crimes cometidos por militares das três forças nos últimos sete anos.

De 2018 a 2024, o Superior Tribunal Militar (STM) condenou 2.140 militares das Forças Armadas. Nesses sete anos, foram declarados culpados de crimes praças e oficiais de diversas patentes, exceto ocupantes das posições mais altas da carreira nas três forças.

Em levantamento obtido pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação (LAI), nenhuma das condenações envolveu generais, brigadeiros e almirantes.

Nesse mesmo intervalo, apenas um general de divisão chegou a ser réu em processos finalizados de ação penal militar ou apelação criminal, mas ele acabou absolvido. A sondagem refere-se aos dados atualizados pelo STM até 10 de dezembro de 2024.

Após esse período, o STM condenou um general de brigada a 2 anos de reclusão por corrupção passiva. O oficial é médico, mas já estava na reserva remunerada.

Segundo a denúncia, o general recebeu dinheiro, em três momentos de 2008, de uma empresa que comercializava materiais médicos com o Hospital Central do Exército (HCE), no Rio de Janeiro. Na época, o oficial era tenente-coronel e embolsou R$ 290 mil em valores não atualizados.

Pelo levantamento, foram 1.615 militares do Exército Brasileiro, 281 da Força Aérea Brasileira e 244 da Marinha do Brasil condenados de 2018 a 2024,

Coronéis e outras patentes
Dezessete coronéis formam a mais alta patente a receber condenação, sendo 15 do Exército e dois da Aeronáutica.

Os militares foram considerados culpados por estelionato, corrupção passiva, crimes da lei das licitações, peculato, maus-tratos, falso testemunho ou falsa perícia, violência contra inferior e injúria.

Na Marinha, o cargo correspondente é o de capitão de mar e guerra, mas nenhum com a equivalência teve julgamento resultando em condenação.

CELESTE SILVEIRA
"
*

sábado, 11 de janeiro de 2025

ATO PELO TOMBAMENTO DO QUARTEL DA PE NA TIJUCA.RJ * Ana Cristina Campos/Agência Brasil

ATO PELO TOMBAMENTO DO QUARTEL DA PE NA TIJUCA.RJ
Foto: Tomaz Silva/Agencia Brasil
PRESIDENTE DA ABI: OTÁVIO COSTA FILHO
*

Um ato em frente ao 1º Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, reivindica neste sábado (11) a necessidade de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) do local com o para instalar ali um centro de memória e resistência contra os regimes de exceção. 

A manifestação foi em memória de Rubens Paiva e de outros 52 mortos ou desaparecidos por ação direta dos agentes do Destacamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do Rio de Janeiro  que funcionava no quartel na Tijuca. Na Praça Lamartine Babo, está instalado o busto de Rubens Paiva, inaugurado em 12 de setembro de 2014, pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio e pela Comissão Estadual da Verdade.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Grupo Tortura Nunca Mais RJ e a ONG Rio de Paz se uniram para realizar o ato com apoio da Justiça Global e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia Núcleo-RJ.

Segundo a ABI, a proposta de tombamento não visa ofender a instituição do Exército, mas contribuir para que as próprias Forças Armadas se abram para a perspectiva de rever os crimes praticados por seus agentes dentro de suas organizações militares, para que não se repitam nunca mais.

ATO CONVOCADO PELA ABI - 

Associação Brasileira de Imprensa

1 - Ato pede tombamento do quartel da PE onde Rubens Paiva e outros presos políticos foram torturados e mortos   | ABI 

2 - Ato pede centro de memória em quartel que abrigou DOI-Codi no RJ | Agência Brasil 

***


quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

PERDEU PATRIOTÁRIO * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

PERDEU PATRIOTÁRIO
ABRAÇO NA DEMOCRACIA

Em 2023
Dia oito de janeiro
Os Três Poderes foram invadidos
Por um povo arruaceiro
Incitados por um cara
Covarde e trambiqueiro.

Foi muito grande a arruaça
Que os idiotas fizeram
" Vamos pegar o Xandão "
Foi o que todos disseram
Homens, mulheres, idosos
Deixaram seus afazeres
Iludidos pelo calhorda
Depredaram os Três Poderes

Mas no auge da baderna
Veio a decepção
Pois o presidente eleito
Com elegância e jeito
Declarou intervenção.

Flávio Dino mostrou ser
Um ministro da pesada
Logo conseguiu conter
o estouro da boiada
Que em poucas horas estava
Vacinada e confinada.

Hoje, dois anos depois
Daquela grande anarquia
Voltamos ao mesmo lugar
Desta vez com alegria
Para darmos um grande abraço
Na nossa democracia

Democracia defendida
Por Lula, nosso presidente
Sujeito humilde, simpático
Que é gente da nossa gente
E nosso ato foi pacífico
De uma forma inteligente.

Por aqui vou encerrando
Não consigo falar mais
Só posso dizer contente
DEMOCRACIA PARA SEMPRE
DITADURA NUNCA MAIS!

            Professora Alba, poetisa do entorno
PROFª ALBA VALÉRIA - GO
RESTAURANDO A DIGNIDADE
8 DE JANEIRO
OS GOLPISTAS AINDA ESTÃO AQUI
FERNANDA TORRES CONTRA O GOLPISMO
*

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

LULA, DEMARCAÇÃO JÁ * MinkaComunicação

LULA, DEMARCAÇÃO JÁ

Brasil de Lula Sem demarcação de Terras Indígenas, aumenta violência contra os Avá-Guaranies no Paraná.

Desde sexta-feira, 29 de dezembro, familiares das comunidades Avá Guarani da aldeia Yhovy foram agredidos. Segundo informações das lideranças, eles estão constantemente cercados por criminosos. Eles relatam que o ataque já deixou 4 pessoas feridas. "Os tiroteios estão acontecendo em todos os lugares." Mesmo com a presença da Força Nacional da Região os ataques continuam!

Os Avá Guaraní denunciam que o conflito nesta região remonta à construção da Usina Hidrelétrica Itapú Binacional, quando foram expulsos de suas terras ancestrais, que tentam recuperar e demarcar desde 2018.

Um menino de 4 anos ficou ferido na perna, assim como outro adulto; enquanto um jovem foi ferido nas costas e outro adulto atingido na mandíbula “com munições de grande calibre”, segundo o comunicado do CIMI. As quatro vítimas foram levadas para hospitais. Três deles estão em observação, mas não se sabe o estado de saúde da mulher ferida no maxilar. “Estamos rodeados de pistoleiros, são os mesmos que atacaram no dia 31 de dezembro”, disse um dos líderes comunitários, citado pelo CIMI, mas que manteve o nome anónimo.

Segundo a organização indígena, os ataques começaram no dia 29 de dezembro, continuaram nos dias 30 e 31 do mês passado e o mais recente ocorreu na noite anterior.

Além dos feridos no último ataque, uma mulher sofreu queimaduras no pescoço e outro indígena foi baleado no braço nas agressões anteriores, em que também foram queimadas cabanas e lavouras da comunidade, deixando as famílias "desamparadas, sem comida". ou água potável.

Segundo o CIMI, cada um dos ataques foi denunciado às autoridades competentes. Desde novembro de 2024, o Ministério da Justiça determinou que o FNSP estivesse no território para proteger a integridade da comunidade indígena, porém, os pistoleiros entraram por uma estrada que no momento do ataque não estava sendo vigiada pela força federal.

«Pelo amor de Deus, estamos cercados. Realmente cercado. Cercado por pistoleiros. “Estamos pedindo ajuda”, disse um dos Avá Guarani em áudio enviado após os acontecimentos, e também denuncia que se a polícia não agir não saberia quantos deles seriam afetados.

Outro áudio descrito pelo Brasil de Fato narra: «Estamos mesmo sendo atacados. Alguém acreditará? Até quando dirão que foi só um foguete? Estamos cansados ​​de tudo isso. Estamos cansados ​​de ver que até crianças são baleadas”, aludindo às dúvidas das autoridades que se calam face aos ataques. Da mesma forma, afirmou que o município de Guaíra trata os Avá Guaraní como terroristas.

«Estamos à mercê de toda esta violência. “Vivemos na era da pólvora, na era da bala”, lamentou nos áudios uma das indígenas vítimas de agressões.

O Ministério dos Povos Indígenas condenou neste sábado os ataques contra o povo Avá Guarani e disse que acompanha de perto a situação.

Destacou ainda que mantém um diálogo permanente com o Ministério da Justiça para “a investigação imediata” dos grupos armados que operam na região.

O ministério disse que desde o primeiro ataque solicitou que fosse reforçada a presença da Força Nacional na região “para evitar atos de violência contra os povos indígenas que se mobilizam para garantir os direitos às suas terras”.

Segundo o ministério, os Avá Guaraní realizam a recuperação de terras desde o final da década de 1990, depois que seus territórios foram invadidos por “povos não indígenas” desde 1930 e foram “gravemente afetados” pela construção da Usina Hidrelétrica de Itaipú. na década de 1980.

Atualmente, duas áreas ocupadas pelos Avá Guaraní estão em processo de regularização: a Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira e a Terra Indígena Ocoy-Jacutinga, esta última em fase de estudo.

A escalada de violência contra o povo Avá-Guarani tem se ampliado cada vez mais nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, na região oeste do Paraná. Além da discriminação que os membros da etnia recebem nas cidades, da falta de alimentos, segundo denúncias chegam a receber cestas vencidas do poder público municipal, há também um aumento no número de ataques de bandidos no cidades. a pedido dos ruralistas. O aumento da violência faz parte da reação da agroindústria monocultural da região para garantir a expulsão dos povos indígenas da região e assim garantir a manutenção do roubo e saque das terras dos Avá-Guarani que lutam em os tribunais, desde 2009, para a demarcação da Terra Indígena (TI) Tekoha Guasu Guavirá. Atualmente, na região existem 17 tekohás, termo em guarani usado para designar seus territórios, mas que já não sustenta todas as famílias indígenas. Por isso, estão retomando parte da área já delimitada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas com o processo de demarcação paralisado pelo Marco Temporário.

Fonte: EFE e CIMI

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sábado, 4 de janeiro de 2025

ALEJANDRO ASTORGA VALDÉS REPOUSA NA ETERNIDADE * Leonardo Quintana/Liberacion - Chile

ALEJANDRO ASTORGA VALDÉS REPOUSA NA ETERNIDADE
Leonardo Quintana

No primeiro dia deste ano de 2025 nos deixou o Janus, Alejandro Luis Astorga Valdés, renquino de coração, militante popular da revolução chilena e filho pródigo da Pátria Grande.

Jano morreu às 23h30 do dia 1º de janeiro de 2025, devido a tumores cerebrais tremendamente agressivos, que foram detectados há 4 meses e desapareceram lentamente. Ele estava inconsciente desde sábado, 28 de dezembro.

Esta doença veio tão rapidamente e levou-o embora tão rapidamente. Seus filhos mais velhos, Fabián e Sebastián, moram no exterior. Cristian em Santiago, que esteve com ele dia após dia. Foram estes os filhos que teve com a companheira da comuna de Renca da região Metropolitana, a magrinha Mónica.

Conheceu a magra Mónica em tempos de ditadura, travando uma luta frontal contra o poder de facto, em Renca. Foram lutas muito grandes, onde organizações sociais de todos os tipos, saúde, habitação, partidos políticos, associações de bairro, entre outras, se uniram numa grande frente.

Foi assim que nasceu a Coordenação das Organizações Renca, que incluía organizações sociais, de direitos humanos e políticas, constituindo assim uma significativa frente de luta pelo fim da ditadura militar.

Jano formou-se no Centro Cultural Tamaru, onde muitos jovens se interessaram em dar sua contribuição contra a ditadura e cuja organização contava com o apoio do Cenpros. Assim, muitos jovens continuaram a sua luta em diferentes partidos políticos. Jano interessou-se e foi recrutado por uma das facções do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR), que sempre o acompanhou.

Foi no final da década de 80 que Jano se juntou a uma das facções do MIR, quando esta organização se encontrava em processo de dissolução. Seu ímpeto revolucionário logo o fez partir para o Peru, com um grupo de companheiros de origem vermelha e negra, para ingressar no Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), tornando-se membro das Forças Especiais do MRTA, órgão encarregado das operações político-militares. de maior complexidade.

Em 1993, Jano participou de diversas ações, entre elas a retenção involuntária do empresário Raúl Hiraoka. Ele foi capturado em outubro daquele ano, junto com um total de seis emerretistas chilenos, quatro homens e duas mulheres.

Foi condenado à prisão perpétua em 1994, acusado de “traição”, por um tribunal sem rosto. Posteriormente, em 2003, foi condenado a 15 anos de prisão, obtendo liberdade condicional em 2005.

Teve um relacionamento com quem mais tarde se tornaria Ministra da Mulher, a companheira Anahí Durand, com quem teve uma filha, Amanda, que viajou para ver Jano e com quem manteve um relacionamento próximo.

Em dezembro de 2008 foi expulso do Peru, retornando ao Chile. ​No total cumpriu 15 anos de prisão no país inca, onde também teve que lutar contra os preconceitos dos peruanos contra os chilenos devido ao ódio criado pelo poder.

Depois de tanto procedimento, cumprindo muitos anos de prisão, conseguiu ser libertado. Mas eles o perseguiam constantemente e ele teve que se esconder, após o que conseguiu ser levado para a fronteira. Ele estava nessas aventuras quando a polícia veio prendê-lo.

Quando Jano e seus companheiros chilenos foram transferidos para a prisão de Puno, na alta cordilheira, foram maltratados e mantidos incomunicáveis ​​por mais de 8 meses, deixando um dos companheiros gravemente ferido.

Foi no Peru, e com a experiência do MRTA, sua escola prática, que Jano desembarcou no ativismo e na reflexão. Foi também nas prisões peruanas que sofreu espancamentos particularmente violentos devido à sua condição de subversivo, além de ser chileno. Jano dedicou sua vida ao Peru e à experiência Tupacamarista. Lá ele amou e foi amado, teve sua filha Amanda, já adolescente, que o acompanhou até o fim.

Veio ao Chile para se juntar à família e aos filhos, que não o viam desde pequenos. Aderiu para participar, apoiando a luta do povo Mapuche. E no meio disso conheceu amorosamente uma companheira, daí nasceu Pedro, hoje com 12 anos, o mais novo de seus filhos.

Em 2013, Jano foi capturado, portando um rifle e uma granada, após participar de um assalto ao Banco Santander, em Pudahuel, Santiago, Chile, iniciando um período de confinamento de seis anos na Prisão de Alta Segurança (CAS) e depois. na Colina 1.

Cumpriu 11 anos de prisão, sempre recebendo a visita de filhos, amigos e familiares. Deram-lhe liberdade há alguns anos, que ele desfrutou com amigos e colegas, relembrando as lutas passadas, sentindo que os riscos assumidos não foram em vão, que o maior triunfo foi afastar Pinochet, embora a ditadura não tivesse terminado.

Por seu caráter simples, direto, bom amigo, Jano conquistou o respeito de todos nós que o conhecemos desde quase crianças, segundo a magrinha Mónica (companheira de festa e mãe de seus filhos), que é quem conseguiu resumir a vida e os caminhos de Janus.

Janus deixou 5 filhos. Mas ele também deixou 5 netos e, portanto, pode-se concluir que nós, revolucionários, temos muito amor para dar.

Houve quem, juntamente com a sua família, conseguisse despedir-se dele e dar-lhe em vida o reconhecimento do seu compromisso internacionalista e da sua ética e moral combativas expressadas durante os longos anos de prisão.

No final de sua vida, mensagens foram enviadas para a irmã de Jano e em seus momentos de lucidez Jano pôde ouvir e se alegrar com os cumprimentos e o carinho de seus companheiros. Avise Jano nestas horas que ele está partindo envolto no amor e no respeito de seus companheiros.

Nesta quinta-feira, 2 de janeiro de 2025, a partir das 17h, o velório será realizado em sua casa, Pasaje Tupungato Nº 1352, Población Robinson Rojas, Renca.
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