quarta-feira, 19 de novembro de 2025

A LUTA ANTI-IMPERIALISTA E ANTIFASCISTA É O EIXO DA TÁTICA NO MOMENTO ATUAL * Liga Comunista Brasileira/LCB

A LUTA ANTI-IMPERIALISTA E ANTIFASCISTA É O EIXO DA TÁTICA NO MOMENTO ATUAL

A descarada agressividade do imperialismo estadunidense, combinada a ameaça de fascistização dos regimes políticos, tornam-se, nos dias de hoje, a contradição principal da luta das massas trabalhadoras. O imperialismo estadunidense, ainda é hegemônico, mas exibe sinais de franca decadência. O governo Trump representa a facção mais agressiva do imperialismo, com traços abertamente fascistas.

Trump se aproveita demagogicamente de um fato indubitável para enganar o povo: a insatisfação popular com a deterioração das democracias burguesas, atualmente subordinadas aos interesses do capital monopolista e financeiro. E, como todo demagogo fascista, utiliza-se da insatisfação popular e da criação de inimigos imaginários, para construir um regime político abertamente ditatorial e terrorista, mantendo intacto os interesses do grande capital. No caso da América Latina, cujas burguesias demonstram maior grau de alinhamento ao imperialismo, largas facções da burguesia, e mesmo de setores populares, alinham-se aos Estados Unidos, seja por interesses financeiros, seja por adesão aos seus valores políticos e ideológicos. Além do mais, os Estados Unidos atuaram para proteger as elites latino-americanas, aplicando golpes e ditaduras militares, quando as forças populares avançavam com reformas de caráter democrático e de inclusão social.

Essas intervenções, ao longo da história, assumiram justificativas variadas, quase sempre falsas.

Atualmente, utiliza-se como espectro ameaçador os altos índices de criminalidade e o narcotráfico. Por isso o interesse do imperialismo, sob o governo Trump, de forçar os governos latino-americanos a caracterizarem como terroristas as organizações narcotraficantes. Essa é a justificativa para Trump realizar ataques e mesmo ameaçar com uma invasão à República Bolivariana da Venezuela, acusando seu presidente, Nicolás Maduro, de liderar um cartel (inexistente) de drogas.

No caso do Brasil, em linha com a política de Trump, a extrema-direita se utiliza da comoção causada pelo massacre promovido pelo governo do Rio de Janeiro para retomar o controle do debate político. Utilizam-se da pauta da segurança pública, apontando-a como principal problema do Brasil. Colocam-se como únicos defensores de uma ordem pública ameaçada por criminosos que contam com a leniência da justiça. A solução, para essa gente, adviria de um crescente punitivismo e de uma autorização para a polícia matar, utilizando os mesmos moldes que o Estado sionista de Israel utiliza na Faixa de Gaza.

No fundo, tudo não passa de uma cortina de fumaça para justificar a construção de um regime político ainda mais autoritário, policialesco e terrorista contra o povo e seus setores políticos mais combativos. Falando de forma mais direta, a extrema-direita finge que quer recrudescer a legislação penal, quando o objetivo imediato é encobrir seus próprios crimes e os crimes de seus aliados nas cúpulas das organizações criminosas. A extrema-direita, hoje, é o operador político do crime organizado nas câmaras de vereadores, na câmara dos deputados, nas assembleias legislativas, nos governos estaduais e nos governos municipais. A proposta do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do PL anti facção, de tirar a Polícia Federal das investigações, é o melhor exemplo dessa busca pela impunidade em nome do combate à impunidade.

Lênin, em sua obra "Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo", aponta como uma tendência do imperialismo a reação política em toda a linha. Nos dias de hoje, o imperialismo estadunidense recorre ao fascismo como meio de frear sua evidente decadência. O combate ao fascismo está indissociável do combate ao imperialismo. Em termos práticos, ela se consubstancia em uma luta pela soberania nacional, pela construção de uma nova democracia, apoiada nas massas trabalhadoras, por mudanças estruturais no regime de propriedade e na repartição da renda e da riqueza, para superar nossas graves contradições sociais.

Combater o fascismo e o imperialismo – esse é o eixo tático da luta das massas trabalhadoras brasileiras.

Comitê Central da Liga Comunista Brasileira
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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

O QUE SERIA DO MUNDO SEM A ESQUERDA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

O QUE SERIA DO MUNDO SEM A ESQUERDA
VÍDEO
O que você sabe sobre os Direitos Sociais nas Constituições Brasileiras e as Políticas Afirmativas?
Myla Fonseca/Politize

Por acaso você já parou para observar que, desde nossa independência, já tivemos um total de sete constituições e que cada uma delas reflete o período histórico no qual foi constituída?

E, mais ainda, em como os direitos sociais nelas inseridos foram frutos de árduas conquistas e reivindicações não apenas em nosso país, mas também ao redor do mundo, abrindo espaço para as recentes políticas afirmativas aplicadas hoje?

Portanto, mais do que aprender na escola que algumas de nossas constituições foram ora outorgadas ou impostas, ora promulgadas ou aprovadas por assembleias constituintes, ter em mente o contexto histórico em que cada uma culminou facilita bastante entendermos a nossa própria evolução como nação.

Além disso, este é um tópico de estudo pertinente e de ampla discussão nas aulas de redação para a preparação no Enem e demais concursos públicos, já que a elaboração de um texto dissertativo em seus exames é exigida, possivelmente abordando temas dessa natureza.

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Como outras nações nos ajudaram a moldar os direitos sociais nas constituições brasileiras?

Quando pensamos a respeito da Revolução Francesa (1789-1799), as palavras Liberdade, Igualdade e Fraternidade, inspiradas nos ideais do Iluminismo, rapidamente nos vêm à mente. E, em sua Constituição Francesa de 1791, não poderia deixar de ser diferente.

Em seu primeiro título, já se previa a implementação de setores públicos que se responsabilizassem pela educação de crianças abandonadas, provessem alívio aos pobres enfermos e trabalho aos pobres inválidos que não o encontrassem.

Ao que tudo indica, esses foram alguns dos primeiros direitos sociais mencionados em uma carta magna, em qualquer país, à época.

Já a contribuição do México, segundo o professor de Direito Constitucional da pós-graduação da Escola Brasileira de Direito, Rafael Bertramello, vem do fato de que, a partir do momento em que tais direitos assumem certa relevância histórica ao redor do globo, a Constituição Mexicana de 1917 é a primeira a conferir a categoria de direitos fundamentais aos direitos trabalhistas, direitos políticos e às liberdades individuais, nos seus artigos 5º e 123.

Em seguida, a Constituição Alemã de Weimar (1919) vinha de um período pós Primeira Guerra Mundial (1914-1918), onde a Alemanha ainda tentava se reerguer em meio aos escombros e, portanto, ela inovou ao introduzir uma maior preocupação de cunho social nos textos constitucionais.

Dessa forma, a carta magna alemã influenciou bastante a Constituição Brasileira de 1934 que, embora vigente por apenas três anos, em um conturbado contexto político, foi a primeira constituição nacional que disciplinou os direitos sociais e econômicos, em especial, o direito ao trabalho.

Além disso, praticamente desde o pós-Segunda Guerra Mundial, houve um contínuo e gradual incremento da influência norte-americana em muitos setores importantes nas sociedades ocidentais. A esse respeito, por volta da década de 1960, os EUA atravessaram um intenso processo de reivindicações democráticas a escopo nacional.

Clamava-se pela igualdade de direitos sociais e foi nessa época que o movimento negro se articulou e foi ganhando cada vez mais força. Como resultado, houve o banimento das leis segregacionistas dos Estados Unidos e a instituição de melhorias nas condições de vida da população negra.

Assim, como veremos, foi nesse contexto que as políticas afirmativas surgiram, gradualmente endossando demais minorias e ampliando uma malha de direitos sociais, espalhando-se para demais cantos do globo.

Retomando, pode-se dizer que, de modo geral, da constituição de 1934 para a atual, a de 1988, também chamada de Constituição Cidadã, houve um aumento da preocupação dos legisladores acerca dos direitos humanos e sociais do cidadão brasileiro.

Em outras palavras, a atual constituição legislou uma ampla rede de direitos sociais, como educação, segurança, previdência social, trabalho, saúde, moradia, proteção à maternidade, lazer, dentre outros.

Breve evolução dos Direitos Sociais nas Constituições Brasileiras

A primeira constituição brasileira foi imposta pelo imperador Dom Pedro I, dois anos após a nossa independência do reino de Portugal e Algarves, em 1822.

Enquanto na mesma época surgiam, no continente sul-americano, as primeiras repúblicas libertas da América Espanhola, o Brasil se isolava ao se tornar uma Monarquia Constitucional Hereditária.

Constituição de 1824

Através da Constituição de 1824, instituíram-se o voto censitário (exigia do eleitor uma determinada renda mínima) e não secreto; um poder a mais, o poder moderador, conferindo poderes quase absolutos ao imperador; e a união entre Igreja e Estado.

Constituição de 1891

A Carta Magna seguinte, a de 1891, foi aprovada por uma assembleia constituinte no período da República Velha (1889-1930).

De forma geral, ela se opôs à constituição anterior: extinguiu o poder moderador, estabelecendo autonomia dos estados através de uma República Federalista Liberal e Presidencialista.

Criou o Estado Laico, separando-o da Igreja, e pôs fim ao voto censitário.

Acabou apoiando as elites, sobretudo a cafeicultura paulista, e o coronelismo com seu “voto de cabresto”, e garantiu algumas liberdades individuais.

Constituição de 1934

A constituição de 1934 surgiu em meio a muitas mudanças intensas pelas quais passava a sociedade brasileira.

Em poucas décadas, através da Revolução de 1930, o país migrou de um modelo agrário-exportador para outro, o urbano-industrial.

Criou-se a Justiça Eleitoral, e ampliou-se a legislação trabalhista, com a implementação da previdência social, salário mínimo, férias, jornada de trabalho de 8 horas, etc.

O voto feminino e a autonomia dos sindicatos foram instituídos. Contudo, o golpe de Estado de 1937 invalidou essa carga magna, até hoje a de menor duração da nossa história.

Constituição de 1937

Em seguida, o presidente Getúlio Vargas fechou o Congresso Nacional e instaurou a ditadura do Estado Novo (1937-1945).

Um Brasil temeroso da “ameaça comunista” e vivendo próximo a regimes totalitários como o nazifascismo da Alemanha, Itália, Espanha e Portugal, abriu espaço para a Constituição de 1937.

Houve o fechamento do Poder Legislativo e a subordinação do 

Judiciário ao Executivo.

Instaurou-se a ação de uma Polícia Especial, ferramenta repressora do governo e, assim, ocorreu um retrocesso da democracia e dos direitos humanos no país.

Eliminou-se o direito de greve e a pena de morte foi reintroduzida.

Constituição de 1946

Já a Constituição de 1946 retomou a tripartição dos poderes e ofereceu autonomia política e administrativa aos estados.

Lembre que, de início, até 1942, o Brasil se posicionou de forma neutra na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Após esse período, optou pelo lado dos aliados (União Soviética, Inglaterra, França e EUA) contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão), enviando milhares de soldados para a Itália.

Nesse sentido, a contradição de que o Brasil era uma ditadura nos moldes nazifascistas, lutando contra o nazifascismo europeu ficou cada vez mais presente e, portanto, discutível a nível nacional.

Isso, junto a outros fatores conjunturais, abriu caminho para uma possível redemocratização.

Constituição de 1967

No entanto, em 1964, houve o Golpe Militar que derrubou o governo do presidente eleito João Goulart e a carta magna de 1946 passou a ser invalidada aos poucos através dos Atos Institucionais (AIs).

Ainda em 1964, os dois primeiros AIs suspenderam os direitos políticos dos cidadãos por dez anos, decretaram o fim dos partidos políticos e o julgamento dos crimes contra a segurança nacional restringiu-se aos tribunais militares.

O AI-3 cancelou as eleições diretas para governador. O AI-4 aprovou a Constituição de 1967, fortalecendo sobremaneira o Executivo.

E, por fim, o AI-5 deu ao presidente poderes para fechar o Congresso Nacional por tempo ilimitado, suspendeu o direito a habeas corpus e os direitos políticos de qualquer cidadão, eliminando seu direito de recorrer à Justiça. Contudo, o direito de aposentadoria da mulher foi instituído.

Durante a década de 1970, o país passou por um crescimento econômico sem precedentes em sua história até então. O período conhecido como “milagre econômico” foi caracterizado por obras faraônicas, como a construção da ponte Rio-Niterói, a Usina de Itaipu e a Transamazônica.

No entanto, como esse crescimento não trouxe real desenvolvimento econômico, a euforia passou e a crise mundial do petróleo de 1973, junto a outros fatores, como hiperinflação, desemprego generalizado, produção industrial estagnada e dívida externa elevada nos atingiram em cheio.

Constituição de 1988

Foi nesse contexto que uma nova constituição brasileira se fez necessária. A Constituição Federal de 1988 inovou em vários aspectos, especialmente em sua ampla garantia de direitos fundamentais.

Os analfabetos e menores entre 16 e 18 anos obtiveram direito ao voto, e a assistência social foi instituída, ampliando os direitos dos trabalhadores.

Além disso, implementou-se a independência do Poder Judiciário, que pode julgar e anular os atos dos demais poderes, Legislativo e Executivo.

Os Direitos Sociais na Constituição de 1988

Como vimos, historicamente, o Brasil é um país de enormes desigualdades sociais, no qual certas elites são muito privilegiadas em detrimento de demais setores da sociedade.

Foi com o intuito de tentar remediar essa situação que a atual Constituição Federal de 1988 foi criada. Em um momento de rearticulação de vários movimentos sociais, uma série de conquistas de direitos foram efetivadas.

E seu Artigo 6º, entendemos que:

“são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma dessa constituição.” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº. 64, de 2010).

Nesse sentido, os artigos 3º, 6º ao 11, e 193 e seguintes tratam de direitos sociais que podem ser de âmbito dos trabalhadores, da seguridade social, de natureza econômica, da cultura e de segurança.

Quanto ao direito à educação, os artigos 6º e 205 a 214 lidam com esse tema. O Estado é obrigado a fornecer o ensino fundamental gratuitamente.

Quanto à saúde, os artigos 196 a 200 discursam que o Estado precisa se abster de qualquer ato que prejudique a saúde do cidadão e oferecer medidas que visem prevenir e tratar as doenças.

Já quanto ao trabalho, os artigos 1º ao 11 e 170 o valorizam dentro da ordem econômica da livre iniciativa a fim de se obter uma existência digna a todos.

Em relação à moradia, o direito assegurado não é o de uma casa própria necessariamente, e, sim, o de um teto ou abrigo em condições que preservem a intimidade pessoal dos membros da família.

Quanto ao lazer, este direito se preocupa com o descanso do trabalhador para que retome as atividades com energia renovada. Os artigos 3º e 217 dispõem sobre isso.

No que concerne à segurança, ela é a garantia da expressão e exercício pleno dos demais direitos e liberdades constitucionais.

Em relação à previdência social, prestam-se auxílios em moeda para aposentadoria por invalidez, por velhice, e por tempo de contribuição; por doença, maternidade, reclusão e funeral; no salário-desemprego, na pensão por morte do segurado, todos arrolados ao longo do artigo 201.

Além disso, prestam-se serviços de assistência médica, farmacêutica, odontológica, hospitalar, social e de reeducação ou readaptação profissional.

Já em relação à proteção à maternidade e à infância, tal direito entra como direito previdenciário (art. 201) e direito assistencial (art. 203), e o artigo 7º provê a licença à gestante.

Por fim, a assistência aos desamparados sob a forma de assistência social deverá ser prestada aos necessitados, independente do fato de contribuírem ou não com a previdência social.

As Políticas Afirmativas no Brasil

Foi em meio a essa ampliação dos direitos sociais e a uma maior articulação dos movimentos sociais reivindicatórios por igualdade que as ações ou políticas afirmativas nasceram.

Ou seja, as políticas afirmativas são políticas públicas do governo, mas que também podem surgir no ambiente empresarial, por iniciativa da sociedade civil, e visam diminuir as desigualdades históricas que certas minorias sofreram, sejam elas à luz de discriminação étnica, racial, religiosa, de gênero, classe, idade ou quaisquer outras.

A ideia principal seria a de mitigar possíveis prejuízos gerados pela desigualdade política, social e econômica das minorias, tais como mulheres, afrodescendentes, pessoas LGBTQIA+, minorias religiosas, portadores de deficiências, povos indígenas, quilombolas, ciganos, ribeirinhos e outros. O que os unem é terem sido alvo de inquestionável discriminação ao longo da nossa história.

Ainda em outras palavras, as políticas afirmativas visam fomentar a inclusão socioeconômica de minorias historicamente destituídas do acesso igualitário a oportunidades.

Essas políticas podem se dar por meio da priorização no atendimento de serviços públicos como saúde e educação, através de instituição de cotas em diversos níveis de ensino e em concursos públicos, bolsas de estudo, auxílios, empréstimos, creche, reserva de vagas em programas habitacionais, fundos de estímulo, preferência em contratos públicos e redistribuição de terras.

Nesse sentido, a Constituição de 1988 assegura as cotas para deficientes no serviço público e também direitos dos povos indígenas, levando em consideração as peculiaridades de cada etnia.

A previsão da proteção do mercado de trabalho para a mulher também é um destaque, assim como a determinação de cotas mínimas de participação feminina na política. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal estipulou que 30% do fundo partidário sejam alocados a um dos sexos, estimulando as candidaturas femininas.

Como somos a segunda maior nação de negros do mundo, atrás apenas da Nigéria, e detemos um legado histórico de quase quatro séculos de escravidão, as políticas afirmativas em relação aos negros têm se desenvolvido desde os anos 2000.

Hoje podemos contar com o Estatuto da Igualdade Racial, a Lei de Cotas no Ensino Superior e as Leis 10.639/03, 11.645/08 e 12.990/14.

Por fim, em 2012, o STF qualificou as políticas afirmativas como constitucionais e, embora de caráter temporário, fundamentais para a transformação social e a fomentação de futuras sociedades mais igualitárias, inclusivas e respeitosas das diversidades culturais.

No entanto, é bom lembrar que existe um descompasso entre essas iniciativas e a realidade empregatícia praticada pelo grande empresariado brasileiro.

Na maioria das vezes, as grandes empresas não se empenham em implementar ações afirmativas a médio e longo prazos e isso emperra a aplicação dessas políticas.

Direitos Sociais nas Constituições Brasileiras e Políticas 

Afirmativas no ENEM

Agora que você já entendeu melhor sobre o que são os direitos sociais no contexto das constituições brasileiras e as políticas afirmativas, que tal discutir sobre esse assunto com os amigos e a família?

E depois, redigir uma redação a esse respeito, lembrando de seguir certas dicas infalíveis, como se você estivesse redigindo uma redação do Enem?

A respeito do uso de técnicas de redação eficazes sobre esse tema, você já observou que, além de entender o tema proposto, a estrutura do seu texto conta muito?

Como fazer uma boa introdução na redação de forma simples e efetiva?

Durante a elaboração da tese, é interessante você observar se conta com uma boa declaração inicial, que fomente a curiosidade de seu leitor e o desperte para a leitura. Esse já é um ótimo começo!

Crie uma linha argumentativa, utilize informações confiáveis, seja atento à estrutura do seu texto e pratique bastante.

Quanto mais você escrever de forma atenta e consciente sobre um assunto, mais você ficará fera nele!
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domingo, 16 de novembro de 2025

A GUERRILHA DO ARAGUAIA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

A GUERRILHA DO ARAGUAIA
Sinopse:
A Guerrilha do Araguaia foi uma parcela na longa cadeia das lutas populares do Brasil, como por exemplo, a Cabanagem, Guararapes, Canudos, Contestado, Revolta da Chibata e Quilombo dos Palmares. Foi um movimento rural armado cujo combate mobilizou o maior número de tropas brasileiras desde a II Guerra Mundial, que ocorreu entre 1966 a 1975 no Sul do Pará, numa batalha desigual entre combatentes revolucionários do PC do B e camponeses, contra as forças de repressão do regime civil militar imposto ao país com o golpe de 1964. Foi uma luta pela liberdade e pela democracia em nosso país, que desde então sua luta permanece contra o esquecimento e a falta de justiça por aqueles que as sequelas acompanham até os dias atuais. 40 minutos.
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LIVRO

Uma leitura agradável. Essa é a primeira constatação sobre o livro “Araguaia — histórias de amor e de guerra”, do jornalista Carlos Amorim, com 504 páginas, publicado pela Editora Record. Profissional experiente e caprichoso na escrita, o autor produziu um texto de excelente qualidade, revelando nuances não só da Guerrilha como de toda a resistência democrática à ditadura militar. O Araguaia aparece como recheio, com ênfase nos relatos de duas testemunhas oculares dos acontecimentos — José Genoino e Micheas Gomes de Almeida, o Zezinho do Araguaia. Amorim também se apoiou nos relatos de Ângelo Arroyo, um dos líderes daquele movimento armado, e em sua experiência como pesquisador que pisou o chão onde ocorreram os combates.

O livro registra o apoio da população aos guerrilheiros e denuncia as brutalidades da repressão, que utilizou torturas e corrupção para cooptar moradores locais “a granel”. E reforça os argumentos que pedem o fim da impunidade para os atos criminosos cometidos em nome do Estado pelos que assaltaram o poder com o golpe militar de 1964. Outro aspecto relevante da obra é o reconhecimento da bravura e da abnegação dos combatentes, que sacrificaram suas vidas pelo ideal de democracia e liberdade. Com esses ingredientes, Amorim descreve as precárias condições de vida da população local e reafirma a ideia de que a presença dos guerrilheiros na região levou um pouco de justiça às relações entre os camponeses e o despotismo dos grileiros apoiado em jagunços sanguinários.

A GUERRILHA DO ARAGUAIA
ESSÁ FILMES

GUERRA DE PASTORES POR PONTOS RELIGIOSOS * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

GUERRA DE PASTORES POR PONTOS RELIGIOSOS

Houve casos noticiados no Brasil onde pastores se envolveram em crimes, incluindo homicídios de outros religiosos, motivados por desentendimentos que, em algumas ocasiões, podem estar relacionados a questões de disputa por fiéis, poder ou dinheiro, mas nem sempre especificamente por um "ponto religioso" físico, como um imóvel.

Um caso de grande repercussão ocorreu em Pernambuco em 2019, onde um pastor matou outro a facadas e pedradas após uma discussão que, segundo a polícia, teve início por causa da "palavra de Deus" ou desentendimentos doutrinários.

Outro caso envolveu um ex-pastor na Bahia, que foi investigado e condenado por ordenar a morte de fiéis que decidiram abandonar sua igreja, o que pode ser interpretado como uma disputa indireta por "pontos" ou, mais precisamente, por manter sua congregação e influência.

É importante ressaltar que os crimes envolvendo líderes religiosos geralmente são casos isolados e não representam a totalidade das comunidades de fé. As motivações variam desde disputas pessoais e financeiras até crimes passionais ou violência comum.
O DEUS DO LIVRE MERCADO JÁ TEM TEMPLO NA AMÉRICA LATINA
CRENTES
CRENTES
CRENTES NA POLÍTICA

O deputado evangélico Euclides Pettersen, do Republicanos, Minas Gerais (Partido da Igreja Universal), foi apontado pela Polícia Federal como um dos principais beneficiados nas suspeitas de fraudes envolvendo o INSS, com valores estimados em cerca de R$ 14 milhões. O parlamentar bolsonarista, conhecido pelos discursos firmes, agora ganha destaque também no centro das investigações, *Deus Pátria e Família* 
MACEDÃO DA GRANA

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

DENÚNCIA PÚBLICA: Prisão Arbitrária da Advogada popular Dra. Lenir Correia Coelho * ABBRAPO

DENÚNCIA PÚBLICA: Prisão Arbitrária da Advogada popular Dra. Lenir Correia Coelho

A Associação Brasileira dos Advogados do Povo – Gabriel Pimenta (ABRAPO) vem a público denunciar a prisão arbitrária e inconstitucional da advogada Lenir Correia Coelho.
A decisão proferida pelo juízo da 2° Vara de Garantias de Porto Velho, que fundamenta a prisão, não apresenta qualquer conduta criminosa, mas sim criminaliza o exercício legítimo e essencial da advocacia, especialmente na defesa de camponeses e movimentos sociais, o que o juízo chama de “organização criminosa”.
O documento base para a prisão descreve atos que são inerentes e obrigatórios à função profissional de uma advogada:

• Prestar assessoria jurídica;
• Acompanhar processos judiciais;
• Manter contato com seus clientes para informá-los sobre os riscos processuais.

Vejam trecho da decisão que fundamenta a prisão preventiva:
"Ao que tudo indica, LENIR utiliza de seu aparato jurídico para legitimar as atuações da organização criminosa. Também há indícios de que a advogada repassava informações importantes para o grupo, como movimentações policiais e decisões de reintegração de posse, tudo isso na intenção de obstruir as ordens judiciais."

A gravidade reside no fato de que o ato de comunicar aos clientes a iminência de uma reintegração de posse, ou seja, alertá-los sobre um risco jurídico grave para que pudessem se preparar, está sendo interpretado pelas autoridades como uma atividade ilícita.

Essa criminalização da advocacia deliberada entre o dever funcional do advogado e uma atividade criminosa afronta diretamente o artigo 133 da Constituição Federal, que garante a inviolabilidade do advogado por seus atos e manifestações profissionais. A prisão da Dra. Lenir Correia Coelho constitui um grave ataque às prerrogativas da advocacia popular e ao próprio Estado Democrático de Direito. É a demonstração de que, em Rondônia, não há garantia do Devido Processo Legal aos Camponeses Pobres, eis que a Drª. Lenir, foi presa por exercer seu trabalho técnico, foi presa por atuar dentro de suas prerrogativas e responsabilidades, inerente a qualquer advogado.

A ABRAPO exige a imediata revogação da prisão e o fim da perseguição a advogados e advogadas que cumprem seu dever constitucional de defender os direitos do povo e a justiça social. 
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ELES NÃO USAM BLACK-TIE * Leon Hirzman-Gianfrancesco Guarnieri

ELES NÃO USAM BLACK-TIE

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

OS COMPANHEIROS - FILME * Yuri Pires/Jornal A Verdade

OS COMPANHEIROS - FILME
Ao final do século XIX, os operários do mundo inteiro viviam uma situação de miséria e brutal exploração. Jornadas de trabalho de 12, 13 e até de 16 horas diárias eram impostas aos trabalhadores, principalmente nas fábricas. Licença maternidade, férias, seguridade social, nada disso existia. Essa situação que perdurava desde o aparecimento das primeiras grandes fábricas, com a revolução industrial, acabava com a saúde dos operários. E como entravam cada vez mais cedo nas fábricas (12, 13 anos de idade), a maioria não sabia ler, nem escrever.

Em alguns países, como a Inglaterra, a classe operária começava a se organizar para lutar pelos seus direitos. OCartismo, movimento surgido a partir de uma Carta do povo, enviada ao parlamento inglês pela Associação Geral dos Operários de Londres, atacava as fábricas e quebrava as máquinas em protesto contra o desemprego, a enorme jornada de trabalho, além de reivindicar o sufrágio universal para as eleições parlamentares e o direito de participação dos operários no parlamento. Logo a classe operária, percebeu que o problema não estava exatamente nas máquinas, mas estava na forma como a burguesia organizava a produção e na propriedade dos meios de produção por esta mesma burguesia.

Em outros países europeus, as grandes fábricas começavam a surgir e com elas a concentração de uma classe operária cada vez mais numerosa nas grandes capitais. Porém, a organização sindical e política ainda não havia chegado com força até o início do século XX. O início da organização da classe operária na Itália é o que nos mostra o filme Os companheiros (1963), de Mário Monicelli (mesmo diretor de O incrível exército de Brancaleone).

A história se passa em Turim, grande centro industrial da Europa (é cidade sede da montadora de automóveis Fiat), e nos conta a vida de centenas de operários de uma fábrica têxtil. Submetidos a uma extenuante jornada de trabalho de 14 horas, os operários saíam de casa “com os filhos dormindo e voltavam quando eles já estavam dormindo de novo”. Era comuns acidentes devido à falta de atenção provocada pela fadiga.

A saga começa, quando um operário, cansado, se descuida na operação da máquina e perde a mão. Seus colegas operários vão ao hospital se solidarizar e lá mesmo decidem ir “falar com o patrão” sobre a diminuição do tempo de trabalho diário.

À noite, vários deles freqüentavam uma escola improvisada na casa de um professor do Liceu da cidade, para aprender a ler e escrever, pois só assim poderiam votar nas eleições distritais segundo as leis da época. Porém, a maioria dormia durante as aulas. Surge entre os operários, uma incipiente organização chamada “comitê” para os representar ante os patrões.

É então que chega a cidade um “professor” chamado Sinigaglia (Marcelo Mastroiani, famoso por 8 e meio eDivórcio à italiana). Participa por acaso de uma das assembléias do “Comitê” e já então se destaca por suas boas idéias e espírito de organização acima da média entre os operários, e é eleito conselheiro do “comitê”.

Quadro vivo do início das organizações sindicais, Os companheiros, nos mostra que a classe trabalhadora vai aprendendo com a sua própria experiência. São reprimidos pela polícia e pelo exército, sofrem tentativas de suborno e de divisão do movimento. Fazem quotizações para poder sobreviver à fome imposta pelas duras condições da greve. O professor do Liceu recolhe ajuda entre os estudantes e é repreendido pelo diretor do Liceu “por estar ensinando subversão” as crianças. Ao mesmo tempo, o dono da fábrica orienta os seus funcionários a prender Sinigaglia, pois “sem liderança, eles não agüentam um dia sequer”.

A polícia dos patrões assassina um operário, prende o Sinigaglia e encerra a greve de forma truculenta. Porém, exatamente o operário que mais questionava o professor, passa a ser procurado pela polícia e passa a fazer a função que fazia Sinigaglia, indo para outra cidade se encontrar com um “contato”. Enquanto isso, o comitê planeja eleger o Professor Sinigaglia nas próximas eleições parlamentares e com isso libertá-lo da cadeia.

Mário Monicelli é o diretor desse filme que emociona pela simplicidade com que mostra a vida dos operários em luta por uma vida digna e por uma sociedade justa.

O filme pode ser encontrado em www.filmespoliticos.blogspot.com

Yuri Pires é crítico de cinema
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terça-feira, 11 de novembro de 2025

OPERAÇÃO CONDOR * Diálogos do Sul Global

OPERAÇÃO CONDOR
Educação do RJ se une a entidades da América Latina e do Brasil no apoio à “Operação Condor”

Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ convida docentes a prestigiarem o evento de lançamento da série "Operação Condor", dirigida por Cleonildo Cruz e Luiz Gonzaga Belluzzo

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ) se une ao time de entidades latino-americanas e brasileiras que já declaram apoio à série de TV “Operação Condor”, dirigida por Cleonildo Cruz e Luiz Gonzaga Belluzzo. Reconhecendo o caráter histórico e educativo da produção, o SEPE-RJ convida todos os professores e professoras da rede pública de ensino fluminense a prestigiarem o lançamento do projeto, que acontece em 25 de novembro e marcará o início oficial das filmagens nos sete países dos episódios:

1. Chile: Pablo Neruda
2. Brasil: Memória, Verdade e Justiça
3. Argentina: Explosões de Automóveis
4. Uruguai: Voos da Morte
5. Paraguai: Ossadas de Desaparecidos
6. Bolívia: Desaparecimentos Forçados
7. Peru: Conexão Europa


O evento tem início às 19h, no Clube de Engenharia, na capital carioca, com a presença de Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz, além de diversas personalidades e instituições comprometidas com os direitos humanos, a educação, a memória e a soberania latino-americana.

Valor educativo

A relação entre a Operação Condor — articulação política, econômica e militar iniciada há 50 anos e que instaurou ditaduras no Cone Sul com o apoio direto dos EUA — e a educação é intrínseca, sobretudo considerando a perseguição a profissionais de ensino que se dedicaram à resistência contra a repressão e em prol de um conhecimento libertador.

A série “Operação Condor” reconhece essa questão histórica e se compromete a prestar um tributo profundo à luta pela democracia e pelos direitos humanos. Por isso, dos 7 episódios da produção, o capítulo brasileiro, intitulado “Memória, Verdade e Justiça”, vai homenagear Paulo Freire, educador popular e patrono da educação brasileira, perseguido, exilado e reconhecido mundialmente por sua pedagogia libertadora. Freire é lembrado por seu papel crucial na formação de uma consciência crítica e na resistência civil em todo o continente.

Vale lembrar ainda que uma das ilustres participações confirmadas no evento de lançamento no Rio de Janeiro é o professor Heleno Araújo, que atua como consultor da série. Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), secretário-geral da Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa (CPLP-SE) e vice-presidente da Internacional de la Educación para América Latina (IEAL), Araújo representa uma ampla rede de educadores que apoiam a série como instrumento de memória, formação crítica e integração latino-americana.

Confira a relação completa de episódios e a quais países, alvos da Operação Condor, serão dedicados:Chile: Pablo Neruda
Brasil: Memória, Verdade e Justiça
Argentina: Explosões de Automóveis
Uruguai: Voos da Morte
Paraguai: Ossadas de Desaparecidos
Bolívia: Desaparecimentos Forçados
Peru: Conexão Europa

O lançamento da produção reunirá expressivas organizações da educação mundial, entre elas a Internacional de la Educación (IE), a Internacional de la Educación para América Latina (IEAL) e o Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa (CPLP-SE) – que integra os países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Do Brasil, estarão presentes a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Fórum Nacional de Educação (FNE), o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Eduação (FNDE).

ServiçoSolenidade de Lançamento Internacional da Série “Operação Condor”
Clube de Engenharia do Rio de Janeiro
25 de novembro de 2025, às 19h

Para saber mais sobre o projeto, confira a cobertura oficial da Diálogos do Sul Global na seção especial

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segunda-feira, 10 de novembro de 2025

BYE BYE DITADURA * Adão Alves dos Santos/SP

BYE BYE DITADURA
"CRÔNICAS PARA ORGANIZAR TOMO MMXXIV"


ENTRE PRAÇAS


a) minha memória vai à base aérea de "Val-de-Cans" os anos eram de chumbo, os corpos mortos "pedaços de carne", não eram vítimas da repressão, ah, ainda estavam vivos, por mero detalhe, já que suas vidas poucos valiam, eles enfrentavam o regime, o regime como em qualquer seita, é soberano.

Eu ouvi tal relato, de um ébrio, no "VER-O-PESO", peguei um táxi, corri para o aeroporto, se houvesse sangue no chão, tinha sido lavado, era inútil minha falsa credencial de repórter, não passou do saguão. Isto no dolorido ano de 1970, depois da copa, depois da seleção, ir a Brasília, tirar fotos com o ditador de plantão, o cara que estava azul, mas, "sentando a pua" slogan nos aviões da FAB, nas campanhas na terra da bota, ah, o presidente era Emílio Garrastazu Médice, um dos mais "tortuosos" e assassinos anos da ditadura, quando voltei ao mercado, nem sombras do ébrio, nem nas minhas viagens seguintes, à terra do Círio de Nazaré.

Apesar, desta, que não é, mina única lembrança ruim de Belém do Pará, lá tenho muitos amigos, lá, participei de "FORUNS SOCIAIS MUNDIAL" e de encontros da educação popular, o bairro da Pratinha, nos muros da base aérea, a cerâmica Marajoara, a casa do seu Bajico e da D. Inês, meus velhos novos amigos, amigos dos tempos dos fóruns, não dos anos de chumbo.

"VER-O-PESO, HANGAR, DOCAS" espaços de concentração popular, praça da República, praça quinze, seus mangueiras derrubando mangas nas ruas, mangas, ainda com o verde na casca, poupa amarela, sem nenhum fiapo, um prato de açaí com farinha, uma cuia de tacacá, tudo isto são memórias de além& século, são memórias vivas e descartáveis, por qualquer um que vá a Belém do Pará.

Mas, a lembrança que não sai da memória são as palavras de ébrio, verdades, realmente, não sei.

Seu que as praças de hoje em Belém do Pará, estão cheias de vendedores ambulantes, vendendo iguarias, que só em Belém há, tudo isto por causa e consequência, de um cara, muito boa praça, o tal do Luiz Inácio, que muito diferente do cara que sentava na praça, aquele humorista que nos tempos, tortuosos tempos da ditadura, fingia, ou deixava transparecer, que não jorrava sangue nos porões da ditadura, ele, poderia até não saber mesmo, só que hoje, depois de tudo revelado, depois do juizeco, o marreco de Maringá, ser exposto, ele ainda não mudou o discurso.

Há, realmente, no mínimo , quatro , na verdade muito mais, falemos destes quatro tipos de praças, os pracinhas do exército, aqueles que o deputado Rubens Paiva, recomendou para que os pais de boa índole, não deixassem suas filhas dançarem, o Rubens Paiva, teve seu sangue lavado, deu corpo desaparecido, o ébrio tinha razão, as as praças das iguarias, não só em Belém Pará, há o boa praça Luiz Inácio.

Há, o cara da praça, que era "nossa" nos tempos" da ditadura, acho que a praça, era mesmo da ditadura.


Adão Alves dos Santos/SP"
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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

MARCHA CONTRA O GENOCÍDIO *Movimento Impeachment de Claudio Castro/RJ

CHEGA DE MASSACRES
MARCHA CONTRA O GENOCÍDIO
05/11/2025, DO LARGO DO MACHADO AO CATETE.
TODAS AS VIDAS IMPORTAM
CURRICULUM VITAE CLAUDIO CASTRO

Manifesto de movimentos, entidades e coletivos pelo impeachment do governador do Estado do Rio

O que aconteceu na terça-feira (28/10) é um alerta para qualquer pessoa que se importe com o povo carioca e fluminense, especialmente aqueles que moram nas favelas deste Estado. Claudio Castro se tornou conhecido pelas Chacinas que promoveu. No Jacarezinho em plena pandemia, no Alemão e na Vila Cruzeiro. Agora, quer se construir através da morte de mais de 120 pessoas, envolvidas ou não com o tráfico de drogas.

O governador vem utilizando o termo “narcoterrorismo” para legitimar a brutalidade e negar qualquer direito mínimo que possa existir. Nessa linha, a principal política de segurança pública se torna “neutralizar” os inimigos, na prática jovens negros, enquanto os verdadeiros patrões do crime seguem lucrando de forma confortável fora das favelas.

A chacina paralisou toda a Região Metropolitana, gerando mais insegurança em vez de promover a suposta ordem. A vida não parou só na favela, mas por todo o Rio. As operações policiais nas favelas não vão acabar com o crime organizado. As maiores apreensões de fuzis aconteceram em condomínios, como no caso Ronnie Lessa, e nos aeroportos. A operação Carbono Oculto, também chamada por alguns como operação na Faria Lima, demonstrou que o melhor caminho é seguir o dinheiro para asfixiar as organizações criminosas.

Essa matança não ajuda em nada a libertar os moradores da opressão do tráfico. O crime organizado certamente vai se reorganizar após essa terça. A tamanha desigualdade e a falta de políticas públicas, que afeta especialmente a juventude negra, vai seguir propiciando mão-de-obra para o tráfico. Se não mexermos na estrutura, só estaremos enxugando gelo a custo de um orçamento público gigantesco, de vidas e do cotidiano já abalado por décadas de uma política que apenas fortalece o crime.

Nas ruas estaremos dando nossa resposta. Mas também exigimos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) que Cláudio Castro seja julgado por seus crimes. Para ele, o julgamento cabível é o impeachment. Castro, assim como seus antecessores, é o responsável pela crise de segurança do Rio e pelo genocídio que vive o povo negro e favelado no Estado.

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Mais de 400 organizações e coletivos organizam manifesto pelo impeachment de Claudio Castro pelos crimes cometidos na Chacina dos Complexos da Penha e do Alemão. 

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    FRENTE REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES/FRT-RJ
PARTIDO COMUNISTA DOS TRABALHADORES BRASILEIROS/PCTB
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